quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012


6ª. Palestra

REFLEXÕES SOBRE A DOUTRINA DO QUINTO IMPÉRIO
A Doutrina da Cidadania Social



Filósofos notáveis em diferentes épocas afirmaram de forma categórica que a MORTE NÃO INTERROMPE A VIDA, questão esta que o romance - “Operação: Quinto Império”, pretende responder de uma forma clara e esclarecida de que a VIDA EXISTE FORA DA MATÉRIA;
O romance - “Operação: Quinto Império”, pretende apresentar uma nova doutrina espiritista e espiritualista, racional e científica de inspiração cristã que na História da Humanidade pela primeira vez se apresenta como única, sendo completamente diferente de quaisquer outras correntes ou movimentos filosóficos espiritualistas então surgidos ou existentes no mundo e estando naturalmente vocacionada para vir a ser um novo movimento idealista fundamentado nos princípios científicos do EVOLUCIONISMO e mobilizador de uma nova missão dos Portugueses no mundo !

Eis a razão deste ciclo de palestras iniciado por nós com vista a fazer vários desenvolvimentos sobre o romance - “ Operação: Quinto Império” que apresenta e desenvolve novos conceitos de ordem filosófica, histórica, espiritualista e científica que no seu conjunto poderemos designar por “ Doutrina do Quinto Império” !

Ao longo das nossas palestras temos vindo a desenvolver uma série de conceitos e fundamentações sobre a “Doutrina do Quinto Império”. Agora chegámos a uma fase em que se torna necessário fazer-se uma abordagem ideológico/espiritualista sobre a doutrina em referência.


A Doutrina do Quinto Império, tal como é designada actualmente em Portugal ou seja o Espiritismo Racional e Científico Cristão, no presente designado por Racionalismo Cristão, desenvolve um novo conceito ideológico/espiritualista que demonstra que a Doutrina do Marxismo na verdade e perante as leis naturais e imutáveis que regem seres e coisas e portanto o próprio Universo é anacrónica e diremos anti-natura, sendo portanto contrária à evolução do ser humano, nomeadamente no que se refere à chamada classe social dos trabalhadores que em lugar de dignificar e valorizar torna-os passivos de uma situação de total dependência de ordem colectivista ! Os investigadores, os politólogos e os ideólogos da Ciência Política deviam de reflectir

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mais profundamente sobre a natureza da ideologia do Marxismo e das suas negativas implicações no que se refere à evolução natural que assiste o ser humano !

A maior conquista que o ser humano mercê de milhares e milhares de anos decorridos e durante os quais a espécie humana lutou de forma muito sofrível e terrível para lenta e penosamente indo conquistando uma maior consciência de si própria como seres vivos e inteligentes, libertando-se gradual e de forma dolorosa das amarras da ignorância e da brutalidade de uma natureza inóspita e impiedosa e da luta constante contra os elementos naturais adversos e de animais predadores, conquistou uma magnífico atributo do espírito humano – a capacidade do livre-arbítrio !

É graças ao livre-arbítrio que o Homem se torna autónomo e senhor do seu destino e não são as doutrinas político/ideológicas como os diferentes movimentos gerados pelo Marxismo ou das correntes fomentadas pelo liberalismo e neo-liberalismos que irão originar a libertação do ser humano, pelo contrário ! Na verdade aqueles movimentos ideológicos só poderão ser considerados como os meios necessários para que a espécie humana possa evoluir nos planos material, intelectual e principalmente espiritual, não sendo fins para satisfazer a ganância desmedida de alguns seres humanos. O Comunismo gerado pela doutrina marxista como historicamente ficou demonstrado foi e é uma amarra insuportável da ambição desmesurada humana, consequência directa de um total desconhecimento da razão da existência do ser humano neste planeta !
A doutrina comunista suprime simplesmente a liberdade e a capacidade da livre iniciativa e do espírito criativo, ferramentas essenciais para o desenvolvimento da personalidade humana !

O próprio capitalismo nascido do pensamento positivista, embora permitindo autonomia aos seres humanos, mostrou-se igualmente com efeitos perversos, estando a ter no presente e numa perspectiva global para o mundo tornar-se um produto final que se chama – especulação financeira provocando nos fins do Século XX e inícios dos Século XXI, uma autentica hecatombe para não dizer canibalização de instituições e países, reduzindo-os pura e simplesmente a “lixo” ! Sem dúvida que o Comunismo é um irmão do Capitalismo, que foi originador da divisão de classes sociais, a classe dos pobres, antigos escravos, agora chamados de trabalhadores e a classe dos empresários, dos políticos, dos militares e dos ricos, antigos senhores feudais ! Isto, para não recuar mais na História !

