quinta-feira, 14 de abril de 2016

Uma Ideologia para Lusofonia


                  Uma ideologia para a Lusofonia


Temos perfeita consciência de que alguns dos importantes princípios que foram desenvolvidos no nosso livro “Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social” vai-nos permitir saber que pela sua essência e finalidade vão provocar um natural sobressalto em algumas consciências, mas os "tempos são chegados" para que o entendimento humano suba um novo patamar na escala evolutiva. A Doutrina do Quinto Império pretende responder e procurar esclarecer com uma nova visão humanista e universalista sobre as grandes questões da Humanidade que são: - Donde viemos; Quem somos e Para Onde Vamos?
 Fomos, portanto, conduzidos a uma reflexão profunda, o que nos levou a planear um projeto literário que envolvesse uma trilogia sobre o tema - Reflexões Sobre o Mito do Quinto Império – projeto literário que se iniciou com o nosso primeiro romance “Operação: Quinto Império”, publicado pela Editora Ecopy indo procurar fundamentos à História Iniciática de Portugal e procurámos elaborar uma nova doutrina ideológica tendo por base a espiritualidade e o conhecimento científico e a essa mesma doutrina passámos a chamar de Doutrina da Cidadania Social.
Finalmente neste nosso presente livro – “Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social” (Chiado Editora) introduzimos novos princípios orientadores da conduta humana e procurou-se aprofundar princípios filosóficos, políticos e económicos, tais como a democracia participativa; o sindicalismo cooperativo ou o desenvolvimento do Cooperativismo segundo o pensamento de António Sérgio o Pai do Cooperativismo Português e finalmente visámos o desenvolvimento de uma nova perspetiva político-social e espiritualista!

No tocante ao Cooperativismo e quando nos referimos à vertente socioeconómica, procurámos desenvolver uma inovadora ideologia que viesse a neutralizar por completo a ação nociva do "lucro" estando aquela corporizada numa nova organização laboral/empresarial onde o trabalho e os rendimentos sejam repartidos de modo a poder-se generalizar um verdadeiro rendimento mínimo de cidadania socialmente equitativo e extensivo a qualquer cidadão, o que numa perspetiva de Lusofonia poderá significar uma notável avanço civilizacional e que de forma objetiva e estratégica poderia vir a ser optado praticamente por todos os países de expressão oficial portuguesa!

A essa mesma doutrina a que passámos a designar por Doutrina da Cidadania Social admitimos igualmente que a mesma poderia dar origem a um novo tipo de sociedade, onde fatores ligados ao lucro; à propriedade privada e a diferentes circunstâncias associadas aos mesmos iriam sofrer profundas alterações e não vão ser as ideologias como o marxismo; a social-democracia; o socialismo democrático; o neoliberalismo ou ainda a democracia cristã que irão ter qualquer tipo de expressão ou influência nessa nova sociedade do futuro, onde a democracia participativa terá um peso progressivo e expressivo; onde as gerações mais idosas virão a ter uma importância fundamental para o desenvolvimento espiritual e material das novas comunidades do Século XXI.

Os conceitos de cooperativismo e de cooperação são efetivamente distintos, mas na realidade complementam-se distribuindo-se noutros novos conceitos ligados ao humanismo; universalismo; evolucionismo; municipalismo e ecologismo e democracia participativa e que por sua vez estão relacionados com concepções como o espiritualismo e a espiritualidade humana tendo como base a defesa do princípio da Evolução fundamentada na reencarnação ou nas vidas sucessivas, onde fica provado de que a Morte Não Interrompe a Vida e a Vida Existe Fora da Matéria e que são dois os princípios básicos que regem o Universo, princípios esses que passam pela transformação da Matéria e pela Evolução da Força.

No restrito plano iniciático e em reforço destas nossas reflexões sobre a “espiritualidade” poderemos recuar ao Século XIX e fundamentados em bases históricas poderemos concluir que a maioria das sociedades ditas iniciáticas raras vezes conseguiu religar-se verdadeiramente ao mundo espiritual superior com uma exceção honrosa do Martinismo!

Em geral a maioria das sociedades ditas esotéricas na sua organização interna foi sempre feita de baixo para cima e com seleções sucessivas por eleição, inferindo-se assim que a propalada fraternidade iniciática nada pode produzir para fortificar a sua existência a não ser com cartas constitutivas e papéis administrativos comuns a toda a sociedade profana enquanto as ordens verdadeiramente espiritualistas como foi o caso do Martinismo baseiam-se sempre na religação com entidades espirituais que criadas as necessárias condições podem baixar ao plano terrestre vindas das dimensões que são partes mais evoluídas e existentes no Universo em que a Ciência ainda de uma forma muito tímida e incipiente está dando os primeiros passos de investigação através da Física Quântica vindo a abrir ténues frinchas que já permitem observar uma diferente e nova visão sobre as desconhecidas e surpreendentes regiões dessas mesmas dimensões universais!

Papus fundou a Ordem Martinista a partir do ano de 1884. Ele e seus Companheiros foram animados pelo espírito de investigação; pela especulação não dogmática que encontrava os seus fundamentos num pensamento racional e científico, daí a nossa referência inicial de que filosofia contida numa nova perspetiva de ordem espiritualista que agora estamos apresentando venha a sobressaltar alguns espíritos mais conservadores e nada preocupados com a realidade de que o Universo é dinâmico e tudo quanto existe nele está igualmente sujeito às mesmas leis de transformação e evolução da vida universal na sua dupla componente formada por Força e Matéria!

Finalmente neste nosso presente trabalho procurámos introduzir novos princípios orientadores na conduta humana quer no plano material quer no plano espiritual e de uma forma racional e científica procurar aprofundar princípios filosóficos e espirituais que são tão antigos como a própria Humanidade, mas que à luz da Ciência apresentam-se como os grandes princípios morais e materiais orientadores do Homem Futuro, o “Homo Honorabilis.

Jacinto Alves