sexta-feira, 10 de abril de 2015

Introdução a um estudo comparado da Doutrina da Cidadania Social com os Altos Graus do REAA

JACINTO ALVES INTRODUÇÃO AO ESTUDO COMPARADO DA DOUTRINA DA CIDADAIA SOCIAL COM OS ALTOS GRAUS MAÇÓNICOS DO R.E.A.A. S. João da Madeira, 10 de Abril de 2015 Portugal Continental Introdução a um Estudo Comparado Da Doutrina da Cidadania Social Com os Altos Graus Maçónicos do REAA Ao pretender iniciar esta minha análise ao Tema: “Introdução a um Estudo Comparado da Doutrina da Cidadania Social com os Altos Graus Maçónicos do REAA”, pretendo antes de mais dar um especial realce ao emérito escritor e investigador das questões ligadas à Simbologia; ao Mítico e ao Sagrado, com especial destaque relativamente às suas investigações sobre a História Iniciática de Portugal, estou-me referindo a Victor Manuel Adrião; Victor Manuel Adrião, é um dos mais importantes defensores e divulgadores da Ordem de Mariz que fez parte de uma Ordem Maior e que deve ter tido a sua origem na desaparecida Atlântida. Esta mesma Ordem está igualmente relacionada com as Ordens dos Templários; de Avis e de Cristo! Victor Adrião, nas suas pesquisas desenvolveu um trabalho de análise extremamente interessante sobre o Grau 30 – Cavaleiro Kadosh, do Rito Escocês Antigo e Aceito. A doutrina contida no Grau Trigésimo - Cavaleiro Kadosh, converge para dois princípios distintos, o primeiro situa-se na “Escola” e o segundo no “Templo”, o que vem a significar simbolicamente no primeiro o desenvolvimento do conhecimento científico, seguido do conceito do “Templo”, o que representa a procura e desenvolvimento constante das virtudes ou qualidades morais que acompanham a evolução do ser humano. Segundo o meu ponto de vista pessoal, tenho de reconhecer de que há algumas particularidades afins entre o 2º. Grau Simbólico – Companheiro e o 30º. Grau Filosófico – Cavaleiro Kadosh! Os princípios consagrados nos conceitos “Escola e Templo”, projetam uma imagem representada por uma dupla escada designada por - “Escada dos Mistérios” e que dispõe de dois sentidos – um ascendente e outro descendente, o primeiro refere-se à “Escola”, onde diferentes conceitos de ordem científica são apresentados e no sentido descendente ali estão consagradas as virtudes ou atributos do espírito humano no seu longo processo de evolução realizado na sua descida ao planeta através da reencarnação e da sua desencarnação e ascensão aos planos superiores espirituais. Dentro dos princípios da Ciência e da Espiritualidade que caracterizam o Grau Filosófico do Cavaleiro Templário Kadosh, procurámos situar a nossa reflexão numa área em que uma dada conceituação filosófica tivesse prefeito enquadramento e esse mesmo enquadramento situou-se precisamente na questão transcendente do Mito do Quinto Império do Padre António Vieira; de Fernando Pessoa ou de Agostinho da Silva que a partir do ano de 1910, no Século XX, deixou de ser um Mito para passar a ser uma doutrina espiritualista, profunda, vasta e eclética, designada por Racionalismo Cristão que está servindo de base fundamental à doutrina por nós, denominada - Doutrina da Cidadania Social, cuja apresentação e desenvolvimento estão feitas no meu segundo livro “Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social”. Inspirados no Grau 30 – Cavaleiro Kadosh, fomos, portanto, conduzidos a uma reflexão profunda sobre o significado prático daquele mesmo Grau Filosófico, o que nos levou a planear um projeto literário que envolvesse uma trilogia sobre o tema - Reflexões Sobre a Doutrina do Quinto Império – projeto literário que se iniciou com o nosso primeiro romance “Operação: Quinto Império”, onde introduzimos alguns novos desenvolvimentos relativamente à Maçonaria Operativa no Século XXI e finalmente no que diz respeito ao Mito do Quinto Império, fomos procurar fundamentos à História Iniciática de Portugal procurando converter aquele numa nova doutrina ideológica tendo por base a espiritualidade e o conhecimento científico e a essa mesma doutrina ideológica passei a chamar de Doutrina da Cidadania Social! Essa mesma espiritualidade e conhecimento científico fomos encontrá-los de forma justa e perfeita na Doutrina do Racionalismo Cristão, fundada pelos portugueses Luiz de Mattos e Luiz Alves Tomaz em 1910, na Cidade de Santos – Brasil. Luís de Matos, natural de Chaves, foi um ilustre maçom e grau 33º. Tendo sido o fundador e codificador do Racionalismo Cristão. Ao longo da sua vida fez uma aturada investigação sobre as diferentes religiões e movimentos filosóficos que no decorrer dos séculos foram idealizados por entidades, tais como: Krishna, na Índia e Hermes, no Egipto. Estes importantes expoentes do espiritualismo, ambos defendiam o princípio da reencarnação e das vidas sucessivas. Outras personalidades importantes foram igualmente estudadas por Luís de Matos, como por exemplo o fundador do Espiritismo, Alan Kardek. Outros grandes pensadores e filósofos foram também estudados, tais como: - – Buda; Sócrates; Platão; Descartes; tendo de igual forma investigado doutrinas ligadas à Cabala; Hermetismo e Maçonaria e daí conseguir extrair uma síntese para uma nova doutrina que inicialmente foi designada por Espiritismo Racional e Científico Cristão, para mais tarde passar a chamar-se Racionalismo Cristão, tratando-se, portanto de uma doutrina que não pode ser classificada como religião, mas sim uma forma avançada de espiritualismo fundamentado em princípios racionais e científicos, tratando-se na realidade de uma doutrina profunda, vasta eclética. O nosso terceiro livro encontra-se já numa fase avançada e terá como título – Os Arquitetos do Universo – História do Homem Futuro” e poderemos já adiantar de que se trata de um novo romance que vai dar continuidade ao tema apresentado no nosso primeiro livro – “Operação: Quinto Império”. No nosso segundo livro “ Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social “ já publicado em fins de 2013, que hoje vos apresentamos aqui tem vindo gradualmente a ser divulgado. Ao termos escrito esta nossa obra pensamos estar a realizar uma experiência inédita em termos histórico/espiritualistas, ao analisar uma doutrina