Introdução a um Estudo Comparado
Da Doutrina da Cidadania Social
Com
os Altos Graus Maçónicos do
REAA
REAA
Ao
pretender iniciar esta minha análise ao Tema: “Introdução a um Estudo da
Doutrina da Cidadania Social com os Altos Graus Maçónicos do REAA”, pretendo
antes de mais dar um especial realce ao emérito escritor e investigador das
questões ligadas à Simbologia; ao Mítico e ao Sagrado, com especial destaque
relativamente às suas investigações sobre a História Iniciática de Portugal,
estou-me referindo a Victor Manuel Adrião;
Victor Manuel Adrião, é
um dos mais importantes defensores e divulgadores da Ordem de Mariz que fez
parte de uma Ordem Maior e que deve ter tido a sua origem na desaparecida
Atlântida. Esta mesma Ordem está igualmente relacionada com as Ordens dos
Templários; de Avis e de Cristo!
Victor Adrião, nas suas pesquisas desenvolveu um trabalho de análise
extremamente interessante sobre o Grau 30 – Cavaleiro Kadosh, do Rito Escocês
Antigo e Aceito. A doutrina contida no Grau Trigésimo - Cavaleiro Kadosh,
converge para dois princípios distintos, o primeiro situa-se na “Escola” e
o segundo no “Templo”,
o que vem a significar simbolicamente no primeiro o desenvolvimento do conhecimento
científico,
seguido do conceito do “Templo”, o que representa a procura e desenvolvimento constante
das virtudes ou qualidades morais que acompanham a evolução do ser humano.
Segundo o meu ponto de vista pessoal, tenho de reconhecer de que há algumas
particularidades afins entre o 2º. Grau Simbólico – Companheiro e o 30º. Grau
Filosófico – Cavaleiro Kadosh!
Os
princípios consagrados nos conceitos “Escola e Templo”, projetam uma imagem
representada por uma dupla escada designada por - “Escada dos Mistérios” e que dispõe de
dois sentidos – um ascendente e outro descendente, o primeiro refere-se à “Escola”,
onde diferentes conceitos de ordem científica são apresentados e no sentido
descendente ali estão consagradas as virtudes ou atributos do espírito humano
no seu longo processo de evolução realizado na sua descida ao planeta através
da reencarnação e da sua desencarnação e ascensão aos planos superiores
espirituais. Dentro dos princípios da Ciência e da Espiritualidade que
caracterizam o Grau
Filosófico do Cavaleiro Templário Kadosh, procurámos situar a nossa
reflexão numa área em que uma dada conceituação filosófica tivesse prefeito
enquadramento e esse mesmo enquadramento situou-se precisamente na questão
transcendente do Mito do Quinto Império do Padre António Vieira; de Fernando Pessoa ou
de Agostinho da Silva que a partir do ano de 1910, no Século XX, deixou de ser
um Mito para passar a ser uma doutrina espiritualista, profunda, vasta e
eclética, designada por Racionalismo Cristão que está servindo de base
fundamental à doutrina por nós, denominada - Doutrina da Cidadania Social, cuja
apresentação e desenvolvimento estão feitas no meu segundo livro “Ensaio Sobre
a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social”.
Inspirados no Grau 30 – Cavaleiro Kadosh, fomos, portanto, conduzidos a uma reflexão profunda sobre o significado prático daquele mesmo Grau Filosófico, o que nos levou a planear um projeto literário que envolvesse uma trilogia sobre o tema - Reflexões Sobre a Doutrina do Quinto Império – projeto literário que se iniciou com o meu primeiro romance “Operação: Quinto Império”, onde introduzi alguns novos desenvolvimentos relativamente à Maçonaria Operativa no Século XXI e finalmente no que diz respeito ao Mito do Quinto Império, fui procurar fundamentos à História Iniciática de Portugal procurando converter aquele numa nova doutrina ideológica tendo por base a espiritualidade e o conhecimento científico e a essa mesma doutrina ideológica passei a chamar de Doutrina da Cidadania Social!
Essa mesma
espiritualidade e conhecimento científico fui encontrá-los de forma justa e
perfeita na Doutrina do Racionalismo Cristão, fundada pelos portugueses Luiz de
Mattos e Luiz Alves Tomaz em 1910, na Cidade de Santos – Brasil. Luís de Matos,
natural de Chaves, foi um ilustre maçom e grau 33º. Tendo sido o fundador e
codificador do Racionalismo Cristão. Ao longo da sua vida fez uma aturada
investigação sobre as diferentes religiões e movimentos filosóficos que no
decorrer dos séculos foram idealizados por entidades, tais como: Krishna, na
Índia e Hermes, no Egipto. Estes importantes expoentes do espiritualismo, ambos
defendiam o princípio da reencarnação e das vidas sucessivas. Outras
personalidades importantes foram igualmente estudadas por Luís de Matos, como
por exemplo o fundador do Espiritismo, Alan Kardek. Outros grandes pensadores e
filósofos foram também estudados, tais como: - – Buda; Sócrates; Platão;
Descartes; tendo de igual forma investigado doutrinas ligadas à Cabala; Hermetismo
e Maçonaria e daí conseguir extrair uma síntese para uma nova doutrina que
inicialmente foi designada por Espiritismo Racional e Científico Cristão, para
mais tarde passar a chamar-se por Racionalismo Cristão, tratando-se, portanto
de uma doutrina que não pode ser classificada como religião, mas sim uma forma
avançada de espiritualismo fundamentado em princípios racionais e científicos,
tratando-se na realidade de uma doutrina profunda, vasta e eclética.