Principalmente na Europa, agora nas primeiras décadas do Século XXI, estão-se a desenhar contornos de lutas sociais muito sérias e que irão pôr em dúvida a estabilidade futura europeia. O predomínio da ideologia ligada às correntes neo-liberais, indo lentamente, mas de forma decisiva para o esmagamento das classes


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trabalhadoras, passando pela baixa e média classes sociais, tudo nos leva a concluir de que cada vez mais o “fosso” entre ricos e pobres é cada vez maior e profundo, o que daí poderá resultar dramáticos embates levando a graves conflitos armados !


Os poderosos continuam a ter uma memória curta sobre determinados acontecimentos ocorridos num passado histórico, nomeadamente na Europa, esquecem-se que na actualidade o chamado povo já não é rigorosamente o mesmo, o comum das pessoas no presente já é portador de uma maior consciência de si mesmo e dispondo de conceitos de cidadania que de forma alguma poderão ser comparados com a mentalidade, forma de pensar das gerações anteriores, a partir da Revolução Francesa 1789 a 1799 esta influenciada principalmente pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana1776, quando finalmente surgiu uma nova e moderna ideologia chamada materialismo dialético (Marxismo) fundada por Karl Marx, e por ele feito na base do Manifesto Comunista – 1867, publicando o primeiro volume da sua obra principal – O Capital !


Do exposto e face à situação global com que a Europa se debate actualmente, será possível admitir o ressurgimento do Comunismo em algumas sociedades europeias ! Dai se infere da necessidade urgente de os principais líderes europeus reverem as suas estratégias geopolíticas e geoeconómicas face a esse possível e novo renascimento !
A História tem-nos ensinado que regra geral é através da Economia que os poderosos deste mundo pretendem manter os seus domínios, impondo e explorando todos aqueles que lhes sejam mais fracos, sejam pessoas, instituições ou países e na actualidade esse poder já presente chama-se – Mercados Financeiros, representados e coordenados pelas chamadas Agência de Notação Financeira e por estranho que pareça elas são norte-americanas, o que nos leva à conclusão de que já está implantada uma guerra global entre o dólar, tendo como sua aliada a libra inglesa contra o euro !

A Europa tem necessidade urgente de se fazer representar por líderes e governantes que sejam activos e enérgicos na defesa dos interesses sociais e económicos das populações europeias, mas infelizmente esses mesmos líderes estão escasseando e os que estão no poder mostram-se evasivos, hesitantes, pouco esclarecidos e com falta de vontade de lutar contra o domínio económico crescente que se está irradiando, principalmente das chamadas empresas ou grupos multinacionais que começam a polvilhar a superfície terrestre, estendendo os seus ávidos tentáculos sugando a riqueza das nações !


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Agora no Século XXI, o combate a travar contra os gananciosos, exploradores, diríamos antes: contra os quatro cavaleiros bíblicos do Apocalipse da era actual – os negociantes de armas; os agentes do terrorismo; os traficantes de drogas e finalmente os especuladores financeiros, os quais deverão ser declarados inimigos públicos e combatidos até à sua total extinção !

Esses mesmos quatro cavaleiros do apocalipse, deverão ser combatidos até à sua definitiva extinção, esta mesma afirmação estará perfeitamente adequada numa perspectiva comunista e não teremos quaisquer dúvidas de que eles, os comunistas, o virão a fazer, o que está perfeitamente justificado devido à sua génese histórica !

Perante tais perspectivas somos levados a alterar o rumo da condução da presente análise para passar para novos pressupostos, os quais se definem por uma importante mudança entre “o objecto observado” e a posição cimeira e independente do “observador” ! Diremos que relativamente ao “objecto observado”, é uma fiel representação de todos nós seres humanos, quando de forma comum estamos inseridos na família humana, mergulhados e misturados nesse conglomerado imenso de milhões e milhões de pessoas que de uma forma individual e colectiva vive e age em diferentes acções tal como num formigueiro, onde cada formiga exerce instintivamente uma função própria e que completa a própria existência, vivência e sobevivência do respectivo formigueiro !
Muito provavelmente há muitos milhares de anos os então existentes seres humanos viviam em comunhão, onde em esmagadora percentagem o “instinto” era o instrumento essencial que dava orientação e protecção da sobrevivência ao Homem como ser vivo nessas recuadas épocas ! A vida no planeta Terra caracterizava-se por duas básicas condicionantes: a transformação do corpo orgânico (adaptação) às sucessivas influências e pressões do próprio “habitat” terrestre e aí vamos encontrar os necessários conhecimentos na “Origem das Espécies” trabalho de investigação científica então realizado e desenvolvido por Charles Darwin – 1809/1882;

