JACINTO ALVES
Cavaleiro Kadosh – 30º. Grau do REAA
Ensaio Sobre a Nova Escola
da Maçonaria Operativa
Introdução ao Estudo da Doutrina do Quinto Império
S. João da Madeira, Ano de 2015 - Portugal
A Nova
Escola da Maçonaria Operativa e os Altos
Graus
Maçónicos
Introdução ao
Estudo da Doutrina do Quinto Império
Ao iniciar esta minha análise ao Tema: “A
Nova Escola da Maçonaria Operativa e os Altos
Graus Maçónicos – Introdução ao Estudo da Doutrina do Quinto Império” pretendo antes
de mais dar um especial realce ao emérito escritor e investigador das questões
ligadas à Simbologia; ao Mítico e ao Sagrado, com especial destaque
relativamente às suas investigações sobre a História Iniciática de Portugal,
estou-me referindo a Victor Manuel Adrião;
Victor Manuel Adrião
é um dos mais importantes defensores e divulgadores da Ordem de Mariz que fez
parte de uma Ordem Maior e que deve ter tido a sua origem na desaparecida Atlântida.
Esta mesma Ordem está igualmente relacionada com as Ordens dos Templários;
de Avis e de Cristo!
Victor Adrião, nas suas pesquisas desenvolveu um trabalho de análise
extremamente interessante sobre o Grau 30 – Cavaleiro Kadosh, do
Rito
Escocês Antigo e Aceito. Pretendemos desde já esclarecer
de que a nossa escolha ao apresentar as diferentes exemplificações no Rito
Escocês Antigo e Aceite é simplesmente optativa uma
vez que já existe uma equivalência entre os Graus Maçónicos dos diferentes
Ritos! Fica portanto aqui registado este nosso importante
esclarecimento.
AsSim, a doutrina
contida no Grau Trigésimo - Cavaleiro Kadosh, converge para
dois princípios distintos, o primeiro situa-se na “Escola” e o
segundo no “Templo”, o que vem a significar
simbolicamente no primeiro o desenvolvimento do conhecimento científico, seguido do conceito do “Templo”,
o que representa a procura e desenvolvimento constante das virtudes ou
qualidades morais que acompanham a evolução do ser humano. Segundo o meu ponto
de vista pessoal, tenho de reconhecer de que há algumas particularidades afins
entre o 2º. Grau Simbólico – Companheiro e o 30º. Grau Filosófico –
Cavaleiro Kadosh!
Os princípios consagrados nos conceitos “Escola
e Templo”, projetam uma imagem representada por uma dupla escada
designada por - “Escada
dos Mistérios” e que dispõe de dois sentidos – um
ascendente e outro descendente, o primeiro refere-se à “Escola”,
onde diferentes conceitos de ordem científica são apresentados e no sentido
descendente ali estão consagradas as virtudes ou atributos do espírito humano
no seu longo processo de evolução realizado na sua descida ao planeta através
da reencarnação e da sua desencarnação e ascensão aos planos superiores
espirituais. Dentro dos princípios da Ciência e da Espiritualidade que
caracterizam o Grau
Filosófico do Cavaleiro Templário Kadosh, procurámos
situar a nossa reflexão numa área em que uma dada conceituação filosófica
tivesse prefeito enquadramento e esse mesmo enquadramento situou-se
precisamente na questão transcendente do Mito do Quinto
Império do Padre António Vieira; de Fernando Pessoa ou de Agostinho da
Silva que a partir do ano de 1910, no Século XX, deixou de ser um Mito para
passar a ser uma doutrina espiritualista, profunda, vasta e eclética, designada
por Racionalismo Cristão que está servindo de base fundamental à
doutrina por nós, denominada - Doutrina da Cidadania Social, cuja
apresentação e desenvolvimento estão feitas no meu segundo livro “Ensaio
Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social”.
Inspirados no Grau 30 – Cavaleiro Kadosh, fomos,
portanto, conduzidos a uma reflexão profunda sobre o significado prático
daquele mesmo Grau
Filosófico, o que nos
levou a planear um projeto literário que envolvesse uma trilogia sobre o tema - Reflexões Sobre a
Doutrina do Quinto Império – projeto
literário que se iniciou com o nosso primeiro romance “Operação: Quinto
Império”, onde
introduzimos alguns novos desenvolvimentos relativamente à Maçonaria
Operativa no Século XXI e
finalmente no que diz respeito ao Mito do Quinto Império, fomos procurar fundamentos à História Iniciática de Portugal
procurando converter aquele numa nova
doutrina ideológica tendo por base a espiritualidade e o conhecimento científico e a essa mesma doutrina
ideológica passámos a chamar de Doutrina
da Cidadania Social.
Essa mesma espiritualidade e conhecimento científico foram encontrados
de forma justa e perfeita na Doutrina do Racionalismo Cristão,
fundada pelos portugueses Luiz de Matos e Luiz Alves Tomaz em 1910, na Cidade
de Santos – Brasil. Luiz José de Moraes Mattos Chaves
Lavrador – (1860-1926) natural de Chaves (Portugal) foi um ilustre
maçom e grau 33º. Tendo sido o fundador e codificador do Racionalismo
Cristão. Ao longo da sua vida fez uma aturada investigação sobre as
diferentes religiões e movimentos filosóficos que no decorrer dos séculos foram
idealizados por entidades, tais como: - Krishna na
Índia
e Hermes no Egipto. Estes importantes expoentes do espiritualismo, ambos
defendiam o princípio da reencarnação e das vidas sucessivas. Outras
personalidades importantes foram igualmente estudadas por Luís de Matos, como
por exemplo o fundador do Espiritismo, Alan Kardek. Outros grandes pensadores e
filósofos foram também estudados, tais como: - – Buda; Sócrates; Platão;
Descartes; tendo de igual forma investigado doutrinas ligadas à Cabala; à
Teosofia; Hermetismo e Maçonaria e daí conseguir extrair uma síntese para uma
nova doutrina que inicialmente foi designada por Espiritismo Racional e
Científico Cristão, para mais tarde passar a chamar-se Racionalismo
Cristão, tratando-se, portanto de uma doutrina que não pode ser
classificada como religião, mas sim uma forma avançada de espiritualismo
fundamentado em princípios racionais e científicos, tratando-se na realidade de
uma doutrina profunda, vasta eclética.
Em
reforço destas nossas reflexões sobre a “espiritualidade”
poderemos recuar ao Século XIX e fundamentados em bases históricas poderemos concluir que uma maioria das sociedades
ditas iniciáticas nunca estiveram ligadas verdadeiramente ao mundo espiritual superior
por nenhum vínculo. Toda a sua organização administrativa foi sempre feita de
baixo para cima e com seleções sucessivas por eleição, inferindo-se assim que a
propalada fraternidade maçónica nada pode produzir para fortificar a sua
existência a não ser com cartas constitutivas e papéis administrativos comuns a
toda a sociedade profana enquanto as ordens verdadeiramente espiritualistas
baseiam-se sempre em princípios que descem ao plano terrestre vindos das dimensões
espiritualmente superiores. Papus fundou a Ordem Martinista a partir
do ano de 1884. Papus e os seus sem Companheiros foram animados pelo espírito
de investigação, pela especulação não dogmática que encontrava os seus
fundamentos num pensamento racional e científico.