O
meu terceiro
livro encontra-se ainda numa fase embrionária, contudo, poderei já
adiantar de que se trata de um novo romance que vai dar continuidade ao tema
apresentado no meu primeiro livro – “Operação: Quinto Império”.
No
meu segundo livro “ Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social “
já publicado em fins de 2013, que hoje vos apresento aqui tem vindo
gradualmente a ser divulgado. Ao termos escrito esta nossa obra pensamos
estar a realizar uma experiência inédita em termos histórico/espiritualistas,
ao analisar uma doutrina filosófica, racional e científica e de inspiração
cristã, cujas raízes são efetivamente de origem lusitana e consequentemente
ligadas à História de Portugal e do Brasil.
Não
se trata de uma doutrina estrangeira e muito menos importada do Brasil, mas sim
de uma doutrina idealizada e fundada por portugueses em terras brasileiras;
O Racionalismo
Cristão, não sendo de forma alguma uma religião é a consequência de um
estudo profundo consubstanciado numa doutrina filosófica e espiritualista,
sendo essencialmente portadora de uma base racional e científica.
Na
verdade, este ensaio procura analisar e aprofundar o mito ligado ao Quinto
Império que historicamente notáveis poetas e pensadores lusos
procuraram notabilizar, considerando ser sempre uma “demanda do povo português
na sua busca do “graal da espiritualidade!”
O Racionalismo
Cristão pode ser considerado uma das bases inspiradoras da Lusofonia por
se encontrar implementado em quatro países: - Brasil; Portugal; Cabo Verde e Angola!
No entanto, esta Doutrina é na sua essência e finalidade espiritista e
espiritualista, racional e científica e de inspiração cristã, fundamentalmente
humanista e universalista. Ela na realidade não tem o seu exclusivo apenas em
dois países – Portugal
e o Brasil, mas sim no seu todo pertence efetivamente à Humanidade!
O Racionalismo Cristão ou seja a Doutrina do Quinto Império, caracteriza-se
pela sua assumida humanidade e universalismo, naturalmente inspirando-se nos
Valores e ensinamentos divulgados por Cristo, reforçados pela própria história, Língua e
cultura dos
Portugueses que no seu deambular histórico por terras distantes deixaram
marcas perenes em todos os lugares por onde passaram e viveram! As Descobertas e
Expansão Marítimas de Portugal são a prova historicamente irrefutável de
todos esses importantes acontecimentos!
De
facto, somos levados a concluir de que efetivamente a Doutrina do Racionalismo
Cristo que pelos princípios nela desenvolvidos encerram um conhecimento inédito
e uma profunda sabedoria, onde a espiritualidade e a ciência têm uma aliança
perfeita levando-nos a reconhecer de que se trata de uma doutrina ideológica muito
provavelmente única no mundo e “sui generis” em toda a História da Humanidade!
Se
recuarmos uns séculos até ao reinado de D. Dinis – (1261-1325), iremos verificar que
este notável rei português com a sua mulher a Rainha Santa Isabel,
institucionalizaram em Portugal por volta do ano de 1323, as Festas do Império
e do Culto
do Espírito Santo por influência de Joaquim de Flora – (1132-1202), abade
cisterciense, filósofo e místico, defensor da Trilogia Bíblica das Três Idades – a Idade
do Pai; do
Filho e do Espírito Santo.
Quando
nos referimos à “singularidade lusitana” que mostrando-se sob a capa de aparente
submissão a Roma Papal, nos vem do rosacrucianismo templário; da fundação e
linhagem joanicas dos Fiéis-de-Amor, convergentes na Ordem dos Cavaleiros de
Cristo que se transferiu de Portugal para o Brasil e Goa e para outras
importantes partes do mundo;
Não
terá sido por acaso que essa mesma “singularidade lusitana” convertida numa
ação de “descolonização
religiosa” feita pelo Rei D. Dinis, ao institucionalizar o Culto do Espírito Santo e segundo Rainer Daehnhardt,
emérito historiador luso-alemão e autor de importantes obras ligadas à História de
Portugal, destacando-se um dos seus livros intitulado – Portugal – A Missão que Falta
Cumprir, entendeu como sendo uma ação que foi interferir na colonização
religiosa implementada por Roma.