A segunda condicionante básica, vamos encontra-la quando se inicia a passagem da fase instintiva e animalesca para uma nova fase denominada racional. Aqui a racionalidade do ser humano começa a desabrochar, dando origem à existência de diferentes situações de ordem moral, religiosa e filosófica e científica. Foram necessários milhares e milhares de anos de evolução lenta, penosa e difícil para que a luz da razão e do entendimento espiritual fossem raiando no espírito humano.

Nessa mesma segunda condicionante básica designada por evolução, nomeadamente na última metade do Século XIX e ao longo do Século XX, o espiritualismo científico desenvolveu-se consideravelmente com investigadores como Paulo Gibier – autor do livro – Análise das Coisas; Visconde de Sabóia – A Vida Psíquica do Homem; Alberto Seabra, autor das obras: O Problema do Além e do Destino; a Alma e o Subconsciente e Fenómenos Psíquicos; o Conde Rochas – autor
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do livro – Exteriorização da Sensibilidade; Gabriel Delanne, no seu livro – Evolução Anímica; Charles Richet (fundador da Metapsíquica); Prentice Mulford, com a sua extraordinária obra - “As Nossas Forças Mentais”; Henry Durville com o seu notável trabalho de investigação - “ A Ciência Secreta” e finalmente Descartes, o Pai da Filosofia Moderna, este pertencente ao Século XVII. Naturalmente que estamos a citar um número restrito de sábios, outros houve e muitos que se distinguiram igualmente no estudo da evolução universal do ser humano !


Na presente análise, nós estamos especialmente interessados nos trabalhos desenvolvidos pelo médico brasileiro – António Pinheiro Guedes, com o seu trabalho científico – A Ciência Espírita, seguidos depois pelo ilustre português, Luiz de Mattos, fundador e codificador de uma nova doutrina espiritista e espiritualista de base racional e científica e de inspiração cristã (1910) denominada Espiritismo Racional e Científico Cristão e que actualmente dispõe de uma nova designação – Racionalismo Cristão e que por várias razões nós em Portugal sem abdicar das duas primeiras designações, acrescentámos uma terceira – Doutrina do Quinto Império !


Nesta abordagem ideológico/espiritualista, não pretendemos aprofundar no aspecto científico a doutrina em referência, mas sim fazer um desenvolvimento sobre as suas implicações políticas, nomeadamente nas áreas social e económica nas actuais sociedades e em relação aos povos europeus !

Já foi oportunamente feita uma referência da necessidade da mudança de situação quando nos referimos ao “objecto observado” para exactamente situarmo-nos como “observador”, foi dado o exemplo de um formigueiro em que um ser humano observa (observador) situado num plano cimeiro, tal como se estivéssemos a pairar sobre o planeta Terra, observando as miríades de seres bípedes que se movimentando de uma forma aparentemente cega indo colidindo uns com os outros nos seus anárquicos percursos ! Felizes aqueles que pelo estudo e raciocínio conquistam o estatuto de “observadores”, pois na verdade o estudo e prática constante dos princípios explanados pelo Racionalismo Cristão, levam certamente à conquista e pelo trabalho honesto ao merecimento daquele extraordinário estatuto de “observador”, ou seja: - Ser Cidadão do mundo !

Nesta perspectiva somos conduzidos ao nosso Luiz de Camões que no seu Poema Épico Canto I - nos relata:





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.........
E aqueles, que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando;
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte “


É extremamente curioso, observarmos e acompanharmos os trabalhos de escritores e investigadores sobre a eventual existência de seres extraterrestres que há séculos nos vêm observando das suas naves que pairando no espaço superior da Terra, procuram estudar e compreender a psicologia dos primitivos terrícolas ! Será uma hipótese a ter em consideração, contudo e felizmente a realidade é outra !