É impossível compreender a essência do Martinismo
de todas as épocas, se antes não estabelecermos a diferença fundamental
existente entre uma Sociedade de Iluminados e uma Sociedade qualquer. Uma
Sociedade de Iluminados liga-se ao Invisível ou seja: liga-se às entidades
espirituais superiormente evoluídas habitantes das dimensões superiores
existentes no Universo e que têm por finalidade orientar e superintender a vida
no nosso planeta.
Na Ordem Martinista os respetivos
membros agiam sempre em nome de Cristo e nas suas reuniões criavam as condições
necessárias para que entidades espirituais superiores se manifestassem resplandecentes
de luz agindo e falando ministrando ensinamentos elevados e tudo isso ocorria
sem médiuns adormecidos, sem êxtase, sem alucinações doentias numa clara
demonstração da ausência total de qualquer sectarismo religioso e até místico
onde era sempre predominante a orientação sob uma base racional e científica.
A partir do ano de 1910, do Século passado um notável
português, ilustre maçom do Grau 33º do REAA no Brasil fundou e desenvolveu uma
nova escola do espiritualismo superior denominado agora no Século XXI de
Racionalismo Cristão. No nosso segundo livro – “Ensaio Sobre a Doutrina do
Quinto Império,” procurámos
desenvolver uma nova perspetiva filosófica e espiritualista fundamentada nas
implicações de ordem social, política e económica como consequências diretas
daquele mesmo Racionalismo Cristão que consideramos ser a “Doutrina
do Quinto Império” fonte inspiradora da criação da Doutrina da Cidadania Social
e cujos princípios doutrinários foram de imediato adaptados pela Nova
Escola da Maçonaria Operativa!
A Nova Escola da Maçonaria Operativa
em seu conjunto é antes de tudo uma Escola de ética e moral que se esforça em
desenvolver a espiritualidade dos seus membros pelo estudo do mundo invisível e
de suas leis, pelo exercício do devotamento e da assistência intelectual e pela
criação em cada espírito de um conhecimento cada vez mais sólido baseado na
observação e na ciência. A Nova Escola da Maçonaria Operativa
constitui uma base fundamental de espiritualidade; solidariedade; cooperação,
sobriedade e conhecimento espiritual e científico e daí razão fundamental sobre
o interesse em fundar uma loja maçónica de investigação formada exclusivamente
por Mestres Maçons, mas melhor ainda seria fundar o primeiro Instituto Superior Português
de Estudos Maçónicos – o ISPEM!
Para ser implementada a Nova Escola da Maçonaria
Operativa devido à sua natureza abertamente universalista, o que
significa que a sua inserção nos graus simbólicos e nomeadamente nos Altos
Graus, poderá ser adaptada não só pelo Rito Escocês Antigo e Aceite e assim
como pelo Rito Francês ou Moderno ou por quaisquer outros Ritos que formam a
Maçonaria Universal ou seja a Arte Real!
Será necessário esclarecer desde já que a NEMO
- Nova
Escola da Maçonaria Operativa - quando da sua implementação não vai
alterar de forma alguma as normas ritualísticas que servem de suporte em
qualquer rito dito maçónico. É compreensível entender-se de que várias
ciências, tais como: a Teosofia; a Alquimia e a Cabala são sempre
complementares ao estudo e prática da Arte Real, simplesmente e no caso
específico da Nova Escola da Maçonaria Operativa, embora não abdicando da
prática daquelas já referidas ciências místicas, poderá igualmente adotar por
uma nova ciência que já não é mística, mas sim e devido à sua natureza e
metodologia preencher totalmente todos os requisitos necessários para ser uma
ciência não sectária, não religiosa ou não mística! E essa ciência a que nos
estamos referindo chama-se – Zoismo – Educação Científica da Vontade”!
Toda a ação a desenvolver pela Nova Escola da Maçonaria
Operativa será exclusiva e rigorosamente virada para o desenvolvimento,
proteção e benefício do ser humano que sendo uma “partícula da Inteligência
Universal” tem por missão específica a sua própria evolução material e
espiritual. Assim um novo conceito de universalismo será estendido a toda a
Humanidade explicativo da razão da sua existência no seio de um mundo físico
como é o planeta Terra e daí poder-se depreender de que a “morte não interrompe
a vida e a vida existe for da matéria”!
No alto Grau
Filosófico – 30º. Cavaleiro Kadosch, do Rito Escocês Antigo e Aceite da
Maçonaria Tradicional e Universal. Este alto Grau tem como legenda
a expressão latina - Ordo Ab
Chao – A Ordem Saída dos Caos.
Reparai bem: “ A
Ordem Saída do Caos!” Vejamos: - Na Física Quântica, segundo o Princípio da Incerteza
de Heisemberg, que aponta sobre a
não existência de um determinismo universal, podendo-se
concluir, portanto, de que o caos marca uma presença que consideramos
relativa e que faz parte da própria expansão do Universo!
No referido
Alto Grau – Cavaleiro Kadosch, a
velha questão ainda não resolvida em termos maçónicos e que está relacionada
com o livre arbítrio, ou seja
ter a plena independência de pensar e agir está presente no referido Grau 30º e
face ao “Princípio da Incerteza
de Heisemberg”, confirma-se a validade do livre arbítrio, atributo moral máximo
conseguido pelo ser humano na sua longa e difícil marcha evolutiva no planeta
Terra!
A Física através do estudo e da investigação da
mecânica quântica tem vindo a desbravar novas áreas que apontam para novas e
desconhecidas formas de energia no universo das subpartículas do átomo, tais
como: os fotões; gravitões; os quarks e outras subpartículas e respetivas
antipartículas;
Há medida que a Ciência for penetrando na
intimidade do Campo Quântico e
com a eventual descoberta de novas e diferentes partículas como por exemplo o
famoso “ Bosão de Higgs”, que na nossa perspetiva
é errado ser chamada de “partícula de
Deus, a Ciência irá
finalmente compreender de que a “partícula de Deus” na
verdade é o ser humano na sua dupla
natureza – a física e a espiritual, sendo a primeira matéria e consequentemente
sujeita às leis da transformação, a segunda, o espírito é pura energia inteligente
que em obediência às leis da evolução e no seu trajeto cósmico retorna ao ponto
Alfa, donde o Universo se expandiu e daí o pressuposto de filosoficamente
sermos considerados deuses não poderá ser considerado irrelevante!
A
origem do Universo teve o seu início com o “Big Bang”, uma explosão cósmica primordial e nela ter-se
manifestado um determinado tipo de energia a que poderíamos chamar de “energia universal” libertada pela explosão cósmica do
referido “Big Bang”. A Ciência no seu estado atual de desenvolvimento admite que essa
mesma “energia universal” se
apresenta sob quatro formas, a ver: -
a força de gravidade; a força electromagnética; a força nuclear forte e
finalmente a força nuclear fraca.
Contudo, a Ciência sabe
que ainda está limitada na sua abrangência universal e a sua grande meta é
atingir o conhecimento global do chamado “Campo
Unificado das energias do Universo.
