Uma
ideologia para a Lusofonia
Temos perfeita consciência de que alguns dos
importantes princípios que foram desenvolvidos no nosso livro “Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império
– Uma Nova Perspetiva Social”
vai-nos permitir saber que pela sua essência e finalidade vão provocar um
natural sobressalto em algumas consciências, mas os "tempos
são chegados"
para que o entendimento humano suba um novo patamar na escala evolutiva. A Doutrina do Quinto Império pretende
responder e procurar esclarecer com uma nova visão humanista e universalista
sobre as grandes questões da Humanidade que são: - Donde viemos; Quem somos e Para Onde Vamos?
Fomos, portanto, conduzidos a uma reflexão profunda, o
que nos levou a planear um projeto literário que envolvesse uma trilogia sobre
o tema - Reflexões Sobre o Mito do
Quinto Império – projeto literário que se iniciou com o nosso primeiro
romance “Operação: Quinto Império”, publicado pela Editora Ecopy indo
procurar fundamentos à História Iniciática de Portugal e procurámos elaborar
uma nova doutrina ideológica tendo por base a espiritualidade e o conhecimento
científico e a essa mesma doutrina passámos a chamar de Doutrina da Cidadania Social.
Finalmente neste nosso presente livro – “Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social”
(Chiado Editora) introduzimos novos princípios orientadores da conduta humana e
procurou-se aprofundar princípios filosóficos, políticos e económicos, tais
como a democracia participativa; o sindicalismo cooperativo ou o
desenvolvimento do Cooperativismo segundo o pensamento de António Sérgio o Pai do Cooperativismo Português e finalmente
visámos o desenvolvimento de uma nova
perspetiva político-social e espiritualista!
No tocante ao Cooperativismo
e quando nos referimos à vertente socioeconómica, procurámos desenvolver uma
inovadora ideologia que viesse a neutralizar por completo a ação nociva do "lucro" estando aquela
corporizada numa nova organização laboral/empresarial
onde o trabalho e os rendimentos sejam repartidos de modo a poder-se
generalizar um verdadeiro rendimento
mínimo de cidadania socialmente equitativo e extensivo a qualquer cidadão,
o que numa perspetiva de Lusofonia poderá significar uma notável avanço civilizacional
e que de forma objetiva e estratégica poderia vir a ser optado praticamente por
todos os países de expressão oficial portuguesa!
A essa mesma doutrina a que passámos a designar por Doutrina da Cidadania Social admitimos igualmente que a mesma poderia dar
origem a um novo tipo de sociedade, onde fatores ligados ao lucro; à
propriedade privada e a diferentes circunstâncias associadas aos mesmos iriam
sofrer profundas alterações e não vão ser as ideologias como o marxismo; a
social-democracia; o socialismo democrático; o neoliberalismo ou ainda a
democracia cristã que irão ter qualquer tipo de expressão ou influência nessa
nova sociedade do futuro, onde a democracia
participativa terá um peso progressivo e expressivo; onde as
gerações mais idosas virão a ter uma importância fundamental para o
desenvolvimento espiritual e material das novas comunidades do Século XXI.
Os conceitos de cooperativismo e de cooperação
são efetivamente distintos, mas na realidade complementam-se distribuindo-se
noutros novos conceitos ligados ao humanismo; universalismo; evolucionismo;
municipalismo e ecologismo e democracia participativa e que por sua vez
estão relacionados com concepções como o espiritualismo e a espiritualidade humana
tendo como base a defesa do princípio da Evolução fundamentada na reencarnação
ou nas vidas sucessivas, onde fica provado de que a Morte Não Interrompe
a Vida e a Vida Existe Fora da Matéria e que são dois os princípios básicos
que regem o Universo, princípios esses que passam pela transformação da
Matéria e pela Evolução da Força.
No restrito plano iniciático e em reforço destas
nossas reflexões sobre a “espiritualidade”
poderemos recuar ao Século XIX e fundamentados em bases históricas poderemos
concluir que a maioria das sociedades ditas iniciáticas raras vezes conseguiu
religar-se verdadeiramente ao mundo espiritual superior com uma exceção honrosa
do Martinismo!
Em geral a maioria das sociedades ditas esotéricas na
sua organização interna foi sempre feita de baixo para cima e com seleções sucessivas por eleição, inferindo-se
assim que a propalada fraternidade iniciática nada pode produzir para
fortificar a sua existência a não ser com cartas constitutivas e papéis
administrativos comuns a toda a sociedade profana enquanto as ordens
verdadeiramente espiritualistas como foi o caso do Martinismo baseiam-se sempre na religação com entidades espirituais que criadas as necessárias condições podem
baixar ao plano terrestre vindas das dimensões que são partes mais evoluídas e existentes no Universo em que a Ciência ainda de uma forma muito tímida
e incipiente está dando os primeiros passos de investigação através da Física Quântica vindo a abrir ténues frinchas que já permitem observar uma
diferente e nova visão sobre as desconhecidas e surpreendentes regiões dessas
mesmas dimensões universais!
Papus fundou a Ordem
Martinista a partir do ano de 1884. Ele
e seus Companheiros foram animados pelo espírito de investigação; pela
especulação não dogmática que encontrava os seus fundamentos num pensamento
racional e científico, daí a nossa referência inicial de que filosofia contida
numa nova perspetiva de ordem espiritualista que agora estamos apresentando venha
a sobressaltar alguns espíritos mais conservadores e nada preocupados com a
realidade de que o Universo é dinâmico e tudo
quanto existe nele está igualmente sujeito às mesmas leis de transformação e
evolução da vida universal na sua dupla componente formada por Força e Matéria!
Finalmente neste nosso presente trabalho procurámos
introduzir novos princípios orientadores na conduta humana quer no plano
material quer no plano espiritual e de uma forma racional e científica procurar
aprofundar princípios filosóficos e espirituais que são tão antigos como a
própria Humanidade, mas que à luz da Ciência apresentam-se como os grandes
princípios morais e materiais orientadores do Homem Futuro, o “Homo Honorabilis.
Jacinto Alves