filosófica, racional e científica e de inspiração cristã, cujas raízes são efetivamente de origem lusitana e consequentemente ligadas à História de Portugal e do Brasil. Não se trata de uma doutrina estrangeira e muito menos importada do Brasil, mas sim de uma doutrina idealizada e fundada por portugueses em terras brasileiras; O Racionalismo Cristão, não sendo de forma alguma uma religião é a consequência de um estudo profundo consubstanciado numa doutrina filosófica e espiritualista, sendo essencialmente portadora de uma base racional e científica. Na verdade, este ensaio procura analisar e aprofundar o mito ligado ao Quinto Império que historicamente notáveis poetas e pensadores lusos procuraram notabilizar, considerando ser sempre uma “demanda do povo português na sua busca do “graal da espiritualidade!” O Racionalismo Cristão pode ser considerado uma das bases inspiradoras da Lusofonia por se encontrar implementado em quatro países: - Brasil; Portugal; Cabo Verde e Angola! No entanto, esta Doutrina é na sua essência e finalidade espiritista e espiritualista, racional e científica e de inspiração cristã, fundamentalmente humanista e universalista. Ela na realidade não tem o seu exclusivo apenas em dois países – Portugal e o Brasil, mas sim no seu todo pertence efetivamente à Humanidade! Quando nos referimos à “singularidade lusitana” que mostrando-se sob a capa de aparente submissão a Roma Papal, nos vem do rosacrucianismo templário; da fundação e linhagem joanicas dos Fiéis-de-Amor, convergentes na Ordem dos Cavaleiros de Cristo que se transferiu de Portugal para o Brasil e Goa e para outras importantes partes do mundo; Não terá sido por acaso que essa mesma “singularidade lusitana” convertida numa ação de “descolonização religiosa” feita pelo Rei D. Dinis, ao institucionalizar o Culto do Espírito Santo e segundo Rainer Daehnhardt, emérito historiador luso-alemão e autor de importantes obras ligadas à História de Portugal, destacando-se um dos seus livros intitulado – Portugal – A Missão que Falta Cumprir, entendeu como sendo uma ação que foi interferir na colonização religiosa implementada por Roma. Uma primeira questão se põe:- alguma vez foi dada uma explicação sobre a origem do símbolo que na forma de um delta está desenhado na base superior dos edifícios onde estão sediadas as filiais do Racionalismo Cristão? Apresentando regra geral nas respetivas frontarias quatro colunas que numa perspetiva simbólica representam a cruz de Cristo virada para os quatro pontos cardeais da Terra – Norte- Sul; Oeste-Este, o que nos transmite de imediato a ideia de universalidade! Terá o culto do Espírito Santo alguma ligação direta ou indireta com o Racionalismo Cristão? O bastão usado pelos presidentes nas sessões públicas daquela doutrina não é o equivalente ao malhete utilizado na Maçonaria pelos veneráveis mestres? Luís de Matos, o fundador do Racionalismo Cristão, foi Maçom e detentor de altos graus maçónicos, precisamente o 33º. Será que o Alto Grau 18º. Cavaleiro Rosa-Cruz do REAA teve alguma influência na criação do Racionalismo Cristão? E o Padre António Vieira com o seu Quinto Império? A Cruz e a Rosa são símbolos bem representativos daquele que é o Patrono do Racionalismo Cristão! Eis, pois, uma interessante conclusão sobre a simbologia contida na Maçonaria e na doutrina do Racionalismo Cristão! De facto, trata-se de um movimento doutrinário que encerrando conhecimentos fundamentais sobre o que seja o espírito humano – a sua origem, natureza e atributos, a razão de ser da sua existência e a sua inserção natural no próprio Universo, compreendendo a finalidade da VIDA INTELIGENTE, demonstrando a existência da VIDA FORA DA MATÉRIA e que a Morte não interrompe a Vida, comprovando assim de que a importância que a ação do Pensamento através do uso do livre arbítrio e que orienta as atividades dos seres humanos e finalmente o porquê da nossa existência como seres vivos e inteligentes que passa pela Evolução através de sucessivas reencarnações neste planeta escola que se chama Terra em conformidade com os insondáveis desígnios da FORÇA CRIADORA (Deus), portanto, trata-se de uma nova doutrina espiritualista, profunda, vasta e eclética! Na abordagem política e sociológica feita ao Racionalismo Cristão, podemos retirar importantes ilações, fazendo projeções sobre as implicações que uma tal doutrina de âmbito espiritualista e espiritista poderá vir a gerar e os resultados refletem-se no desenvolvimento de uma ideologia de inspiração cooperativista, tendo como pilares da sustentação princípios espiritualistas; científicos; económicos e políticos e que passaremos a designar por – Doutrina da Cidadania Social! A Doutrina da Cidadania Social poderá dar origem a um novo tipo de sociedade, onde fatores ligados ao lucro; à propriedade privada e a diferentes circunstâncias associadas aos mesmos irão sofrer profundas alterações e não vão ser as ideologias já por nós apontadas – o marxismo; a social-democracia; o socialismo democrático; o neoliberalismo ou ainda a democracia cristã que irão ter qualquer tipo de expressão ou influência nessa nova sociedade do futuro, onde a democracia participativa terá um peso determinante e expressivo; onde as gerações mais idosas virão a ter uma importância fundamental para o desenvolvimento espiritual e material das novas comunidades do Século XXI. Na História a experiência dela surgida ao longo dos séculos vai-nos permitir no início do Século XXI, pensar e admitir uma nova perspetiva social sobre a viabilidade de um novo movimento cívico – o Movimento Cívico Português para a Cooperação – MCPC, fundamentado na História de Portugal e na cultura filosófico/espiritualista do povo português. Tal iniciativa poderia ser comparada a uma tentativa de restaurar a histórica Ordem de Cristo, como uma grande irmandade nacional embora sofrendo importantes alterações e obedecendo a orientações de ordem cívica, democrática, espiritualista e científica básicas e adequadas ao novo estatuto de cidadania social. No grande Templo de Aton em Khut-Aton – Egipto, o Sumo- Sacerdote Moisés (o Moisés bíblico) oficiava os ritos que iniciavam os neófitos nos