Dessa mesma força
universal, destaca-se a energia
criadora que assumindo várias formas através da modelação da
matéria vai ocupando posições próprias dando início à Ordem saída do Caos na respetiva formação do Universo, originando assim a transformação da matéria e a evolução da
força, força esta que no planeta Terra assume a máxima expressão da Vida que é
precisamente o ser humano na sua componente espiritual!
Quando combinamos a mecânica quântica com a teoria da relatividade, parece haver
uma nova possibilidade em que o espaço e o tempo juntos poderão formar um
espaço quadridimensional ou com mais dimensões! Dimensões essas que à medida
que vão regredindo na direção do ponto de origem dessa mesma força primordial vão-se tornando
diáfanos em estados vibratórios cada vez mais subtis atingindo frequências
fisicamente impensáveis!
Na verdade quando a Ordem se começa a impor no Caos, significa que a partir
da explosão primordial do “Big Bang”, diferentes fenómenos se começaram a
operar ou seja: a transformação da
matéria que na sua manifestação representa a formação de galáxias, estrelas e planetas e outros numerosos e diferentes corpos e
acompanhando a transformação da matéria foi ocorrendo a Evolução
da Força Criadora e donde brotou a Vida que numa forma tão exuberante e variada
se manifestou e se manifesta no nosso pequeno planeta e obviamente noutras e
diferentes regiões do Universo!
Em termos dos princípios que orientam a transformação
e a evolução poderemos comparar o ser humano a “um diamante em bruto”,
onde a transformação se dedica em lapidar a matéria grosseira e a eliminar a
sujidade enquanto a evolução vai descobrindo a beleza e o brilho daquele mesmo
diamante, tornando-o numa joia bela e luminosa!
O presente trabalho trata-se de uma simples e breve
abordagem à Principiologia, a ciência que estuda os Princípios da
Ordem Universal e assim, tudo indica de que se poderá tratar de um
importante instrumento do pensamento humano e como Ciência de forma alguma
nunca estará dependente de qualquer ramo religioso ou filosoficamente sectário,
mas sim sempre dependente da descoberta, compreensão e conhecimento das realidades
do Universo, o que na verdade como ciência vai ser um factor
determinante e definitivo para a solidariedade e união dos diferentes povos que
formam a nossa Humanidade orientados para uma integração perfeita
e comum e irmanados no verdadeiro conhecimento sobre si próprios ou seja:
donde vimos; quem somos; porque cá estamos e para onde vamos.
Quando nos referimos à “singularidade lusitana” que
mostrando-se sob a capa de aparente submissão a Roma Papal, nos vem do rosacrucianismo
templário; da fundação e linhagem joanicas dos Fiéis-de-Amor, convergentes na Ordem dos Cavaleiros de
Cristo que se transferiu de Portugal para o Brasil e Goa e para outras
importantes partes do mundo;
Não terá sido por acaso que essa mesma “singularidade
lusitana” convertida numa ação de “descolonização religiosa” feita pelo Rei D. Dinis,
ao institucionalizar o Culto do Espírito Santo e segundo Rainer Daehnhardt, emérito historiador
luso-alemão e autor de importantes obras ligadas à História de Portugal, destacando-se um
dos seus livros intitulado – Portugal – A Missão que Falta
Cumprir, entendeu como sendo uma ação que foi interferir na
colonização religiosa implementada por Roma.
Na abordagem política e sociológica feita ao Racionalismo
Cristão, podemos retirar importantes ilações, fazendo projeções sobre
as implicações que uma tal doutrina de âmbito espiritualista e
espiritista poderá vir a gerar e os resultados refletem-se no
desenvolvimento de uma ideologia de inspiração cooperativista,
tendo como pilares da sustentação princípios espiritualistas; científicos;
económicos e políticos e que passaremos a designar por – Doutrina da Cidadania Social e na nossa
perspetiva e no caso específico de Portugal a doutrina cooperativista é a
doutrina que apresenta as melhores condições políticas e económicas para que a
nação portuguesa possa prosseguir numa diferente e desejável trajetória de
desenvolvimento social e consequentemente atingir uma nova dimensão espiritual
e material.
A Doutrina da Cidadania Social poderá
dar origem a um novo tipo de sociedade, onde fatores ligados ao lucro; à
propriedade privada e a diferentes circunstâncias associadas aos mesmos irão
sofrer profundas alterações e não vão ser as ideologias como o marxismo; a
social-democracia; o socialismo democrático; o neoliberalismo ou ainda a
democracia cristã que irão ter qualquer tipo de expressão ou influência nessa
nova sociedade do futuro, onde a democracia participativa terá um
peso determinante e expressivo; onde as gerações mais idosas virão a ter uma
importância fundamental para o desenvolvimento espiritual e material das novas
comunidades do Século XXI.
No grande Templo de Aton em Khut-Aton – Egipto, o
Sumo- Sacerdote Moisés (o Moisés bíblico) oficiava os ritos que iniciavam os
neófitos nos Mistérios do deus Aton. Esses ritos eram semelhantes aos que foram
adotados pelos antigos maçons operativos que se foram modificando ao longo dos
séculos, mas ainda hoje na ordem maçónica conservam-se muitos atos
ritualísticos que foram inspirados naqueles antigos rituais egípcios,
especialmente no que diz respeito à iniciação e aos ensinamentos que são
guardados nos símbolos e nas alegorias adotadas pela Maçonaria Especulativa.
Efetivamente
muitas das coisas que nos são ensinadas nas nossas Lojas via cultural judaica
têm a sua raiz nessas antigas tradições que o povo do Nilo legou à Arte
Real.
No ano 1292 antes de Cristo, o Faraó
Horemheb através de decreto tornou os filhos de Israel, escravos,
mandando-os trabalhar nas pedreiras, olarias e construções no país, fabricando
tijolos, desbastando e polindo pedras para então erguerem os grandes templos e
edifícios, cujas ruínas ainda hoje subsistem e podem ser vistas no país do
grande Nilo. É portanto absolutamente admissível que os filhos de Israel se
tenham tornado os legítimos representantes da Arte Real ou seja
da Maçonaria Universal!
O conceito de fraternidade começa-se a desenvolver a
partir do reinado do Faraó Akhenaton, é pois a partir deste Faraó
egípcio que se começa a vislumbrar o sentido da fraternidade, nomeadamente no
seio das confrarias de pedreiros e artífices que sustinham e desenvolviam todo
o tipo de construções que então existiam na sociedade egípcia.
Akhenaton
é o primeiro a fundar e a desenvolver o conceito do deus único, representado
pelo disco solar através de uma nova religião onde a dignidade humana começava
a dar os seus primeiros passos e com ela o florescer dos princípios da
igualdade humana, da solidariedade e sobretudo o cultivo da espiritualidade.
As diferentes correntes filosóficas então geradas a
partir da religião monoteísta de Akhenaton, nomeadamente as três
religiões – o cristianismo; o judaísmo e o islão sempre condenaram e combateram
os maus sentimentos dos seres humanos, ameaçando-os através dos tempos com a
condenação das suas almas com as penas do Inferno e outras condenações
terríveis. O medo tem sido a melhor instrumento das religiões para controlarem
as imensas massas dos seus seguidores e fiéis.