De facto, nós, humanos somos observados de forma extremamente atenta por entidades que igualmente já viveram na Terra e que poderão voltar a viver ! A teoria da reencarnação já existe há milhares de anos, passando por Khrisna na Índia; por Hermes, no Egipto, e mais perto do nosso tempo (cerca de 3 mil anos) pelos filósofos gregos Sócrates; Platão, Aristóteles e tantos outros sábios não menos importantes ! O Racionalismo Cristão, nos seus princípios doutrinários afirma de que a Morte Não Interrompe a Vida e que a vida existe fora da Matéria;
Estes mesmos princípios podendo ser demonstrados cientificamente, o que no presente está a ser realizado, irão necessariamente alterar radicalmente os hábitos e as formas de pensar das actuais sociedades !

Ora, se actualmente a grande ambição humana está na sua vivência material, sendo consequentemente os valores físicos que predominam, surgindo como um autêntico deus o chamado vil metal (ouro) susceptível de se transformar num outro deus “dinheiro”, sendo efectivamente a conquista do poder, do prestígio, da riqueza e no mando que as actuais sociedades orientam toda a sua atenção e esforço, dando origem às diferentes correntes do materialismo que por sua vez geraram dois filhos: o capitalismo e o comunismo, as duas faces da mesma moeda porque a sua origem é comum ! Sabemos que a Natureza não dá saltos quando se refere à evolução da espécie humana e que esta ao longo de milhares de anos de luta e sofrimento através da tentativa e do erro, vai aprendendo a compreender-se como ser vivo, conhecendo e interpretando gradualmente o funcionamento das leis naturais e imutáveis que regem o Universo, aliando-se às mesmas e acompanhando a corrente da evolução universal que tudo rege, assiste e abrange !



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Conforme já foi afirmado por nós, a Morte Não Interrompe a Vida e que a Vida existe fora da Matéria. Fizemos igualmente a afirmação de que somos “o objecto observado” por um número incontável de entidades que na Terra já viveram em corpo humano e com a transição da chamada “desencarnação” (morte) regressaram às suas origens universais, que como partículas da Inteligência Universal (Deus) regressam à “Casa do Pai” e numa forma muito específica de estágio, estudam, analisam e retiram as necessárias ilações sobre as múltiplas experiências que tiveram no mundo físico para então reflectirem nos futuros caminhos a prosseguirem na senda da evolução universal, podendo ou não voltar a uma nova vivência em corpo físico ou então dando prosseguimento a uma nova ascensão a planos superiores da evolução espiritual que o planeta como Escola já não pode oferecer !


Nós, terrestres, somos efectivamente observados de uma forma atenta e activa. A partícula da Força Criadora (espírito), passa por sucessivas transformações na matéria orgânica de que é portadora transitoriamente e por evoluções por parte da respectiva componente espiritual que é inteligência, energia e luz. O ser humano é
formado por Força e Matéria as duas componentes que formam o Universo. A vida do espírito quando retido na matéria é efémera e curta perante a imensidão que é a vida espiritual da alma humana. Quando nos situamos no lado de lá da Vida e contemplamos as ilusões físicas, não passam estas de experiências, vivências fugidias que depressa se esfumam no infinito horizonte da vida espiritual.

Enquanto o ser humano não se conhecer na sua composição astral e física de forma ávida e incansável levará na sua curta física a correr atrás das riquezas, dos gozos e dos faustos que a ilusão da matéria proporciona, mas quando se dá o desenlace com o fenómeno chamado morte tudo fica na Terra, riquezas, poder, prestígio levando apenas consigo os seus atributos espirituais que conseguira desenvolver numa vida bem regrada e cheia de acções que o enobreceram e o elevaram a um estatuto superior de cidadania espiritual.

Assim e na nossa condição de “observadores”, teremos efectivamente de rever a nossa postura crítica quanto à realidade que nos envolve e desenvolvendo um novo sentido de observação, análise e reflexão sobre as realidades complexas, estranhas e aparentemente contrárias e ou erradas que caracterizam o rumo caótico das actuais sociedades humanas, quando especificamente situadas em orientações impostas pelas ideologias materialistas que governam a vivência humana e então um novo espírito contemplativo, tolerante e compreensivo se vem a desenvolver no íntimo do “observador”, encontrando pela via da intuição a razão de ser de todo quanto ocorreu e ocorre no mundo !


