(EM ORGANIZAÇÃO) Espiritualismo, História, Ciências Iniciáticas e Neo-espiritologia - ESTABELECER A ORDEM NO CAOS JUNTANDO O QUE ESTÁ DISPERSO
domingo, 20 de outubro de 2013
ENSAIO SOBRE A DOUTRINA DO QUINTO IMPÉRIO
Uma Nova Perspectiva Social
Ao escrevermos este ensaio, pensamos estar a realizar uma experiência inédita em termos histórico/espiritualistas, ao analisar uma doutrina de inspiração cristã, cujas raízes são efectivamente de origem lusitana e consequentemente ligadas à História de Portugal e do Brasil;
Pensamos, assim, poder vir a desenvolver uma nova perspectiva social fundamentada numa doutrina a que passaríamos a denominar de Doutrina da Cidadania Social e que através de uma experiência-piloto em que eventualmente poderia interessar a uma instituição de investigação científica e porque não interessar igualmente a uma universidade sénior ao utilizar e ensaiando os princípios doutrinários contidos no livro “Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império” numa experiência inédita e inovadora?
O desenvolvimento doutrinário contido no livro “Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império”, está especialmente vocacionado para as gerações menos jovens, as quais, só por si reúnem as condições ideais para a prossecução da experiência-piloto por nós já defendida!
Conforme nos referimos a Doutrina do Quinto Império não é uma doutrina estrangeira e muito menos importada do Brasil, mas sim uma doutrina implementada por portugueses em terras brasileiras em 1910 com características humanistas e universalistas de base racional e científica e de inspiração cristã designada por Espiritismo Racional e Científico Cristão, tendo na actualidade passado a denominar-se Racionalismo Cristão.
Na verdade, este ensaio procura analisar e aprofundar o mito ligado ao Quinto Império que historicamente notáveis poetas e pensadores lusos procuraram notabilizar, considerando ser sempre uma “demanda do povo português na sua busca do “graal da espiritualidade!”
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Se recuarmos uns séculos até ao reinado de D. Dinis – (1261-1325), iremos verificar que este notável rei português com a sua mulher a Rainha Santa Isabel, institucionalizaram em Portugal por volta do ano de 1323, as Festas do Império e do Culto do Espírito Santo por influência de Joaquim de Flora – (1132-1202), abade cisterciense, filósofo e místico, defensor da Trilogia Bíblica das Três Idades – a Idade do Pai, do Filho e do Espírito Santo!
Quando nos referimos à “singularidade lusitana”que mostrando-se sob a capa de aparente submissão à Roma Papal, nos vem do rosacrucianismo templário; da fundação e linhagem joanicas dos Fiéis-de-Amor, convergentes na Ordem dos Cavaleiros de Cristo que se transferiu de Portugal para o Brasil e Goa e para outras importantes partes do mundo para onde os Navegadores Portugueses levaram a palavra de Jesus, através do Culto do Espírito Santo.
Não terá sido por acaso que essa mesma “singularidade lusitana” convertida numa acção de “descolonização religiosa” feita pelo Rei D. Dinis, ao institucionalizar o Culto do Espírito Santo e segundo Rainer Daehnhardt, emérito historiador luso-alemão e autor de importantes obras ligadas à História de Portugal, destacando-se um dos seus livros intitulado – “Portugal – A Missão que Falta Cumprir,” entendeu como sendo uma acção relevante e politicamente inteligente desenvolvida por D. Dinis, indo essa mesma acção interferir na colonização religiosa implementada por Roma.
Na sua notável obra, mas ainda insuficientemente conhecida pelos portugueses – “ História do Futuro”, iniciada pelo Padre António Vieira em 1649, no século XVII, portanto, nove anos depois da Restauração de Portugal, como nação independente e soberana, libertada do domínio castelhano, António Vieira, o maior orador sacro do seu tempo, começou a escrever a “História do Futuro”, onde o conceito do Quinto Império, começava a ser melhor definido, sendo Portugal a nação incumbida para fundar no planeta Terra uma nova doutrina espiritualista que iria unificar todas as nações, raças e povos!
Fica portanto, uma questão levantada sobre qual é a relação existente entre o Culto do Espírito Santo e o Racionalismo Cristão, questão que se pretende desenvolver no meu livro! “ Ensaio Sobre a Doutrina do
Quinto Império”!
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Quando nos referimos ao Cristianismo, nomeadamente o Cristianismo Primitivo, os pais da Igreja Cristã, tais como: - Origines e Gregório de Nisa e outros defendiam o princípio da reencarnação que veio a ser abolido e proibido no Concílio do Vaticano II de Constantinopla, no ano 553 da Era Cristã, o mesmo princípio que a Doutrina do Quinto Império defende inspirada pelo Racionalismo Cristão e que se corporiza na Doutrina da Cidadania Social!
Teoricamente o que é desejável seria haver uma tendência natural de aproximação gradual entre o Trabalho e o Capital, sendo estabelecidas progressivamente plataformas de entendimento que gradualmente iriam convergir para uma nova filosofia caracterizada por um espiritualismo ideológico, onde doutrinas como o Cooperativismo, assumiriam uma especial relevância nas novas sociedades do Século XXI.
A responsabilidade social que deve ser o suporte principal de uma sociedade civilizada e progressista rapidamente se está diluindo perante as grandes ofensivas do capitalismo neoliberal e destituído de humanidade! No plano ideológico/político, urge efectivamente que as classes trabalhadoras venham a desenvolver uma nova estratégia de luta que passará indubitavelmente pela resistência activa e por outras formas de luta que passarão pelo desenvolvimento de um espiritualismo científico/político que venha a introduzir na sociedade uma nova ordem económica e social e essa nova ordem já existe e está evoluindo na consciência do cidadão comum!