A falta de espiritualidade, a ignorância e a imposição
do império do medo foram sempre o principal meio com que as classes sociais
dominantes utilizaram para melhor dominarem e controlarem as multidões
animalizadas, ignaras e inconscientes, originando nos seres humanos mais
evoluídos grandes sofrimentos e aqui destaca-se a ação desenvolvida pelos iniciados
que portadores de uma maior consciência de si mesmos e do mundo cruel
envolvente e através do seu trabalho manual, intelectual e artístico,
procuraram na base da união protetora dos princípios da fraternidade,
solidariedade, gerados por uma espiritualidade mais avançada deram origem às
confrarias de trabalhadores, tais como as organizações de construtores de
catedrais que ocorreram na Idade Média.
A Terra, no contexto geral dos diferentes mundos que
rolam o espaço infinito sideral é um dos muitos mundos físicos classificados
como uma escola onde as primeiras classes de espíritos ou almas humanas,
partículas da Inteligência Universal – Grande Arquiteto do Universo
iniciam a sua aprendizagem, difícil, dura, inconsciente e lenta, apenas dependente
numa fase primária da sua capacidade instintiva e animalesca!
Queremos nós dizer com isto de que todos nós maçons em
particular e a Maçonaria Universal em geral, compete uma missão,
uma grande responsabilidade em contribuir para que a Humanidade venha a ter um
destino para o qual o Grande Arquiteto do Universo nos incumbiu
ou seja: contribuirmos de forma desejável para a evolução material e espiritual
dos povos deste pequeno planeta que se chama Terra! É essa a responsabilidade e o fim
da Maçonaria Universal!
Para que surgisse o primeiro homo sapiens decorreu
mais de um milhão de anos de luta extrema pela sua sobrevivência e continuidade
como ser vivo e atuante. Milhares e milhares de reencarnações em corpo físico
foram necessárias para que o Homem atingisse a capacidade de dispor de livre-arbítrio,
conquista máxima que nós seres humanos alcançámos como avançada expressão de
evolução material, intelectual e espiritual e nós maçons podemos ser
considerados uma digna expressão desse mesmo resultado final!
A influência exercida pelo Faraó Akhenaton
foi tão grande que se veio a estender aos Essénios e aos Cristãos primitivos e
finalmente aos Templários que na realidade foram o ramo administrativo e
militar de uma Ordem Secreta que por detrás dos Cavaleiros do Templo agiam sob
nomes diferentes, mas mais frequentemente sob a sigla do Ministério do
Sinai,
os filhos da
Luz, tal como nós, maçons, os filhos da Viúva, também nos
consideramos os Filhos da Luz!
Na verdade a realidade de Deus ou do Grande Arquiteto
do Universo e a realidade do Universo pertencem a uma mesma questão e se na Arte Real está estabelecido um Código de Conduta que
sintetiza a vida e as atividades de um homem livre e de bons costumes que de uma
forma perfeitamente harmoniosa e com um perfeito enquadramento na mecânica das
leis naturais, perguntamos: que nos falta a nós maçons para sermos justos e perfeitos
em tudo quanto se refira, nomeadamente no tocante à Fraternidade Maçónica?
As regras a seguir estão aí e todos os dias as temos
de cumprir tendo uma boa prática moral no sentido de desbastarmos a “pedra
bruta” que são precisamente as nossas fraqueza e defeitos, estudando e
raciocinando sobre as questões sérias da vida e sobre a origem da nossa própria
existência e a razão por que cá estamos?
A Maçonaria é
uma Escola
de Virtudes, onde aprendemos a conhecermo-nos a nós próprios seguindo a
divisa do grande filósofo Sócrates - “ Conhece-te a ti mesmo”.
Na verdade
devemos tentar compreender o significado simbólico da Circulatura do
Quadrado ao invés da Quadratura do Círculo, sendo
este precisamente o domínio da matéria sobre o espírito quando a primeira premissa é
o domínio do
espírito sobre a matéria e só assim seremos discípulos e dignos seguidores do Grande Arquiteto do
Universo, criador da Vida e dos mundos que rolam no espaço infinito!
O sucesso da nossa aprendizagem está nos três Graus da
Maçonaria Simbólica que finalmente e na base do estudo da Simbologia
compreenderemos a mensagem contida na “palavra perdida”
deixada pelo Mestre
Hiram e iremos compreender finalmente o verdadeiro sentido de ser
fraterno.
Há uma forma de pensamento que nos
conduz efetivamente à evidência das realidades da VIDA existentes neste mundo material
que se chama planeta Terra! Estamos de facto subordinados às leis da Natura e por essa razão a Ciência
tem uma ação determinante na nossa forma de viver! É conhecendo o mecanismo das leis
naturais
que nós vamos compreender; respeitar e agir em completa harmonia com os
condicionalismos físicos da matéria, da vida evolutiva do espírito e tomada de
consciência com as realidades do Universo!
Há uma Ciência
consubstanciada na educação científica da vontade que nasceu em 1910, na Europa em
que os respetivos fundadores se foram inspirar nos ensinamentos que a Sabedoria
do Antigo Egipto lhes transmitiu quando souberam traduzir os hieróglifos
descobertos por si! Essa mesma Ciência não tem a ver com qualquer tipo de
religião ou misticismo, pairando muito
acima das coisas comuns do mundo e essa mesma ciência está contida na “Palavra Perdida”!
A Espiritualidade é
um atributo
próprio do espírito humano, pois a religião sendo uma criação gerada pela
imaginação do Homem, enquanto a Espiritualidade faz parte do próprio
desenvolvimento intelectual, emocional e espiritual que caracterizam o
crescimento natural do ser humano.
O Povo Português
com todos os seus defeitos e atrasos, comparativamente com outros povos dispõe
de uma certa " Singularidade" que o distingue e que o
tem levado a situações inéditas através da História da Humanidade! É a "Singularidade"
que nos distingue! A história mítica ligada ao " Encoberto", o Rei D.
Sebastião, o Desejado na realidade não é um "mito", mas sim algo
determinante na vida e história dos Portugueses! O "Encoberto"
existe e ele está "adormecido" no inconsciente coletivo dos Portugueses.
Fernando
Pessoa, referia-se no seu Poema Mensagem – ". Falta cumprir-se, Portugal." O "
Encoberto" não será necessariamente uma pessoa, mas sim algo
consistente e objetivo, tal como o "
Santo Graal" não é a
taça por onde Jesus,
o Cristo bebeu o seu último vinho, mas sim algo relacionado com a Espiritualidade,
sentimentos elevados e nobres onde paira ainda um "olhar"
muito específico sobre um Conhecimento Universal e Único!
O " Encoberto " poderá ser uma doutrina espiritualista
que explica e nos leva ao conhecimento dos grandes enigmas da VIDA e nos
diz finalmente – DONDE VIMOS? QUEM SOMOS? PORQUE EXISTIMOS? E QUAL O NOSSO DESTINO FINAL?