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Não será a Democracia Representativa vigente e muito menos a Economia dos mercados financeiros que irão ao encontro das importantes soluções para os grandes problemas da Humanidade, essas mesmas soluções encontram-se fundamentalmente na Ciência e na Espiritualidade humana, quando esta esteja isenta de sectarismos de qualquer espécie e nomeadamente numa actividade que se chama Trabalho, instrumento fundamental para a evolução do espírito humano !

O ilustre Professor Catedrático da Universidade de Economia da Universidade de Coimbra, Boaventura de Sousa Santos, no seu interessante livro – “Portugal – Ensaio contra a Autoflagelação,” a dado trecho nos diz: “ . . . Segundo a redução do bem-estar ao bem-estar material, baseado no consumo de bens disponíveis no mercado, deixa de lado muitas dimensões da vida ( a espiritualidade, o cuidado, a solidariedade, os valores éticos) essenciais ao florescimento humano. Soa hoje menos absurda ou exótica a iniciativa de um pequeno país budista entalado nos Himalaias, Butão, que, em 1972, decidiu criar UM ÍNDICE DE FELICIDADE INTERNA BRUTA ( por analogia com o Produtor Interno Bruto) para medir o
desenvolvimento humano com base nos valores da sua cultura . . . “.
Nos países de grande desenvolvimento tecnológico no Ocidente, a filosofia social do bem estar do indivíduo, tem vindo rapidamente a decair, isto devido ao sistemático e progressivo aumento do referido desenvolvimento tecnológico tragicamente acompanhado por uma crescente degradação dos verdadeiros valores morais, históricos e culturais que definem uma nação na sua célula mais representativa que é a Família ! O materialismo grassa de uma forma assustadora levando o ser humano a uma voraz procura do consumismo crescentemente incentivado pelas mais avançadas técnicas da publicidade fortemente apoiadas pelos diferentes e diversos
agrupamentos e interesses económicos !
Pergunta-se: como sair deste situação ? Efectivamente o Professor Boaventura de Sousa Santos, no seu já citada obra: - Portugal – Ensaio Contra a Autoflagelação, Editora Almedina – Ano 2011, avança com interessantes soluções, dignas de serem estudadas porque elas apontam para perspectivas completamente novas, onde conceitos como: - Democratizar a Democracia; Descolonizar e Desmercadorizar, são princípios absolutamente válidos para uma profunda reflexão.
O pensamento do Prof. Boaventura Santos, está perfeitamente integrado na filosofia desenvolvida pela Doutrina do Quinto Império que aponta perante as realidades que representam o espírito humano que justificam plenamente uma alteração drástica presente e futura da Humanidade perante os grandes problemas que a envolvem quando nos referimos à sociedade de consumo que está delapidando rapidamente os recursos naturais do planeta que são limitados e que a espécie humana rapidamente está consumindo, daí a plena justificação da uma acção ecológica drástica que urgentemente terá de ser desenvolvida;
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Com base nos princípios desenvolvidos pelo já citado e ilustre investigador as democracias, quer a representativa quer a participativa terão que vir a ter uma acção mutuamente conjugada e tendo como base os princípios representados pelo humanismo e universalismo que a doutrina do Racionalismo Cristão de forma magnífica formula e dando origem a uma nova ideologia materializada no nascimento de um novo SOCIALISMO, o qual não será de forma alguma colectivista, não é um socialismo de rosto humano e não sendo de igual modo personalista, mas tendo contornos políticos, sociais e económicos muito específicos e fundamentados na filosofia cooperativista de António Sérgio, que poderá servir de fonte de inspiração para um mais amplo desenvolvimento do conceito de cidadania que numa pura operação de alquimia semântica nos poderá levar a uma nova fórmula de CIDADANIA SOCIAL, onde os tradicionais partidos políticos deixam de ter expressão para darem lugar a um novo estatuto em que o cidadão comum assume uma maior e mais directa responsabilidade social, caracterizando-se e distinguindo-se pelos seus próprios atributos que são:
1 - A Força de Vontade;
2 - A consciência de si mesmo;
3 - A capacidade de percepção;
4 - A Inteligência;
5 - O Poder de Raciocínio;
6 - A Faculdade de Concepção;
7 - O Equilíbrio Mental;
8 - A Lógica;
9 - O domínio de si mesmo;
10- A Sensibilidade;
11- A firmeza de carácter;
São estes, pois, os atributos do cidadão, atributos esses que serão desenvolvidos ao longo da sua vida física de aprendizagem na escola a que chamamos planeta Terra, contudo, tal aprendizagem terá as suas bases através da Educação dos jovens, mas para isso torna-se absolutamente necessário que a célula chamada Família, se mantenha sempre íntegra na sua grande missão em formar espíritos que no futuro virão a ser homens e mulheres de grande valor moral, intelectual e espiritual dando origem à formação de uma nova Humanidade, onde o factor espiritualidade será sempre dominante !

