Num Dia do
Amanhã
A
Política, a Economia e as Religiões que durante milhares e milhares de anos
foram soberanas de nada valiam perante a nova realidade! Como poderia funcionar
o sistema económico do Capitalismo? Como seria possível uma economia de mercado
funcionar num espaço totalmente aberto em que a mente do Homem no que se
referia ao seu funcionamento se denunciava perante os olhares inquisidores de
outros homens? Os vigaristas; os oportunistas e os exploradores do trabalho
humano ou ainda de forma mais grave – os especuladores financeiros já não
poderiam ter lugar naquele novo mundo. Todos os sentimentos e pensamentos
negativos seriam imediatamente denunciados perante a já esclarecida e
espiritualizada opinião pública gerando situações altamente complicadas e
confrangedoras. As pessoas antes de agirem teriam que ponderar previamente de
forma séria os próprios atos de forma que não surtissem qualquer tipo de
prejuízo ou sofrimento sobre o seu semelhante. A Humanidade estava perante um
paradoxo e que paradoxo! É evidente que no início do Século XXI, as pessoas
tinham como preocupação central, tal como o ilustre pensador e investigador –
Alvim Tofller no seu magnífico livro “ A Terceira Vaga”, afirmava:
“Uma
inflação obstinada atormenta todas as nações da “Terceira Vaga”, embora o
desemprego continue a aumentar, contradizendo todas as nossas teorias. Ao mesmo
tempo num desafio à lógica da oferta e da procura, milhões pedem não apenas
emprego, mas trabalho que seja criativo, psicologicamente compensador ou
socialmente responsável. As contradições económicas multiplicam-se”.
No
início do Século XXI grandes desafios foram postos à Humanidade com o grande
desenvolvimento tecnológico que veio a impor novas regras no que se relaciona
nas áreas do trabalho e do relacionamento social no âmbito das regras ditadas
pela concorrência e pela globalização e sendo assim já não eram as teorias e
princípios preconizados por Marx e por outros pensadores, tais como: - Kant;
Engels; Taylor poderia completar e solucionar os formidáveis desafios,
nomeadamente ocorridos nas novas tecnologias e consequentemente nas regras
ditadas pela Ciência nos seus diferentes ramos de atuação.
Entretanto,
uma questão simples poderá ser levantada e esta situa-se em Portugal, onde um
governo de maioria neoliberal, tem vindo sempre a persistir na sua afirmação
política e económica de que os trabalhadores portugueses terão de rigorosamente
de aumentar a sua capacidade de produção para que o país se venha a libertar de
vez da grave crise que se tem vindo a abater de forma dramática sobre os
portugueses! Na verdade tais afirmações feitas por governantes e políticos
daquela mesma maioria é efetivamente uma maldosa e grosseira falácia! Por ser
uma enganosa questão, fruto de uma intencionalidade que poderíamos mesmo
classificar de criminosa, porque na verdade a falta de produção não se situa
nos trabalhadores dependentes, mas sim nos seus dirigentes formadores das
entidades chamadas patronais.
É pois ao patronato que devem ser assacadas
totais responsabilidades quando as firmas de que são donos ou dirigem vêm a
falir, entrar em situação de falência, arrastando os seus trabalhadores e
respetivas famílias para o desemprego e para a miséria! Além de ser uma questão
preocupante e prenunciadora de incompetência e até corrupta em relação ao
comportamento de algumas entidades patronais. Seriam, sim! Estes que deveriam
de ser conduzidos ao “banco dos réus” com vista a serem julgados e receberam
uma justa condenação pelos atos de gestão danosa por si produzidos ao não
saberem orientarem de forma competente e honesta os seus negócios e consequentemente
os respetivos trabalhadores ao não lhes darem a formação técnica e cívicas
devidas aumentando-lhes assim a sua qualidade de vida, competência e
profissionalismo e abdicando da obtenção do lucro por vias imorais e contrárias
ao respeito pela vida, pelo trabalho e dignidade humana.
O
planeta Terra é efetivamente uma escola onde espíritos, partículas da
Inteligência Universal reencarnam em corpo físico para assim poderem dar início
à sua longa aprendizagem e pela ordem natural da Evolução
Extraído do romance iniciático “Num
Dia do Amanhã” a publicar brevemente pelo escritor e ensaísta Jacinto Alves
autor dos livros – “Operação: Quinto Império” publicado pela Editora
Ecopy/Porto e “Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império” publicado pela Chiado
Editora.
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