Será que o Povo Português
tem uma resposta para o futuro da Humanidade quando na verdade está na posse do
conhecimento íntimo da “Palavra Perdida” e é precisamente a “Palavra
Perdida” que após a morte do Mestre Hiram, o seu conhecimento superior
aparentemente morreu com ele, mas a história e a tradição maçónicas, felizmente
provaram o contrário, a “palavra perdida” foi salvaguardada no
conhecimento encerrado no primeiro Alto Grau, o Grau inefável – o
4º. Grau, o Grau de Mestre Secreto! Poderíamos acrescentar uma
outra designação – o Grau de Mestre do Silêncio,
pois que a sua divisa é: - Ver Ouvir e Calar!
No meu primeiro romance – “Operação: Quinto Império” há
uma parte da narrativa, no seu capítulo IV, O Acelerador de Partículas Bíblico
e após a morte do Mestre Hiram Abif, o construtor do Templo de Salomão, o próprio
rei Salomão, começou por introduzir importantes alterações na Confraria criada
por Hiram Abif, tendo introduzido mudanças a partir do 4º. Grau – Mestre
Secreto e até ao 14º. Grau- Grande Eleito Perfeito e Sublime Maçom, conferindo
à Confraria novos horizontes em termos de aprendizagem e aprofundamento dos
Altos Mistérios Egípcios que, naturalmente se estenderam até aos nossos dias.
Nesta nova fase da vida da Confraria, o rei Salomão começou por desenvolver um
novo conceito de conhecimentos iniciáticos mais avançados, marcando bem a nova
fronteira entre simbologia operativa maçónica e a nova fronteira
denominada pelos maçons do nosso tempo de “especulativa” –
respeitando, com absoluto rigor, a escola iniciática dos três primeiros graus
fundada e deixada pelo Mestre Hiram, - situação que se mantém e é seguida
tradicionalmente até aos nossos dias.
Seguindo a nova metodologia
introduzida por Salomão quanto ao funcionamento da Confraria após a morte de
Hiram Abif, diríamos que aquele método, em teoria, segue três vertentes
distintas, mas interligadas em termos evolutivos, a ver:
1ª. A fase simbólica operativa, intimamente ligada à
arquitetura sagrada e, consequentemente a Deus, Grande Arquiteto do Universo e
compreendida pelos instrumentos de trabalho e ligação simbólica às virtudes
humanas – realidade que se projetou até às construções dos grandes monumentos
da Idade Média, Via Templária. Essa mesma fase simbólica e operativa seria
fundamentalmente mística, realidade que ainda hoje se mantém pela via tradicional
e ritualística nos nossos manuais maçónicos;
2ª. A fase científica e especulativa, em que o fator
racionalista é a peça determinante no desenvolvimento do raciocínio analítico,
por exemplo: -o matemático, astrónomo e filósofo Giordano Bruno, com a sua
teoria de que a Terra é que girava à volta do Sol foi levado pela Inquisição a
morrer queimado na fogueira por defender uma verdade que hoje, aos nossos
olhos, é uma realidade aceite com normalidade;
3ª. E finalmente a fase espiritualista. Neste mesma terceira fase
destaca-se como elemento principal a formação da Nova Escola da Maçonaria
Operativa que no tempo de Salomão era apenas o simples esboço
de uma futura semente que num futuro ainda distante se iria desenvolver numa
solução alquímica ideal entre o esotérico e o exotérico, permitindo viver a
vida material a par da vida espiritual com total ausência da religiosidade
sectária e do misticismo entorpecente numa perfeita sintonia com Deus ou com a
Força Criadora que foi conhecer um novo conceito espiritualista ligado ao Mito
do Quinto Império que ao longo da História do Povo Português, foi
conhecendo novos desenvolvimentos.
Perguntamos? O que é a
nova maçonaria operativa no Século XXI? Certamente que será diferente daquela
maçonaria operativa da Idade Média que se dedicava à construção das imponentes
catedrais! A Maçonaria Operativa do Século XXI irá constituir-se numa nova
escola do pensamento humano construtivo que se fundamentará basicamente da
educação científica da vontade ou seja: o treinamento e prática da mente humana
na projeção e irradiação unidirecional do pensamento humano e isso será
possível através do estudo e prática da Ciência do Zoismo. O Zoismo é
verdadeiramente uma ciência à luz da racionalidade e positividade humanas, contudo
trata-se de uma ciência que tem perfeito enquadramento numa perspetiva
iniciática e esotérica e podendo ser comparada por exemplo: a uma Teosofia que
é igualmente uma ciência, mas de natureza mística, facto inexistente na Ciência
do Zoismo ao estar isento de qualquer influência de origem religiosa e ou
mística.
O futuro Instituto
Superior Português de Estudos Maçónicos - ISPEM teria por objeto
abranger os diferentes planos que a Maçonaria Universal cobre, ou seja: - os
planos relacionados com a Simbologia; com a Ciência não mística (no caso do
Zoismo que já citámos) com a Ciência Política; com a História dos povos e da
Humanidade nas suas diferentes perspetivas e finalmente na investigação,
estudo, desenvolvimento e implementação da Nova Escola da Maçonaria Operativa.
Poderemos agora começar
a compreender sobre o que seja a Nova Escola Maçónica Operativa para o Século XXI.
Certamente que na sua natureza, conteúdo e finalidade não irá alterar
minimamente qualquer pormenor contido nos tradicionais manuais de todos os
Ritos maçónicos conhecidos! O ISPEM não verá em si qualquer tipo
de alteração na simbologia maçónica tal como é e os maçons nos seus diferentes
graus e qualidades irão estudá-la e segui-la rigorosamente dentro da tradição maçónica,
sendo contudo facultado ao ISPEM as necessárias e abertas
condições para o desenvolvimento dos seus estudos e pesquisas e daí a
necessidade da criação de conhecimentos avançados para um melhor entendimento
da natureza humana. Na verdade trata-se de uma primeira abordagem a ser feita
em Portugal sobre a Maçonaria Universal. Teremos de efetivamente que aceitar de
que a Maçonaria seja ela regular ou irregular e no que se refere à Europa,
agora no Século XXI é na verdade materialista e administrativa, vindo a perder sistematicamente
o seu carácter verdadeiramente iniciático e espiritualista. Na maioria dos
casos trata-se de uma maçonaria mais ligada ao interesses materiais pessoais e
de grupo, onde os factores ligados à política sectária e aos negócios visando
simplesmente o lucro e a obtenção de favores de carácter egoístico.
Infelizmente é esta a situação da atual Maçonaria que pela sua própria evolução
tem vindo a sofrer um desgaste tremendo nas sua mais importante essência que é
o aperfeiçoamento do espírito humano nas suas componentes intelectual e
espiritual.
Quando nas lojas maçónicas simbólicas e especulativas se
pretende esclarecer de que nelas não poderá ser discutida nem Política nem
Religião, na verdade trata-se de uma “falácia”.
Nada disso corresponde à verdade e verifica-se o porquê uma vez que toda a
simbologia contida na Maçonaria estar ligada intimamente aos “instrumentos
de trabalho” pelos quais os seres humanos procuram “produzir” elementos ou
componentes correspondentes às suas necessidades básicas para a sua vivência e
sobrevivência físicas no nosso planeta!