Na base desta nova filosofia social, a Educação terá uma papel nuclear na formação cívica dos Jovens, os quais, quando chegada a fase final da sua formação básica farão o seu solene juramento que como futuros cidadãos, assumirão o superior compromisso de defender e dar o seu necessário contributo na comunidade em que estão inseridos, não só do seu país, mas igualmente de toda a Humanidade !

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O Ilustre português António Sérgio, é sem dúvida de entre os nossos mais notáveis pensadores, aquele que se distinguiu pelo seu pensamento filosófico, encontrando na Filosofia ou seja: a partir da geometria analítica e da física matemática, um verdadeiro ponto de partida e por essa mesma razão defrontou diferentes correntes ideológicas como por exemplo “o materialismo dialéctico de Karl Marx”, mas sobressaiu-se nas suas famosas polémicas mantidas com Jaime Cortesão e Teixeira de Pascoais, com o primeiro girando à volta da questão do “parasitismo português” e com o segundo a questão relacionada com o saudosismo lusitano e ainda será digno salientar de entre várias polémicas, uma terceira relacionada com o “sebastianismo”, defendido por Carlos Malheiro Dias, polémica esta, onde António Sérgio afirmava que o rei D. Sebastião, tinha sido um “fanfarrão” ! De facto o autor da Filosofia Cooperativista, sendo detentor de uma sólida base espiritualista foi sem dúvida um espírito pragmático lúcido e firme !
António Sérgio com uma energia missionária própria dos cristãos das primeiras eras, intitulava-se o apóstolo da vida cívica, sendo portanto a partir da filosofia sergiana que deveriam ser desenvolvidos os futuros alicerces de uma nova cidadania social, onde os princípios de humanismo e universalismo seriam amplamente desenvolvidos e aplicados na vida real tal como tem vindo a ser explanado ao longo destes últimos 100 anos pelo Racionalismo Cristão, a Doutrina do Quinto Império !
Ao longo das nossas intervenções feitas na base da realização de palestras, elas são tradutoras do pensamento desenvolvido no nosso livro: -”Operação: Quinto Império”, cujo tema central gira à volta de uma ameaça global que vai afectar o planeta Terra, ou seja: uma ameaça sideral sob a forma de um asteróide de grandes dimensões que se irá aproximar do planeta azul, destruindo-o com a sua humanidade e de toda a vida nele existente ! Como proceder perante tal situação ?
O romance, efectivamente desenvolve várias frentes de defesa, tais como: - o estabelecimento de novos sistemas económicos e sociais adaptados às respectivas circunstâncias. Felizmente na vida real tais acontecimentos não existem, mas existem outros, cujos implicações terão sérios resultados a nível da Europa e até do mundo por arrastamento e essas mesmas implicações são de natureza financeira e económica, trazendo consigo o caos, a miséria, o imobilismo e finalmente fome e o sofrimento e a morte !

