O porquê da mudança da Bandeira Nacional ?
Numa reunião realizada recentemente pelo GESPC – Grupo de Estudos Sinédrio Portus cale, com sede na cidade do Porto, um dos seus membros quando estava fazendo algumas abordagens, nomeadamente sobre a bandeira da monarquia portuguesa, fez algumas interessantes referências sobre aquela bandeira - 1826-1910 que vai desde D. Pedro IV a D. Manuel II, continha predominantemente as cores azul e branco ! Igualmente o primeiro estandarte do Condado Portucalense, surge como a primeira bandeira do futuro reino de Portugal, onde as cores começaram por ser o azul e o branco e que ao longo da nossa História Portugal foi representado por dez bandeiras, nove referentes à Monarquia e uma imposta pela República, cuja implantação foi em 1910 !
O nosso primeiro estandarte dos tempos da fundação da nacionalidade, tinha a Cruz de Cristo sobre um fundo branco - de prata uma cruz de azul sendo esta a descrição heráldica do escudo de D. Afonso Henriques, herdada, segundo consta, do seu pai, Henrique de Borgonha. Esta bandeira simbolizou Portugal desde a sua independência em 1143 até 1185, tendo sofrido uma alteração quando D. Afonso I, foi aclamado rei, surgindo um novo elemento da composição do brasão, os besantes ou dinheiros, cujo significado heráldico é o de resgate ou o direito de cunhar moeda (direito que Portugal abdicou quando decidiu aderir à moeda única o Euro ! Sem dúvida que em todas as bandeiras de Portugal ao longo de quase nove séculos de existência as cores branco e azul sempre persistiram e continuam presentes na actual Bandeira Nacional !
Agora, no início da segunda década do Século XXI, Portugal está vivendo dramaticamente uma época de incertezas, incógnitas, grande sofrimento perante um futuro incerto, perigoso e humilhante, estamos fatalmente sujeitos a uma viragem, a um novo paradigma ou a um modelo de sociedade que nos parece ser inquietante e inusitado !
Os Portugueses têm urgência em criar um novo estilo de vivência e convivência, onde factores como o consumismo, o materialismo já não podem ter lugar ! Onde a economia de mercado esbanjadora, especulativa e selvagem já não pode ter qualquer espécie de enquadramento lógico e racional !
O Primeiro Ministro Português afirmou publicamente de que o Povo Português tem de empobrecer ! Fraco 1º. Ministro que pensa que por acção directa ou indirecta da imposição da miséria, do empobrecimento, da escassez de recursos, na limitação brutal de bens essenciais pensa poder dar progresso e desenvolvimento material e moral ao massacrado povo português ! Eis a razão de procurarmos desenvolver um novo modelo sócio/económico fundamentado na filosofia cooperativista de António Sérgio onde um sistema económico poderá ser desenvolvido e onde efectivamente o Humanismo é uma força nuclear e presente e os conceitos do lucro, da competitividade e da concorrência sofrerão profundas alterações, provando que as teorias desenvolvidas sobre o Trabalho e o Capital estão profundamente erradas e consideradas contrárias à natureza humana !
Eis pois uma boa razão para que o M.C.P.C. - Movimento Cívico Português para a Cooperação, desenvolva uma boa e segura fundamentação para propor nos seus objectivos políticos uma alteração na Bandeira da Pátria Portuguesa !
Torna-se cada vez mais urgente e necessário em implementação em Portugal de um PLANO GLOBAL, que venha a nortear o Povo Português na condução do seu destino colectivo ! Começamos a ter consciência de que as actuais ideologias, tanto à esquerda ou à direita do espectro político fracassaram não servindo os objectivos fundamentais da sociedade portuguesa, tornando-se necessário o desenvolvimento de uma ideologia que passe pelo humanismo e pelo universalismo, onde os seres humanos sejam o pólo central da existência das comunidades por si formadas e todas estas importantes alterações passam politicamente pela redução drástica do poder parlamentarista e pelo consequente aumento do poder do Presidente da República que em termos constitucionais passará a ter de facto o poder deliberativo e decisório !
Tal como historicamente em épocas passadas, a Bandeira de Portugal tem vindo ao longo do tempo sofrendo significativas alterações e adaptações em conformidade com os diferentes fenómenos sociais, morais, políticos e económicos sucedidos como partes integrantes da natural evolução das respectivas sociedades ! Chegámos dramaticamente a uma mudança de ciclo e possivelmente dando origem à criação da 4ª. República que pela sua natureza e características será completamente diferente em relação às suas antecessoras e que nos irá permitir relembrar uma parte do Canto I dos Lusíadas que nos transmite:
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandre e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram:
Cesse tudo o que a Musa antíqua canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.