Mistérios do deus Aton. Esses ritos eram semelhantes aos que foram adotados pelos antigos maçons operativos que se foram modificando ao longo dos séculos, mas ainda hoje na ordem maçónica conservam-se muitos atos ritualísticos que foram inspirados naqueles antigos rituais egípcios, especialmente no que diz respeito à iniciação e aos ensinamentos que são guardados nos símbolos e nas alegorias adotadas pela Maçonaria Especulativa. Efetivamente muitas das coisas que nos são ensinadas nas nossas Lojas via cultural judaica têm a sua raiz nessas antigas tradições que o povo do Nilo legou à Arte Real. No ano 1292 antes de Cristo, o Faraó Horemheb através de decreto tornou os filhos de Israel, escravos, mandando-os trabalhar nas pedreiras, olarias e construções no país, fabricando tijolos, desbastando e polindo pedras para então erguerem os grandes templos e edifícios, cujas ruínas ainda hoje subsistem e podem ser vistas no país do grande Nilo. É portanto absolutamente admissível que os filhos de Israel se tenham tornado os legítimos representantes da Arte Real ou seja da Maçonaria Universal! O conceito de fraternidade começa-se a desenvolver a partir do reinado do Faraó Akhenaton, é pois a partir deste Faraó egípcio que se começa a vislumbrar o sentido da fraternidade, nomeadamente no seio das confrarias de pedreiros e artífices que sustinham e desenvolviam todo o tipo de construções que então existiam na sociedade egípcia. Akhenaton, é o primeiro a fundar e a desenvolver o conceito do deus único, representado pelo disco solar através de uma nova religião onde a dignidade humana começava a dar os seus primeiros passos e com ela o florescer dos princípios da igualdade humana, da solidariedade e sobretudo o cultivo da espiritualidade. As diferentes correntes filosóficas então geradas a partir da religião monoteísta de Akhenaton, nomeadamente as três religiões já citadas sempre condenaram e combateram os maus sentimentos dos seres humanos, ameaçando-os através dos tempos com a condenação das suas almas com as penas do Inferno e outras condenações terríveis. O medo tem sido a melhor instrumento das religiões para controlarem as imensas massas dos seus seguidores e fiéis. A falta de espiritualidade, a ignorância e a imposição do império do medo foram sempre o principal meio com que as classes sociais dominantes utilizaram para melhor dominarem e controlarem as multidões animalizadas, ignaras e inconscientes, originando nos seres humanos mais evoluídos grandes sofrimentos e aqui destaca-se a ação desenvolvida pelos iniciados que portadores de uma maior consciência de si mesmos e do mundo cruel envolvente e através do seu trabalho manual, intelectual e artístico, procuraram na base da união protetora dos princípios da fraternidade, solidariedade, gerados por uma espiritualidade mais avançada deram origem às confrarias de trabalhadores, tais como as organizações de construtores de catedrais que ocorreram na Idade Média. A Terra, no contexto geral dos diferentes mundos que rolam o espaço infinito sideral é um dos muitos mundos físicos classificados como uma escola onde as primeiras classes de espíritos ou almas humanas, partículas da Inteligência Universal – Grande Arquiteto do Universo iniciam a sua aprendizagem, difícil, dura, inconsciente e lenta, apenas dependente numa fase primária da sua capacidade instintiva e animalesca! Queremos nós dizer com isto de que todos nós maçons em particular e a Maçonaria Universal em geral, compete uma missão, uma grande responsabilidade em contribuir para que a Humanidade venha a ter um destino para o qual o Grande Arquiteto do Universo nos incumbiu ou seja: contribuirmos de forma desejável para a evolução material e espiritual dos povos deste pequeno planeta que se chama Terra! É essa a responsabilidade e o fim da Maçonaria Universal! Para que surgisse o primeiro homo sapiens decorreu mais de um milhão de anos de luta extrema pela sua sobrevivência e continuidade como ser vivo e atuante. Milhares e milhares de reencarnações em corpo físico foram necessárias para que o Homem atingisse a capacidade de dispor de livre-arbítrio, conquista máxima que nós seres humanos alcançámos como avançada expressão de evolução material, intelectual e espiritual e nós maçons podemos ser considerados uma digna expressão desse mesmo resultado final! A influência exercida pelo Faraó Akhenaton foi tão grande que se veio a estender aos Essénios e aos Cristãos primitivos e finalmente aos Templários que na realidade foram o ramo administrativo e militar de uma Ordem Secreta que por detrás dos Cavaleiros do Templo agiam sob nomes diferentes, mas mais frequentemente sob a sigla do Ministério do Sinai, os filhos da Luz, tal como nós, maçons, os filhos da Viúva, também nos consideramos os Filhos da Luz! Na verdade a realidade de Deus ou do Grande Arquiteto do Universo e a realidade do Universo pertencem a uma mesma questão e se na Arte Real está estabelecido um Código de Conduta que sintetiza a vida e as atividades de um homem livre e de bons costumes que de uma forma perfeitamente harmoniosa e com um perfeito enquadramento na mecânica das leis naturais, perguntamos: que nos falta a nós maçons para sermos justos e perfeitos em tudo quanto se refira, nomeadamente no tocante à Fraternidade Maçónica? As regras a seguir estão aí e todos os dias as temos de cumprir tendo uma boa prática moral no sentido de trabalharmos a “pedra bruta” que são precisamente as nossas fraqueza e defeitos, estudando e raciocinando sobre as questões sérias da vida e sobre a origem da nossa própria existência e a razão por que cá estamos?! A Maçonaria é uma Escola de Virtudes, onde aprendemos a conhecermo-nos a nós próprios seguindo a divisa do grande filósofo Sócrates - “ Conhece-te a ti mesmo”. Na verdade devemos tentar compreender o significado simbólico da Circulatura do Quadrado ao invés da Quadratura do Círculo, sendo este precisamente o domínio da matéria sobre o espírito quando a primeira premissa é o domínio do espírito sobre a matéria e só assim seremos discípulos e dignos seguidores do Grande Arquiteto do Universo, criador da Vida e dos mundos que rolam no espaço infinito! O