Os alimentos e os produtos produzidos pela
ação do trabalho dos seres humanos conseguidos através dos seus instrumentos de
trabalho são importantes factores de ordem política que regem a sociedade
humana e daí a importância das suas próprias existências! Consequentemente não
podemos negar o nosso compromisso “político” para com a chamada
sociedade profana!
Não defendemos facções,
ideias sectárias e ou partidos políticos, mas sim defendemos novas ideologias
que tragam para a Humanidade uma maior consciência de si mesma e acompanhada de
condições cada vez mais favoráveis ao progresso material, intelectual e
espiritual do ser humano! Quando falamos na Nova Escola da Maçonaria
Operativa queremos dizer que nos devemos inspirar agora no Século XXI
no desenvolvimento de novas ideias, novas dinâmicas, novas iniciativas que
tragam um adequado enquadramento às novas realidades sociais e humanas.
Lembramos de que
existem lojas de investigação como por exemplo: - na Grande Loja da Irlanda; da
Grande Loja Regular da Bélgica; na Loja Britânica de Investigação chamada
Quatuor Coronati; Grande Loja Unida de Inglaterra e tantas outras que dispõem
de lojas de investigação que desenvolvem uma importante rede de cooperação a
nível regional e mundial e só em Portugal não há indícios da sua implementação.
Este estudo sobre a Nova
Escola da Maçonaria Operativa pretende exatamente alcançar combatendo
assim o crescente desgaste que a atual Maçonaria tem vindo a sofrer nos seus
diferentes níveis de existência face ao próprio desenvolvimento humano agora no
Século XXI, desenvolvimento esse que apenas está incidindo em aspetos meramente
materialistas e que estão conduzindo inevitavelmente para a sua definitiva
degradação!
A Nova Escola da Maçonaria
Operativa pretende historicamente retomar um processo de
desenvolvimento que nos Séculos XVII e XVIII foi interrompido pela eclosão da
Maçonaria chamada especulativa (Iluminismo) surgida na Inglaterra, sendo a
Maçonaria Operativa muitíssimo mais antiga (cerca de 4000 anos a.C.) remontando
à Mesopotâmia, depois ao Egipto, Grécia, Israel e atravessando a Idade Média
até aos nossos dias! A Nova Escola da Maçonaria Operativa, naturalmente já não
será a Maçonaria Templária e construtora dos grandes monumentos da Idade Média!
Será sim, uma
maçonaria operativa que atuando na área do intelecto e pensamento humanos vai
procurar ser criativa e originadora de novas situações que desenvolvam a
intelectualidade e espiritualidade humanas, procurando o aperfeiçoamento da
Humanidade no sentido certo da evolução universal e aproximando a Humanidade
terrestre aos mundos ou dimensões que são habitadas por entidades muito
evoluídos e que já viveram fisicamente na Terra e que mercê do seu grande avanço
evolutivo passaram a viver em novas condições mais consentâneas com as
necessidades da sua própria evolução espiritual.
No Rito Escocês Antigo e Aceite
compreende trinta e três graus, que a partir do 1º. Grau de Aprendiz vai
subindo até atingir o 33º. Grau – Soberano Grande Inspetor Geral,
coincidentemente ou não a esfera física que é o planeta Terra tem sobre si
sobrepostas ou envolventes 33 esferas, planos ou dimensões que representam as
33 classes de espíritos que se servem do mundo material para realizarem os
respetivos planos de evolução em conformidade rigorosa com as leis naturais e
imutáveis que regem o próprio Universo no seu percurso expansivo e feito na
base da transformação da Matéria e da evolução da Força ou partícula da
Inteligência Universal, diremos nós, Maçons – do Grande Arquiteto do Universo!
No 3º. Grau –
Mestre, da Maçonaria Simbólica,
com a morte de Hiram Abif, “ a Palavra Perdida” desvanece-se e com ela perde-se
o seu “Segredo” que aparentemente o Mestre Hiram, levou consigo para o túmulo,
contudo, essa mesma “Palavra Perdida” é recuperada por Salomão e transmitida
por iniciação aos Perfeitos e Sublimes Maçons
– Irmãos do 14º. Grau, sendo-lhes permitido conhecer a Verdade contida
na “Palavra Perdida” e assim aqueles mesmos Irmãos descobriram que por si
próprios podiam mercê da sua vontade consciente atrair uma maravilhosa energia
espiritual (Luz),tomando consciência de que cada ser humano poderia ser
portador no seu íntimo dessa mesma “Luz” e que por si próprio e em contacto
direto e pessoal poderia estabelecer uma “Aliança” com Deus, não necessitando
de “intermediários”.
Esse foi o saber recuperado por Salomão em que os Sublimes
Maçons, dispersos pelo mundo levaram a Arte Real, a Palavra do
Conhecimento que em tempos vindouros se viria a chamar de “Divino
Espirito Santo”. Os Maçons do 14º. Grau são os desbravadores embora
ainda de forma embrionária, abriram o “caminho” que no futuro
viria a ser trilhado por Jesus, o Cristo!
Sabemos agora que na “Palavra Perdida” estava contido o
nome de Jesus! O Grande Arquiteto do Universo revelava-se sob o nome de Jesus
neste maravilhoso 18º.Grau – Cavaleiro Rosa Cruz,
era o segredo mais interno e central dos ensinamentos dos Mistérios Egípcios,
ensinando-nos que Deus está encarnado em todos os corações humanos que no mais
íntimo de cada homem e mulher há uma centelha divina.Assim, compete a cada Cavaleiro
Rosa-Cruz meditar e difundir a Luz do Conhecimento Espiritual, o Grau
18º. Instrui a fazer diariamente certos esforços no sentido de aprender a
converte-se numa antena viva captando de Deus a força e a vontade em tornar-se
num instrumento superior ao serviço do Grande Arquiteto do Universo!
Teremos agora de voltar ao 4º.Grau
– Mestre Secreto, pois será a partir deste Primeiro Alto Grau que vai
ser possível fazermos a ligação à 3ª. Vertente da metodologia
introduzida na Confraria por Salomão, após a morte de Hiram Abif,
tratando-se da vertente espiritualista que comporta já uma
perspetiva do regresso da Maçonaria Universalista a uma nova fase operativa e
cujo enquadramento e desenvolvimento deveria ser iniciado agora no Século XXI,
sendo precisamente esta nossa Introdução a Um Estudo Comparado
da Doutrina da Cidadania Social com a Nova Escola da
Maçonaria Operativa que pretenderá dar início!
O 4º. Grau – Mestre Secreto. Este Alto Grau tem como um
dos seus símbolos principais a “Chave”. A origem deste símbolo é
desconhecida, tendo sido encontrado nas ruinas de civilizações muito antigas e
o seu significado sempre foi o do “Sigilo” e do “Segredo”,
mas também o de “Abertura”. Na linguagem bíblica simbolizava “Abertura”,
mas igualmente prudência, porque o “Sigilo” deve ser guardado e
tem um significado esotérico ligado à “Arca da Aliança” que devia
de estar sempre fechada! Um outro símbolo igualmente importante é a letra “Z”,
que tem a sua origem no hebraico “ziz”, que significa esplendor!