Portugal pela sua história de quase nove séculos e sendo a nação mais antiga da Europa, poderá ser portador de “algo” que nos possa vir a oferecer uma solução que irá ao encontro dos problemas que o país actualmente se vem debatendo. Felizmente, em Portugal já dispomos de um movimento de lusofonia que pela sua acção nos poderá apontar para novos horizontes, o que numa expressão simbólica será um regresso ao “Passado” para povos e regiões dispersos pelo mundo com os quais os Portugueses conviveram e trocaram múltiplas experiências, trata-se
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efectivamente de recuperar o nosso património histórico, material e espiritual ! Esse mesmo movimento de Lusofonia que já está em marcha irá originar novas situações de mútuas trocas, intercâmbios de ordem cultural, económica, científica e moral de mútuo apoio no sentido de uma maior progresso moral e material para todos os seus intervenientes !
Temos vindo a sugerir que o Movimento de Lusofonia já existentes precisa de um “motor ideológico”, traduzido num conceito a que daríamos o nome de – Cidadania Social, em homenagem a esse ilustre pensador português que foi António Sérgio ! Será através da sua filosofia (socialismo) cooperativista que poderemos vir a desencadear algo de novo que na sua base é rigorosamente democrático, dando plena liberdade ao ser humano de ser autónomo, empreendedor e senhor da sua livre iniciativa, passando pelo respeito rigoroso do seu livre-arbítrio, instrumento fundamental para a sua evolução material e espiritual e plenamente concordante com as leis naturais e imutáveis que regem o Universo e tudo quanto o constitui !
No que se refere à filosofia sergiana, Portugal em parceria com o Brasil e outros países aderentes, poderá vir a desenvolver um movimento cooperativo a nível de todo o espaço lusófono e não só, esse mesmo movimento abrangerá o estudo e divulgação da língua portuguesa e diferentes programas de formação cooperativa junto de países, nomeadamente africanos e asiáticos por onde a presença portuguesa historicamente se fez sentir ! Igualmente o referido movimento cooperativo terá o seu início de dentro para fora, ou seja: a sua implementação intensiva será feita a nível das estruturas internas do país e estendendo-se depois aos países de expressão lusófona !
Sobre a nova doutrina da Cidadania Social, cujos fundamentos poderemos ir buscar ao pensamento filosófico de António Sérgio, poderemos dar o seguinte exemplo:
Ser estabelecida uma remuneração média e desejável para cada cidadão, mas sempre obedecendo a princípios de sobriedade e que nos altos escalões sociais a nível de governantes, dirigentes e responsáveis de empresas, as altas remunerações fossem reduzidas para níveis que obedecessem a idênticos critérios e aí estaríamos perante uma extraordinária realidade, realidade essa que teria profundas implicações em termos de desenvolvimento a todos os níveis dessa futura sociedade caracterizada pela cidadania social !
A mudança de postura dos agentes económicos, dirigentes, governantes e responsáveis em geral seria medida não pela crescente capacidade de aumentarem sistematicamente os seus proventos pessoais, porque na verdade o conceito de responsabilidade não implica ter direito a receber mais dinheiro, mas si assumir-se como um ser verdadeiramente activo, responsável, com capacidade de realização e validamente interveniente no bem comum, face àquilo que representa a realidade da
vida quer no plano material e nomeadamente no plano moral sempre numa
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perspectiva de espiritualidade evolucionista que a própria Doutrina do Quinto Império, interpreta e defende !
Tal como sucedeu com o notável Padre António Vieira, quando escreveu a sua importante obra - “ A História do Futuro”, prevendo e apresentando um mítico Quinto Império, como sociedade ideal, onde Portugal desempenharia uma missão importante e decisiva para uma futura e mais feliz sociedade;
Agora, no Século XXI, a Doutrina do Quinto Império, aponta para uma futura sociedade onde irá predominar a cidadania social virada para um mundo real e perfeitamente integrado nas leis naturais e imutáveis que regem o Universo, sendo as mesmas condutoras do verdadeiro progresso quando devidamente compreendidas, onde o livre-arbítrio do ser humano será respeitado, onde a criatividade e a capacidade de iniciativa serão efectivamente incentivadas e apoiadas e finalmente os sentimentos nobres do ser humano serão uma realidade comum nessa nova sociedade !
Restaurar o espírito do Quinto Império de Fernando Pessoa e Agostinho da Silva, é agora a necessidade emergente de um Portugal que se agita dramaticamente perante a actual conjuntura económica e social que a Europa atravessa, sendo possível que a solução dos problemas da Europa esteja efectivamente em Portugal, cuja História ao longo do tempo nos tem vindo a transmitir sinais e mensagens de uma possível e desejável solução que conforme já afirmámos não passa pela economia dos mercados financeiros e a democracia vigente não consegue corresponder às reais necessidades de progresso de um povo e na verdade só com o apoio da Ciência e do maior desenvolvimento da espiritualidade humana quando isenta de sectarismos de
qualquer espécie e tendo como alavanca essencial o trabalho honesto a Humanidade poderá almejar atingir um futuro melhor
Portugal poderá ir ao encontro da realização da sua terceira missão no mundo, tal como o Poeta previu em “Mensagem” que nos diz:


Quem te sagrou criou-te Português,
Do mar e nós em ti deu sinal.
Cumpriu-se o mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal.
Fernando Pessoa



DISSE ! MUITO OBRIGADO !








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