sucesso da nossa aprendizagem está nos três Graus da Maçonaria Simbólica que finalmente e na base do estudo da Simbologia compreenderemos a mensagem contida na “palavra perdida” deixada pelo Mestre Hiram e iremos compreender finalmente o verdadeiro sentido de ser fraterno. Há uma forma de pensamento que nos conduz efetivamente à evidência das realidades da VIDA existentes neste mundo material que se chama planeta Terra! Estamos de facto subordinados às leis da Natura e por essa razão a Ciência tem uma ação determinante na nossa forma de viver! É conhecendo o mecanismo das leis naturais que nós vamos compreender; respeitar e agir em completa harmonia com a vida do espírito e com as realidades do Universo! Há uma Ciência consubstanciada na educação científica da vontade que nasceu em 1910, na Europa em que os respetivos fundadores se foram inspirar nos ensinamentos que a Sabedoria do Antigo Egipto lhes transmitiu quando souberam traduzir os hieróglifos descobertos por si! Essa mesma Ciência nada tem a ver com qualquer tipo de religião ou misticismo, pairando muito acima das coisas comuns do mundo e essa mesma ciência está contida na “Palavra Perdida”! A Espiritualidade é um atributo próprio do espírito humano, pois a religião sendo uma criação gerada pela imaginação do Homem, enquanto a Espiritualidade faz parte do próprio desenvolvimento intelectual, emocional e espiritual que caracterizam o crescimento natural do ser humano. O Povo Português com todos os seus defeitos e atrasos, comparativamente com outros povos dispõe de uma certa " Singularidade" que o distingue e que o tem levado a situações inéditas através da História da Humanidade! É a "Singularidade" que nos distingue! A história mítica ligada ao " Encoberto", o Rei D. Sebastião, o Desejado na realidade não é um "mito", mas sim algo determinante na vida e história dos Portugueses! O "Encoberto" existe e ele está "adormecido" no inconsciente coletivo dos Portugueses. Fernando Pessoa, referia-se no seu Poema Mensagem – ". Falta cumprir-se, Portugal." O " Encoberto" não será necessariamente uma pessoa, mas sim algo consistente e objetivo, tal como o " Santo Graal" não é a taça por onde Jesus, o Cristo bebeu o seu último vinho, mas sim algo relacionado com a Espiritualidade, sentimentos elevados e nobres onde paira ainda um "olhar" muito específico sobre um Conhecimento Universal e Único! O " Encoberto " poderá ser uma doutrina espiritualista que explica e nos leva ao conhecimento dos grandes enigmas da VIDA e nos diz finalmente – DONDE VIMOS? QUEM SOMOS? PORQUE EXISTIMOS? E QUAL O NOSSO DESTINO FINAL? Será que o Povo Português tem uma resposta para o futuro da Humanidade quando na verdade está na posse do conhecimento íntimo da “ PALAVRA PERDIDA” e é precisamente a “Palavra Perdida que após a morte do Mestre Hiram, o seu conhecimento superior aparentemente morreu com ele, mas a história e a tradição maçónicas, felizmente provaram o contrário, a “palavra perdida” foi salvaguarda no conhecimento encerrado no primeiro Alto Grau, o Grau inefável – o 4º. Grau, o Grau de Mestre Secreto! Poderíamos acrescentar uma outra designação – o Grau de Mestre do Silêncio, pois que a sua divisa é: - Ver Ouvir e Calar! No meu primeiro romance – “Operação: Quinto Império”, há uma parte da narrativa, no seu capítulo IV, O Acelerador de Partículas Bíblico e após a morte do Mestre Hiram Abif, o construtor do Templo de Salomão, o próprio rei Salomão, começou por introduzir importantes alterações na Confraria criada por Hiram Abif, tendo introduzido mudanças a partir do 4º. Grau – Mestre Secreto e até ao 14º. Grau- Grande Eleito Perfeito e Sublime Maçom, conferindo à Confraria novos horizontes em termos de aprendizagem e aprofundamento dos Altos Mistérios Egípcios que, naturalmente se estenderam até aos nossos dias. Nesta nova fase da vida da Confraria, o rei Salomão começou por desenvolver um novo conceito de conhecimentos iniciáticos mais avançados, marcando bem a nova fronteira entre simbologia operativa maçónica e a nova fronteira denominada pelos maçons do nosso tempo de “especulativa” – respeitando, com absoluto rigor, a escola iniciática dos três primeiros graus fundada e deixada pelo Mestre Hiram, - situação que se mantém e é seguida tradicionalmente até aos nossos dias. Seguindo a nova metodologia introduzida por Salomão quanto ao funcionamento da Confraria após a morte de Hiram Abif, diríamos que aquele método, em teoria, segue três vertentes distintas, mas interligadas em termos evolutivos, a ver: 1ª. A fase simbólica operativa, intimamente ligada à arquitetura sagrada e, consequentemente a Deus, Grande Arquiteto do Universo e compreendida pelos instrumentos de trabalho e ligação simbólica às virtudes humanas – realidade que se projetou até às construções dos grandes monumentos da Idade Média, Via Templária. Essa mesma fase simbólica e operativa seria fundamentalmente mística, realidade que ainda hoje se mantém pela via tradicional e ritualística nos nossos manuais maçónicos; 2ª. A fase científica e especulativa, em que o fator racionalista é a peça determinante no desenvolvimento do raciocínio analítico, por exemplo: -o matemático, astrónomo e filósofo Giordano Bruno, com a sua teoria de que a Terra é que girava à volta do Sol foi levado pela Inquisição a morrer queimado na fogueira por defender uma verdade que hoje, aos nossos olhos, é uma realidade aceite com normalidade; 3ª. E finalmente a fase espiritualista. Neste mesma terceira fase destaca-se como elemento principal a formação da Nova Escola da Maçonaria Operativa que no tempo de Salomão era apenas o simples esboço de uma futura semente que num futuro ainda distante se iria desenvolver numa solução alquímica ideal entre o esotérico e o exotérico, permitindo viver a vida material a par da vida espiritual com total ausência da religiosidade sectária e do misticismo entorpecente numa perfeita sintonia com Deus ou com a Força Criadora que foi conhecer um novo conceito espiritualista ligado ao Mito do Quinto Império que ao longo da História do Povo Português, foi conhecendo novos desenvolvimentos. Todos os princípios contidos na Nova Escola Maçónica