É sabido que cada Grau dentro do Rito Escocês Antigo Aceito representa a soma
dos Graus precedentes que adquirem significado mais esotérico e profundo.
Nas nossas diferentes
intervenções temos vindo a defender a implementação de uma Nova Escola da
Maçonaria Operativa em que nunca abdicando do conhecimento tradicional
e ritualístico acumulado ao longo dos séculos pela Arte Real. O estudo e
compreensão do que seja a simbologia, nomeadamente aquela que está
materializada e associada aos instrumentos de trabalho, tais como: o compasso;
o esquadro, o fio-de-prumo; a régua e
tantos outros instrumentos que o ser humano utiliza no seu dia-a-dia de
trabalho!
Esses mesmos instrumentos de trabalho e aqui já citados e outros estão
intimamente associados às capacidades e atributos do espírito humano! Agora,
que estamos no Século XXI, além de utilizarmos as componentes tradicionais e
ritualísticas, temos igualmente necessidade de utilizar a nossa intuição aliada
a uma forma de pensamento racional e científico que nos leve a descodificar
todas as mensagens simbólicas e místicas que a Arte Real pretende
transmitir-nos, contudo e para uma melhor compreensão do nosso pensamento,
teremos de regredir na história iniciática, ao tempo em que vivia o grande
sábio Hermes Trismegisto, cerca de 4000 anos a.C. cuja doutrina
defendida por si e que veio a designar-se por Hermetismo, o qual por sua vez e
por intermédio da Fraternidade dos Irmãos Iluminados da Rosa-Cruz, foi dada
origem ao nascimento de diversos ritos da Franco-Maçonaria.
Será um regresso à Maçonaria Operativa, desta vez já não
iremos construir catedrais como na Idade Média, mas sim utilizando a ação do
pensamento, educando-o de forma científica e aplicando-o em ações de natureza
espiritualista ou seja a restauração de uma Maçonaria Coeva, que num passado
vindo do Antigo Egipto, em que Hermes, o três Vezes Grande, foi
um dos seus iniciadores encontrava-se vinculada a Entidades Espirituais
Superiores, que desde os Inícios dos Tempos assistiram no pretérito e assistem
no presente à evolução material e espiritual da Humanidade e daí por vezes e ao
longo da História da Humanidade estabelecer contactos de forma mais ou menos
estável e continuada.
A Nova Escola da Maçonaria Operativa pretende, agora,
restabelecer esse mesmo contacto, pretendendo distinguir-se de alguns dos ramos
da maçonaria que agora no Século XXI vivem apenas na base da materialidade.
O conhecimento oculto que nos vai permitir ter essa capacidade em poder
restabelecer o contacto precioso e importante com essas mesmas Entidades
Espirituais está na aplicação do Pensamento que sem dúvida é a Força mais
poderosa que existe no Universo e nós seres humanos somos portadores dessa
mesma Força!
Naturalmente poderemos incluir o estudo da Ciência do Zoismo
que é igualmente uma ciência iniciática, mas com a característica de não ser
mística em relação às diferentes ciências místicas conhecidas como a Alquimia;
a Teosofia e a Cabala que os diferentes ritos maçónicos ao longo do
tempo têm vindo a adotar e sendo precisamente o estudo do Zoismo a importante
inovação a introduzir nos estudos complementares da Maçonaria para o Século
XXI!
O estudo do Zoismo dá-nos a
técnica dessa mesmo conhecimento! E à medida que o estudante for progredindo
nos seus estudos irá conquistando para si uma maior autonomia individual e
liberdade de pensamento. Na nova Maçonaria Operativa e em paralelo com as
componentes tradicional e ritualística maçónicas estará aliada uma nova ciência
denominada Zoismo – Educação Científica da Vontade que tem como
seu símbolo precisamente a Letra “Z”, que significa silêncio e
portanto os seus praticantes serão chamados de Mestres do Silêncio!
Consequentemente o 1º Grau Zoista, corresponde ao 4º. Grau
– Mestre Secreto, Alto Primeiro Grau da Loja de Perfeição que vai do 4º. Grau
ao 14º. Grau do Rito Escocês Antigo Aceito.
Naturalmente que o estudo e
prática do Zoismo terá de ser sempre realizado em Lojas de Investigação, Lojas
só formadas por Mestres.
O Zoismo, segundo a metodologia oriental de há milénios,
tendo sido adotado no início do Século XX na América e na Europa, dividiu-se em
cinco grandes partes podendo ser estudado em pouco mais de três meses ou em
cerca de três anos. A primeira parte – iniciação, ensina-nos o autodomínio pela
Educação Científica da Vontade e a disciplina do pensamento, o equivalente ao “desbastar
da pedra bruta” que corresponde aos dois primeiros graus simbólicos do
REAA; a segunda parte – Império Mental, habitua-nos a confiar em nós próprios
ao executarmos exercícios práticos de domínio e de imposições ao meio; a
terceira – Zoismo Elementar, adestra-nos praticamente no robustecimento diário
das faculdades nobres do ser; sendo a quarta – o Zoismo Superior, põe-nos em
contacto com os maiores problemas da vida, ensinando-nos a atuar na existência
no sentido do Bem e do Belo e proporcionando-nos exercícios práticos admiráveis
de imposições e de exteriorizações do pensamento.
Quanto à última e quinta parte –
Estudos Complementares, onde nem todos poderão chegar! O estudante Zoista terá
que provar que é uma pessoa honesta, séria e digna, pois ao atingir a 5ª. Fase
da Ciência do Zoismo, porque esta fase é apenas destinada aos que “podem
esmagar, mas não esmagam”, porque ignoram a inveja, desprezam o ódio e detestam
a vingança!
Qual a finalidade prática que se pretende obter com o estudo do Zoismo?
O estudante pretenderá alcançar uma maior capacidade de clarividência através
do desenvolvimento do autodomínio pessoal; da autoanálise; da capacidade de
concentração mental; e maior capacidade de exteriorização do pensamento
consciente e direcional; maior capacidade de observação e finalmente a obtenção
de uma maior capacidade de memorização!
Uma vez chegados até aqui,
dispomos finalmente dos elementos necessários que vão permitir a criação de uma
ideologia a que achámos por bem chamar – Doutrina da Cidadania Social, que tem
como suportes quatro pilares que são: a Sobriedade; a Solidariedade; a
Cooperação e a Espiritualidade.
O tema central do nosso segundo livro
–“Ensaio
Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social”
uma vez que se trata de um ensaio sobre uma nova ideologia doutrinária de inspiração
lusófona e fundamentada em quatro vertentes que passamos a enumerar: a vertente
espiritualista; a vertente política; a vertente social e a vertente económica.