Os Portugueses são efectivamente herdeiros da herança templária, preservada e desenvolvida pela Ordem de Cristo! De facto, os Templários defendiam um projecto secreto na forma de um modelo iniciático, cujas características principais passavam pela organização de uma plataforma geoeconómica e política que tinham o seu ponto central na Península Ibérica, nomeadamente em Portugal! Devemo-nos na actualidade debruçar sobre o estudo e descodificação dessas mesmas mensagens herdadas do nosso passado histórico!
O desvio histórico devido à expulsão dos Judeus com a consequente perda de recursos financeiros e conhecimentos científicos que Portugal sofreu em 1496, poderemos agora no Século XXI, retomar o percurso então interrompido a partir do conhecimento científico e objectivo da
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nossa realidade geoeconómica e política, representada pelo nosso posicionamento na Península Ibérica, considerando-a uma plataforma equidistante de todos os pontos geoestratégicos do próprio planeta. Os Templários e a nossa Ordem de Cristo tinham pleno conhecimento dessa extraordinária realidade!
É chegada a hora! A mesma hora a que se refere Fernando Pessoa no seu poema Mensagem, para que a Humanidade
desperte para a realidade da vida e que venha a compreender
a razão da sua própria existência!
De facto e por um processo alquímico semântico procurámos transformar o Mito Lusitano numa doutrina profunda, vasta e ecléctica que é o Racionalismo Cristão e adoptando uma nova designação de Doutrina do Quinto Império, sendo um movimento doutrinário contendo conhecimentos fundamentais sobre o que seja o espírito humano – a sua origem, natureza e atributos, a razão de ser da sua existência e a sua inserção natural no próprio Universo, compreendendo a finalidade da VIDA INTELIGENTE, demonstrando a existência da VIDA FORA DA MATÉRIA, comprovando assim de que a MORTE NÃO INTERROMPE A VIDA;
A importância que a acção do Pensamento através do uso do livre arbítrio e que orienta as actividades dos seres humanos e por último a finalidade de nossa existência física que passa pela a Evolução através de sucessivas reencarnações neste planeta escola que se chama Terra, nós seres humanos passamos a dispor dos necessários mecanismos do Conhecimento que de uma forma prática, consciente e objectiva nos vai permitir adoptar por uma nova postura que nos irá colocar no caminho certo da nossa evolução pessoal e da sociedade em que nos encontramos inseridos!
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Certamente que há igualmente todo o interesse em fazer uma rápida abordagem sobre a simbologia contida no meu livro, começando por destacar a sua capa onde se encontra uma reprodução de uma pintura, cujo autor é Jean Restout, pintor francês – (1692/1768) e que apresenta uma manifestação do Espírito Santo através das famosas línguas de fogo bíblicas que descem dos céus sobre os seres humanos presentes no referido quadro (Pentecostes);
De igual modo podereis observar que no verso da segunda página da obra está uma nova gravura cuja designação é a Dupla Cruz da Ordem de Cristo que compreende a nossa histórica Ordem de Cristo (a vermelho e branco) e a Ordem de Cristo Restaurada (a azul e branco) simbolizando a nova doutrina planetária que é o Racionalismo Cristão ou seja a Doutrina do Quinto Império!
Na abordagem política e sociológica feita ao Racionalismo Cristão, podemos retirar importantes ilações, fazendo projecções sobre as implicações que uma tal doutrina de âmbito espiritualista e espiritista poderá vir a gerar e os resultados reflectem-se no desenvolvimento de uma ideologia de inspiração cooperativista, tendo como pilares de sustentação princípios, tais como: - A Espiritualidade; a Solidariedade; a Cooperação e a Sobriedade designando-a por Doutrina da Cidadania Social.
A Doutrina da Cidadania Social, poderá dar origem a um novo tipo de sociedade, onde factores ligados ao lucro; à propriedade privada e a diferentes circunstâncias associadas aos mesmos irão sofrer profundas alterações e não vão ser as ideologias, tais como o marxismo; a social-democracia; o socialismo democrático; o neoliberalismo ou ainda a democracia cristã que irão ter qualquer tipo de expressão ou
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Influência nessa nova sociedade do futuro, onde a democracia
participativa terá um peso determinante e expressivo; onde as gerações mais idosas virão a ter uma importância fundamental para o desenvolvimento espiritual e material das novas comunidades do Século XXI!
Naturalmente que essa mesma sociedade do futuro gerada por uma ideologia como a Cidadania Social, vai continuar a respeitar e acima de tudo o livre arbítrio de cada cidadão que plenamente consciente dos seus deveres e direitos será sempre uma peça nuclear para que a nova sociedade do Século XXI, estejam presentes os mais elevados desígnios da condição humana, onde o cidadão plenamente esclarecido da sua realidade espiritual irá procurar no mundo material as condições necessárias para que todos em conjunto possam desenvolver uma actividade totalmente virada para o enriquecimento social, intelectual e espiritual, individual e colectivo absolutamente centrado nas leis da evolução universal.
De facto, o objectivo final deste ensaio é efectivamente conseguir desenvolver e apresentar uma nova proposta para que o povo português possa recuperar a sua identidade nacional e traçar um projecto global para Portugal e que esteja em conformidade com o pensamento profundo do nosso grande poeta Fernando Pessoa, transmitido no seu poema “ Mensagem!”
Muito Obrigado!
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