Operativa estão plenamente integrados no Rito Escocês Antigo e Aceite por se tratar do Rito Maçónico mais universalista. Perguntamos? O que é a nova maçonaria operativa no Século XXI? Certamente que será diferente daquela maçonaria operativa da Idade Média que se dedicava à construção das imponentes catedrais! A Maçonaria Operativa do Século XXI irá constituir-se numa nova escola do pensamento humano construtivo que se fundamentará basicamente da educação científica da vontade ou seja: o treinamento e prática da mente humana na projeção e irradiação unidirecional do pensamento humano e isso será possível através do estudo e prática da Ciência do Zoismo. O Zoismo é verdadeiramente uma ciência à luz da racionalidade e positividade humanas. À partida teremos todo interesse em criar uma Loja de Investigação a que eventualmente poderíamos dar o nome de Loja de Investigação Raízes do Conhecimento. Esta mesma Loja seria apenas constituída por Mestres Maçons! Num curriculum formativo da Loja de Investigação estariam contidos os seguintes estudos: a)- Estudo da Historiografia das Ciências Esotéricas, tendo por base formativa o estudo e análise da obra “ Ciência Secreta” do investigador Henri Durville; Nota importante: Convém registar de que a Maçonaria Universal dispõe de mais de um ramo de investigação como por exemplo: - a alquimia; a teosofia e a Cabala. No caso específico da nossa Loja investigação terá como objeto das suas principais atividades o estudo e prática do Zoismo, distinguindo-se assim das demais lojas a que se dedicam àqueles estudos místicos e tradicionais. b) - O Estudo e prática da Ciência do Zoismo feitos na base de trabalhos e orientação pessoais e no estudo e análise de algumas obras importantes como por exemplo: - Magnetismo Pessoal, de Heitor Durville ou ainda- “Influência à Distância” de Paul-Clêment Jagot e outros. O Estudo e prática da Doutrina filosófica e espiritualista denominada Racionalismo Cristão, tendo como base os livros: - “Racionalismo Cristão” e a “Vida Fora da Matéria”. c) – Estudo e análise da Ciência Política tendo por base a sua Historiografia e tendo por objetivo superior a criação de uma nova doutrina política que se apresente como uma nova solução para as grandes questões sociais e económicas da Humanidade. Essa nova doutrina política está implicitamente ligada ao conceito do mítico e histórico Quinto Império e agora no Século XXI poderemos começar a melhor compreender a visão universalista e imperial do nosso Padre António Vieira que tinha sobre a grandeza espacial de Portugal nos Séculos XVI e XVII e agora à luz da geopolítica compreendemos finalmente de que Portugal não é somente uma nação terrestre e seguindo uma orientação exclusivamente europeísta, mas igualmente oceânica e que na realidade não é exatamente um país europeu, mas sim um país atlântico (Portugal insular) e se for confirmado pela vias geológica e antropológica de que tenha existido uma grande civilização localizada no seio do oceano Atlântico – a desaparecida Atlântida, então Portugal e os Portugueses são os naturais herdeiros desse mesmo povo desaparecido! O Professor Adriano Moreira, na sua importante obra – “ Memórias do Outono Ocidental – Um Século Sem Bússola”, a páginas 212, diz-nos o seguinte: “ … Finalmente a Plataforma Continental, a maior do mundo. O seu reconhecimento pela ONU estava anunciado para 2013, mas como vimos já foi transferido para 2015. Acontece que o Presidente da Comissão Europeia (o português Durão Barroso) anunciou, como disse, em discurso proferido em Portugal, o projeto de definição de um Mar Europeu. No caso de este projeto se concretizar antes da aprovação da Plataforma Continental, logo vem à memória 1890 (o mapa cor-de-rosa de África e o humilhante ultimato inglês) “com todos os países da União a exigirem participação no património então comum”. E assim mais uma vez Portugal virá a ser esbulhado do seu património geológico e histórico por ultimato de Bruxelas o seu segundo “mapa cor-de-rosa” graças à ineficácia, incompetência; imaturidade e falta de sentido histórico e patriótico dos atuais governantes e políticos portugueses! Poderemos agora começar a compreender sobre o que seja a Nova Escola Maçónica Operativa para o Século XXI. Certamente que na sua natureza, conteúdo e finalidade não irá alterar minimamente qualquer pormenor contido nos tradicionais manuais em todos os seus graus do Rito Escocês Antigo e Aceite. A Loja Simbólica Raízes não verá em si qualquer tipo de alteração na sua simbologia tal como é e os maçons nos seus diferentes graus irão estudá-la e segui-la rigorosamente dentro da tradição maçónica e apenas será facultado à Loja de Investigação Raízes do Conhecimento os necessários estudos e pesquisas na procura do desenvolvimento de uma Nova Escola de Maçonaria Operativa para o Século XXI e daí a presente necessidade de a ligarmos a Ciência Política na base de um novo pensamento prospetivo quanto à definição do conceito de Quinto Império, onde e sem duvida a visão universalista e imperial do Padre António Vieira tem plena e necessária aceitação, aliando-se essa mesma visão à “Plataforma Continental Portuguesa” que numa perspetiva geoestratégica tem pleno cabimento nos interesses superiores da Nação Portuguesa e que agora no Século XXI a Plataforma Continental Portuguesa é a nova realidade no conceito global do Quinto Império! Deixamos uma questão pendente! O que faria o Povo de Israel, agora no Século XXI se tivesse as áreas oceânica e terrestre de que Portugal é agora detentor? Nota final: a junção da cada letra inicial das palavras – Nova Escola de Maçonaria -Operativa – dá origem à palavra latina NEMO, o que significa: - “Ninguém pode dar o que não possui, nem mais do que possui”. No 3º. Grau – Mestre, da Maçonaria Simbólica, com a morte de Hiram Abif, “ a Palavra Perdida” desvanece-se e com ela perde-se o seu “Segredo” que aparentemente o Mestre Hiram, levou consigo para o túmulo, contudo, essa mesma “Palavra Perdida” é recuperada por Salomão e transmitida por iniciação aos Perfeitos e Sublimes Maçons – Irmãos do 14º. Grau, sendo-lhes permitido conhecer a Verdade contida na “Palavra Perdida” e