Infelizmente
e observando-se o atual estado das sociedades, tanto no Ocidente como no Oriente,
observa-se a lastimável situação dessas mesmas sociedades, imperando em
algumas, governos totalitários; noutras e salvo honrosas exceções, vigora uma
falsa democracia dominada e dirigida por uma ideologia neoliberal, onde o fator
social vai sendo sistematicamente destruído e onde o trabalhador vê cada vez
mais reduzidos os seus direitos em favor dos especuladores financeiros, dos
empresários gananciosos e exploradores ou ainda a ação perniciosa e tentacular
das multinacionais que têm vindo a sugar a riqueza das nações.
Neste
segundo livro, pretendemos apresentar uma nova ideologia doutrinária, onde é
admitido de que efetivamente as gerações mais idosas vão ter uma importância
decisiva na formação das novas sociedades do futuro sempre em função da sua espiritualidade,
sensibilidade e experiência de vida.
Dentro
da mesma orientação são traçadas novas dinâmicas na consolidação das defesas
das classes trabalhadoras, dotando as suas organizações sindicais com novos
instrumentos de combate contra as investidas do neoliberalismo do Século XXI.
No
nosso livro e na sua vertente espiritualista esta fundamenta-se na tentativa de
encontrar o ponto equidistante, diremos geométrico que irá definir o
posicionamento entre o fundamentalismo religioso e o racionalismo materialista
procurando-se encontrar uma doutrina verdadeiramente humanista, universalista
de base racional e científica demonstrando de que a Morte não interrompe a Vida
e a Vida existe fora da Matéria.
Naturalmente
que na vertente política e na ideologia doutrinária desenvolvida no meu livro a
democracia representativa perde parte da sua importância a favor da democracia
participativa, onde o cidadão comum irá assumir maiores responsabilidades
cívicas.
Finalmente
quando nos referimos à vertente sócio/económica, procuramos desenvolver uma
inovadora ideologia que neutralize por completo a ação nociva do “lucro”
estando aquela corporizada numa nova organização laboral onde o trabalho e os
rendimentos sejam repartidos de modo a poder-se generalizar um verdadeiro
rendimento mínimo de cidadania socialmente equitativo e extensivo a qualquer
cidadão!
Na
verdade, o livro – “Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva
Social”, pretende abrir caminho para uma desejável solução para a atual crise
portuguesa, abrindo novas condições para que muitos milhares de portuguesas e
portugueses, nomeadamente os desempregados de longa duração venham a ter uma
nova perspetiva para um futuro feliz e progressista.
Naturalmente
que temos vindo a pensar sobre a melhor forma de analisarmos a sociedade atual,
nomeadamente no que nos diz respeito e que está circunscrita à civilização
ocidental!
Os conceitos de
cooperativismo
e de cooperação são efetivamente distintos, mas na realidade
complementam-se distribuindo-se noutros novos conceitos ligados ao humanismo;
universalismo; evolucionismo; municipalismo e ecologismo; democracia
representativa e participativa e que por sua vez estão relacionados com
concepções como o espiritualismo e a espiritualidade humana tendo como base a defesa do
princípio da Evolução fundamentada na reencarnação ou nas vidas sucessivas,
onde fica provado de que a Morte Não Interrompe a Vida e a Vida Existe
Fora da Matéria!
A Doutrina da Cidadania Social
vai-se
inspirar efetivamente em todos aqueles esquemas ideológicos que a própria
Filosofia ao longo da História da Humanidade tem vindo a desenvolver. Aqui e
objetivamente teremos de juntar àqueles diferentes conceitos um fator de ordem
básica que é precisamente a Ciência representada por todos os seus ramos científicos e
técnicos e à Ciência
deverá ser junta a própria História
particularizando ou generalizando os diferentes e imensos eventos ocorridos ao
longo da vivência humana neste planeta, devendo ser os mesmos estudados e comparados
e daí extraírem-se as devidas ilações para utilização e benefício da
Humanidade!
A forma
institucional da Doutrina da Cidadania Social irá sempre ao
encontro de propostas vindas tanto das esquerdas como das direitas do leque
alargado do espetro político que visam fundamentalmente o bem-estar e o
desenvolvimento de uma dada
comunidade regional, nacional ou internacional. Na sua componente
ideológica e a par das diferentes propostas apresentadas aquela igualmente
defenderá sempre a implementação e desenvolvimento de todas as iniciativas e
empreendimentos que visam a prática de uma doutrina cooperativista e cooperante ou
seja: o cidadão poder exercer democraticamente a sua Acão de cidadania social e
onde o Voluntariado assume uma posição de relevância social!
Fundamentados nestes mesmos princípios
orientadores da Doutrina da Cidadania Social, teremos toda a vantagem em
corporizar a sua natureza e estrutura num “Movimento Cívico”,
no qual se poderão associar pessoas verdadeiramente interessadas em “cooperar” para a criação de uma nova
ordem económica e social que possa vir a ser a pedra basilar de uma sociedade verdadeiramente
espiritualista, solidária e empenhada no desenvolvimento de novos valores para
o progresso material e espiritual da Humanidade!
Objetivamente a
Doutrina
da Cidadania Social materializada num movimento cívico que terá como
dois dos seus importantes fins – a “Cooperação” e o desenvolvimento da
“espiritualidade”
e como colunas mestras o estudo inspirador e norteador do Racionalismo
Cristão; o estudo e prática dos princípios contidos no Zoismo – Educação
Científica da Vontade e finalmente o estudo e aprofundamento da Doutrina
Cooperativista que António Sérgio, tão ativamente defendeu!
Outras disciplinas, tais como: o municipalismo; a
ecologia; a democracia representativa e participativa,
nomeadamente esta última deverá ser
objeto de um estudo, aprofundamento e desenvolvimento importantes.
Certamente que agora no Século XXI, não vamos
converter cada cidadão nacional num monge cavaleiro, sujeito a duras regras de
conduta moral e material, mas esse mesmo novo cidadão terá que assumir uma nova
postura perante a nova sociedade que se avizinha e essa mesma nova postura terá
de passar por uma autodisciplina moral e material; pela defesa dos verdadeiros valores assentes
na espiritualidade humana; por uma conduta sóbria quando relacionada com consumismos
desregrados; pelo desenvolvimento de um sentido de solidariedade mais forte e
sincero; no desenvolvimento do espírito de empreendedorismo e abdicação das
riquezas e luxos fáceis que o capitalismo desumano de uma maneira tão
insensível e frenética tem vindo a provocar na Humanidade!
Eis, pois de uma forma simples o novo modelo do cidadão
do Quinto Império que embora não assuma a figura do monge cavaleiro que
caracterizou a
Ordem de Cristo, nos Séculos XIV; XV e XVI, mas sempre
assumindo um
espírito de missão, podendo ser considerado um Cavaleiro Defensor
do Quinto Império, sempre virado para a prática do bem comum e para o
progresso da Humanidade no seu sentido mais lato!
Neste nosso estudo, procurámos uma solução e essa
mesma solução passa pela formação de uma Loja de Investigação ou preferencialmente
pela fundação do Instituto Superior Português de Estudos Maçónicos - ISPEM
que virá a ter por missão muito específica a criação, desenvolvimento e
implementação de uma Nova Escola Maçónica Operativa,
naturalmente uma realidade inédita em Portugal, visto representar “algo
de novo”, agora no Século XXI na RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO DE
SALOMÃO!
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