assim aqueles mesmos Irmãos descobriram que por si próprios podiam mercê da sua vontade consciente atrair uma maravilhosa energia espiritual (Luz),tomando consciência de que cada ser humano poderia ser portador no seu íntimo dessa mesma “Luz” e que por si próprio e em contacto direto e pessoal poderia estabelecer uma “Aliança” com Deus, não necessitando de “intermediários”. Esse foi o saber recuperado por Salomão em que os Sublimes Maçons, dispersos pelo mundo levaram a Arte Real, a Palavra do Conhecimento que em tempos vindouros se viria a chamar de “Divino Espirito Santo”. Os Maçons do 14º. Grau são os desbravadores embora ainda de forma embrionária, abriram o “caminho” que no futuro viria a ser trilhado por Jesus, o Cristo! Sabemos agora que na “Palavra Perdida” estava contido o nome de Jesus! O Grande Arquiteto do Universo revelava-se sob o nome de Jesus neste maravilhoso 18º.Grau – Cavaleiro Rosa Cruz, era o segredo mais interno e central dos ensinamentos dos Mistérios Egípcios, ensinando-nos que Deus está encarnado em todos os corações humanos que no mais íntimo de cada homem e mulher há uma centelha divina.Assim, compete a cada Cavaleiro Rosa-Cruz meditar e difundir a Luz do Conhecimento Espiritual, o Grau 18º. Instrui a fazer diariamente certos esforços no sentido de aprender a converte-se numa antena viva captando de Deus a força e a vontade em tornar-se num instrumento superior ao serviço do Grande Arquiteto do Universo! Teremos agora de voltar ao 4º.Grau – Mestre Secreto, pois será a partir deste Primeiro Alto Grau que vai ser possível fazermos a ligação à 3ª. Vertente da metodologia introduzida na Confraria por Salomão, após a morte de Hiram Abif, tratando-se da vertente espiritualista que comporta já uma perspetiva do regresso da Maçonaria Universalista a uma nova fase operativa e cujo enquadramento e desenvolvimento deveria ser iniciado agora no Século XXI, sendo precisamente esta nossa Introdução a Um Estudo Comparado da Doutrina da Cidadania Social com os Altos Graus do REAA, que pretende dar incremento a uma Nova Escola da Maçonaria Operativa para o Século XXI tão necessária e adequada no nosso tempo para a prática da “ Arte Real”! O 4º. Grau – Mestre Secreto. Este Alto Grau tem como um dos seus símbolos principais a “Chave”. A origem deste símbolo é desconhecida, tendo sido encontrado nas ruinas de civilizações muito antigas e o seu significado sempre foi o do “Sigilo” e do “Segredo”, mas também o de “Abertura”. Na linguagem bíblica simbolizava “Abertura”, mas igualmente prudência, porque o “Sigilo” deve ser guardado e tem um significado esotérico ligado à “Arca da Aliança” que devia de estar sempre fechada! Um outro símbolo igualmente importante é a letra “Z”, que tem a sua origem no hebraico “ziz”, que significa esplendor! É sabido que cada Grau dentro do Rito Escocês Antigo Aceito, representa a soma dos Graus precedentes que adquirem significado mais esotérico e profundo. Nas nossas diferentes intervenções temos vindo a defender a implementação de uma Nova Escola da Maçonaria Operativa em que nunca abdicando do conhecimento tradicional e ritualístico acumulado ao longo dos séculos pela Arte Real. O estudo e compreensão do que seja a simbologia, nomeadamente aquela que está materializada e associada aos instrumentos de trabalho, tais como: o compasso; o esquadro, o fio-de-prumo; a régua e tantos outros instrumentos que o ser humano utiliza no seu dia-a-dia de trabalho! Esses mesmos instrumentos de trabalho e aqui já citados e outros estão intimamente associados às capacidades e atributos do espírito humano! Agora, que estamos no Século XXI, além de utilizarmos as componentes tradicionais e ritualísticas, temos igualmente necessidade de utilizar a nossa intuição aliada a uma forma de pensamento racional e científico que nos leve a descodificar todas as mensagens simbólicas e místicas que a Arte Real pretende transmitir-nos, contudo e para uma melhor compreensão do nosso pensamento, teremos de regredir na história iniciática, ao tempo em que vivia o grande sábio Hermes Trismegisto, cerca de 4000 anos a.C. cuja doutrina defendida por si e que veio a designar-se por Hermetismo, o qual por sua vez e por intermédio da Fraternidade dos Irmãos Iluminados da Rosa-Cruz, foi dada origem ao nascimento de diversos ritos da Franco-Maçonaria. Será um regresso à Maçonaria Operativa, desta vez já não iremos construir catedrais como na Idade Média, mas sim utilizando a ação do pensamento, educando-o de forma científica e aplicando-o em ações de natureza espiritualista ou seja a restauração de uma Maçonaria Coeva, que num passado vindo do Antigo Egipto, em que Hermes, o três Vezes Grande, foi um dos seus iniciadores encontrava-se vinculada a Entidades Espirituais Superiores, que desde os Inícios dos Tempos assistiram no pretérito e assistem no presente à evolução material e espiritual da Humanidade e daí por vezes e ao longo da História da Humanidade estabelecer contactos de forma mais ou menos estável e continuada. A Nova Escola da Maçonaria Operativa pretende, agora, restabelecer esse mesmo contacto, pretendendo distinguir-se de alguns dos ramos da maçonaria que agora no Século XXI vivem apenas na base da materialidade. O conhecimento oculto que nos vai permitir ter essa capacidade em poder restabelecer o contacto precioso e importante com essas mesmas Entidades Espirituais está na aplicação do Pensamento que sem dúvida é a Força mais poderosa que existe no Universo e nós seres humanos somos portadores dessa mesma Força! O estudo do Zoismo dá-nos a técnica dessa mesmo conhecimento! E à medida que o estudante for progredindo nos seus estudos irá conquistando para si uma maior autonomia individual e liberdade de pensamento. Na nova Maçonaria Operativa e em paralelo com as componentes tradicional e ritualística maçónicas estará aliada uma nova ciência denominada Zoismo – Educação Científica da Vontade que tem como seu símbolo precisamente a Letra “Z”, que significa silêncio e portanto os seus praticantes serão chamados de Mestres do Silêncio! Consequentemente o 1º Grau Zoista, corresponde ao 4º. Grau – Mestre Secreto, Alto Primeiro Grau da Loja de Perfeição que vai do 4º. Grau ao 14º. Grau do Rito Escocês Antigo Aceito. Naturalmente que o estudo e prática do Zoismo terá de ser sempre realizado em Lojas de Investigação, Lojas só formadas por Mestres. O Zoismo, segundo a metodologia oriental de há milénios, tendo sido adotado no início do Século XX na América e na Europa, dividiu-se em cinco grandes partes podendo ser estudado em pouco mais de três meses ou em cerca de três anos. A primeira parte – iniciação, ensina-nos o autodomínio pela Educação Científica da Vontade e a disciplina do pensamento, o equivalente ao “desbastar da pedra bruta” que corresponde aos dois primeiros graus simbólicos do REAA; a segunda parte – Império Mental, habitua-nos a confiar em nós próprios ao executarmos exercícios práticos de domínio e de imposições ao meio; a terceira – Zoismo Elementar, adestra-nos praticamente no robustecimento diário das faculdades nobres do ser; sendo a quarta – o Zoismo Superior, põe-nos em contacto com os maiores problemas da vida, ensinando-nos a atuar na existência no sentido do Bem e do Belo e proporcionando-nos exercícios práticos admiráveis de imposições e de exteriorizações do pensamento. Quanto à última e quinta parte – Estudos Complementares, onde nem todos poderão chegar! O estudante Zoista terá que provar que é uma pessoa honesta, séria e digna, pois ao atingir a 5ª. Fase da Ciência do Zoismo, porque esta fase é apenas destinada aos que “podem esmagar, mas não esmagam”, porque ignoram a inveja, desprezam o ódio e detestam a vingança! Qual a finalidade prática que se pretende obter com o estudo do Zoismo? O estudante pretenderá alcançar uma maior capacidade de clarividência através do desenvolvimento do autodomínio pessoal; da autoanálise; da capacidade de concentração mental; e maior capacidade de exteriorização do pensamento consciente e direcional; maior capacidade de observação e finalmente a obtenção de uma maior capacidade de memorização! Uma vez chegados até aqui, dispomos finalmente dos elementos necessários que vão permitir a criação de uma ideologia a que achámos por bem chamar – Doutrina da Cidadania Social, que tem como suportes quatro pilares que são: a Sobriedade; a Solidariedade; a Cooperação e a Espiritualidade. O tema central deste nosso segundo livro –“Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social” uma vez que se trata de um ensaio sobre uma nova ideologia doutrinária de inspiração lusófona e fundamentada em quatro vertentes que passamos a enumerar: a vertente espiritualista; a vertente política; a vertente social e a vertente económica. Infelizmente e observando-se o atual estado das sociedades, tanto no Ocidente como no Oriente, observa-se a lastimável situação dessas mesmas sociedades, imperando em algumas, governos totalitários; noutras e salvo honrosas exceções, vigora uma falsa democracia dominada e dirigida por uma ideologia neoliberal, onde o fator social vai sendo sistematicamente destruído e onde o trabalhador vê cada vez mais reduzidos os seus direitos em favor dos especuladores financeiros, dos empresários gananciosos e exploradores ou ainda a ação perniciosa e tentacular das multinacionais que têm vindo a sugar a riqueza das nações. Neste segundo livro, pretendemos apresentar uma nova ideologia doutrinária, onde é admitido de que efetivamente as gerações mais idosas vão ter uma importância decisiva na formação das novas sociedades do futuro sempre em função da sua espiritualidade, sensibilidade e experiência de vida. Dentro da mesma orientação são traçadas novas dinâmicas na consolidação das defesas das classes trabalhadoras, dotando as suas organizações sindicais com novos instrumentos de combate contra as investidas do neoliberalismo do Século XXI. No nosso livro e na sua vertente espiritualista esta fundamenta-se na tentativa de encontrar o ponto equidistante, diremos geométrico que irá definir o posicionamento entre o fundamentalismo religioso e o racionalismo materialista procurando-se encontrar uma doutrina verdadeiramente humanista, universalista de base racional e científica demonstrando de que a Morte não interrompe a Vida e a Vida existe fora da Matéria. Naturalmente que na vertente política e na ideologia doutrinária desenvolvida no meu livro a democracia representativa perde parte da sua importância a favor da democracia participativa, onde o cidadão comum irá assumir maiores responsabilidades cívicas. Finalmente quando nos referimos à vertente sócio/económica, procuramos desenvolver uma inovadora ideologia que neutralize por completo a ação nociva do “lucro” estando aquela corporizada numa nova organização laboral onde o trabalho e os rendimentos sejam repartidos de modo a poder-se generalizar um verdadeiro rendimento mínimo de cidadania socialmente equitativo e extensivo a qualquer cidadão! Na verdade, o livro – “Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social”, pretende abrir caminho para uma desejável solução para a atual crise portuguesa, abrindo novas condições para que muitos milhares de portuguesas e portugueses, nomeadamente os desempregados de longa duração venham a ter uma nova perspetiva para um futuro feliz e progressista! Naturalmente que temos vindo a pensar sobre a melhor forma de analisarmos a sociedade atual, nomeadamente no que nos diz respeito e que está circunscrita à civilização ocidental! Os conceitos de cooperativismo e de cooperação, são efetivamente distintos, mas na realidade complementam-se distribuindo-se noutros novos conceitos ligados ao humanismo; universalismo; evolucionismo; municipalismo e ecologismo; democracia representativa e participativa e nesta nova perspetiva os conceitos de universalismo; humanismo e evolucionismo estão por sua vez relacionados com concepções associadas ao espiritualismo e espiritualidade humanas, tendo como bases a defesa do princípio da Evolução fundamentada na reencarnação ou nas vidas sucessivas, onde e nos planos racional e científico fica provado de que a Morte Não Interrompe a Vida e a Vida Existe Fora da Matéria! A Doutrina da Cidadania Social, vai-se inspirar efetivamente em todos aqueles esquemas ideológicos que a própria Filosofia ao longo da História da Humanidade tem vindo a desenvolver. Aqui e objetivamente teremos de juntar àqueles diferentes conceitos um fator de ordem básica que é precisamente a Ciência representada por todos os seus ramos científico e técnicos e à Ciência deverá ser junta a própria História particularizando ou generalizando os diferentes e imensos eventos ocorridos ao longo da vivência humana neste planeta, devendo ser os mesmos estudados e comparados e daí extraírem-se as devidas ilações para utilização e benefício da Humanidade! A forma institucional da Doutrina da Cidadania Social, irá sempre ao encontro de propostas vindas tanto das esquerdas como das direitas do leque alargado do espetro político que visam fundamentalmente o bem-estar e o desenvolvimento de uma dada comunidade regional, nacional ou internacional. Na sua componente ideológica e a par das diferentes propostas apresentadas aquela igualmente defenderá sempre a implementação e desenvolvimento de todas as iniciativas e empreendimentos que visam a prática de uma doutrina cooperativista e cooperante ou seja: o cidadão poder exercer democraticamente a sua Acão de cidadania social e onde o Voluntariado assume uma posição de relevância social! Fundamentados nestes mesmos princípios orientadores da Doutrina da Cidadania Social, teremos toda a vantagem em corporizar a sua natureza e estrutura num “Movimento Cívico”, no qual se poderão associar pessoas verdadeiramente interessadas em “cooperar” para a criação de uma nova ordem económica e social que possa vir a ser a pedra basilar de uma sociedade verdadeiramente espiritualista, solidária e empenhada no desenvolvimento de novos valores para o progresso material e espiritual da Humanidade! Objetivamente a Doutrina da Cidadania Social materializada no MCPC - terá como colunas mestras o estudo inspirador e norteador do Racionalismo Cristão; o estudo e prática dos princípios contidos no Zoismo – Educação Científica da Vontade e finalmente o estudo e aprofundamento da doutrina cooperativista que António Sérgio, tão ativamente defendeu! Outras disciplinas, tais como: o municipalismo; a ecologia; as democracias representativa e participativa, nomeadamente esta última deverá ser objeto de um estudo, aprofundamento e desenvolvimento importantes, pois, obviamente como uma das componentes ideológicas principais do M.C.P.C. será implementação da “democracia participativa”! Certamente que agora no Século XXI, não vamos converter cada cidadão nacional num monge cavaleiro, sujeito a duras regras de conduta moral e material, mas esse mesmo novo cidadão terá que assumir uma nova postura perante a nova sociedade que se avizinha e essa mesma nova postura terá de passar por uma autodisciplina moral e material; pela defesa dos verdadeiros valores assentes na espiritualidade humana; por uma conduta sóbria quando relacionada com consumismos desregrados; pelo desenvolvimento de um sentido de solidariedade mais forte e sincero; no desenvolvimento do espírito de empreendedorismo e abdicação das riquezas e luxos fáceis que o capitalismo desumano de uma maneira tão insensível e frenética tem vindo a provocar na Humanidade! Eis, pois de uma forma simples o novo modelo do cidadão do Quinto Império que embora não assuma a figura do monge cavaleiro que caracterizou a Ordem de Cristo, nos Séculos XIV; XV e XVI, mas sempre assumindo um espírito de missão, podendo ser considerado um Cavaleiro Defensor do Quinto Império, sempre virado para a prática do bem comum e para o progresso da Humanidade no seu sentido mais lato! Assim o futuro militante do M.C.P.C. Terá de se submeter a uma prévia preparação e formação para que possa vir a ser de facto um novo cidadão da nova ordem económica e social que está prestes a despontar! Feita esta a minha Introdução a um Estudo Comparado da Doutrina da Cidadania Social com os Altos Graus Maçónicos do REAA e pretendendo retirar algumas ilações interessantes, as quais em termos práticos poderão ser aplicadas numa inédita experiência maçónica que poderia passar pela Loja Raízes do REAA, ex-Loja Mestre Hiram da GLNP a Oriente da Cidade do Porto, sendo esta efetivamente o “embrião” de algo, inovador, uma vez que encerra em si um conhecimento e experiência maçónicas individuais que vão desde o 1º Grau de Aprendiz até ao Grau 33º - Soberano Grande Inspetor Geral do REAA, vindo a ser uma Loja Investigação, formada só por Mestres Maçons, os quais, além de desenvolverem diferentes estudos nas áreas tradicionais e ritualísticas maçónicas, poderão igualmente virem a implementarem estudos e investigações relativamente ao Zoismo – Educação Científica da Vontade, que será sempre um meio complementar ao estudo específico e geral na formação cultural e espiritual do Mestre Maçom. E conforme já foi afirmado por nós, a Loja Raízes, representa “algo de novo” no universo maçónico português, ficando portanto, em aberto para discussão, análise e finalização esta nossa proposta de trabalho, contudo, como conclusão complementar desta já longa exposição poderemos admitir em termos politicamente globais e face à realidade histórica de Portugal de haver a necessidade de ser criada uma estrutura autónoma que fundamentada no pensamento de alguns notáveis portugueses que passaremos citar, tais como: - Padre António Vieira; Fernando Pessoa; Agostinho da Silva; António Quadros; Manuel J. Gandra; António Telmo, Miguel Real e tantos outos ilustres figuras de portugueses, todos eles defensores do Quinto Império e por iniciativa dos Maçons que formam a Loja Raízes, ser constituída uma nova Ordem que passaríamos a designar por: ORDEM DE CRISTO DOS CAVALEIROS DEFENSORES DO QUINTO IMPÉRIO – O.C.C.D.Q.I. detentora de um só Grau Superior – o de Cavaleiro, ao qual teriam acesso imediato todos os Mestres Maçons e declarados defensores do Quinto Império! Neste nosso estudo, procurámos uma solução e essa mesma solução passa pela existência de uma Nova Escola Maçónica Operativa, naturalmente uma realidade inédita em Portugal, visto representar “algo de novo” na reconstrução do Templo de Salomão, agora, no Século XXI! Jacinto Alves, Maçom do 33º. Grau (nº.1009) Do Supremo Conselho de França do R.E.A.A.