Na
sua notável obra, mas ainda insuficientemente conhecida pelos portugueses – “ História do Futuro”, iniciada pelo Padre António Vieira em 1649, no
século XVII, portanto, nove anos depois da Restauração de Portugal, como nação independente
e soberana e já libertada do domínio filipino, Vieira que foi o maior orador
sacro do seu tempo, começou a escrever a “História do Futuro”, onde o conceito
do Quinto
Império, começa a ser definido, sendo Portugal a nação incumbida para fundar
no planeta Terra uma nova doutrina espiritualista que iria unificar todas as
nações, raças e povos.
Uma
primeira questão se põe:- alguma vez foi dada uma explicação sobre a origem do
símbolo que na forma de um delta está desenhado na base superior dos edifícios
onde estão sediadas as filiais do Racionalismo Cristão? Apresentando regra
geral nas respetivas frontarias quatro colunas que numa perspetiva simbólica
representam a cruz de Cristo virada para os quatro pontos cardeais da Terra –
Norte- Sul; Leste e Oeste, o que nos transmite de imediato a ideia de
universalidade! Terá o culto do Espírito Santo alguma ligação direta ou
indireta com o Racionalismo Cristão?
O
bastão usado pelos presidentes nas sessões públicas daquela doutrina não é o
equivalente ao malhete utilizado na Maçonaria pelos veneráveis mestres? Luís de
Matos, o fundador do Racionalismo Cristão, foi Maçom e detentor de altos graus
maçónicos, precisamente o 33º. Será que o Alto Grau 18º. Cavaleiro Rosa-Cruz do
REAA teve alguma influência na criação do Racionalismo Cristão?
E o Padre António Vieira com o seu Quinto Império?
A Cruz e a Rosa são símbolos bem representativos daquele que é o Patrono do
Racionalismo Cristão! Eis, pois, uma interessante conclusão sobre a simbologia
contida na Maçonaria e na doutrina do Racionalismo Cristão!
É
chegada a hora! A mesma hora a que se refere Fernando Pessoa, no
seu poema Mensagem, para que a Humanidade desperte para a realidade da
vida e que venha a compreender a razão da sua própria existência!
Numa
perspetiva espiritualista e histórica achámos por bem chamar ao Racionalismo
Cristão – a Doutrina do Quinto Império, aquela mesma doutrina sonhada
por Luiz de
Camões; Padre António Vieira; Fernando Pessoa ou Agostinho da Silva e tantos
outros ilustres portugueses que se bateram pelo engrandecimento de Portugal!
De
facto, trata-se de um movimento doutrinário que encerrando conhecimentos
fundamentais sobre o que seja o espírito humano – a sua origem, natureza e
atributos, a razão de ser da sua existência e a sua inserção natural no próprio
Universo, compreendendo a finalidade da VIDA
INTELIGENTE, demonstrando a existência da VIDA FORA DA MATÉRIA
e que a Morte não interrompe a Vida, comprovando assim de que a
importância que a ação do Pensamento através do uso do livre arbítrio e que
orienta as atividades dos seres humanos e finalmente o porquê da nossa
existência como seres vivos e inteligentes que passa pela Evolução através de
sucessivas reencarnações neste planeta escola que se chama Terra em
conformidade com os insondáveis desígnios da FORÇA CRIADORA (Deus),
portanto, trata-se de uma nova doutrina espiritualista, profunda, vasta e
eclética!
Na
abordagem política e sociológica feita ao Racionalismo Cristão,
podemos retirar importantes ilações, fazendo projeções sobre as implicações que
uma tal doutrina de âmbito espiritualista e espiritista poderá vir a gerar
e os resultados refletem-se no desenvolvimento de uma ideologia de
inspiração cooperativista, tendo como pilares da sustentação princípios
espiritualistas; científicos; económicos e políticos e que passaremos a
designar por – Doutrina da Cidadania Social!
A Doutrina
da Cidadania Social poderá dar origem a um novo tipo de sociedade, onde
fatores ligados ao lucro; à propriedade privada e a diferentes circunstâncias
associadas aos mesmos irão sofrer profundas alterações e não vão ser as
ideologias já por nós apontadas – o marxismo; a social-democracia; o socialismo
democrático; o neoliberalismo ou ainda a democracia cristã que irão ter
qualquer tipo de expressão ou influência nessa nova sociedade do futuro, onde a
democracia participativa terá um peso determinante e expressivo;
onde as gerações mais idosas virão a ter uma importância fundamental para o
desenvolvimento espiritual e material das novas comunidades do Século XXI.
Naturalmente
que essa mesma sociedade do futuro gerado por uma ideologia como a Doutrina
da Cidadania Social, vai continuar a respeitar e acima de tudo o livre
arbítrio de cada cidadão que plenamente consciente dos seus deveres e
direitos será sempre uma peça nuclear para que a nova sociedade do Século XXI,
estejam presentes os mais elevados desígnios da condição humana, onde o cidadão
plenamente esclarecido da sua realidade espiritual irá procurar no mundo
material as condições necessárias para que todos em conjunto possam desenvolver
uma atividade totalmente virada para o enriquecimento social, intelectual e
espiritual individual e coletivo absolutamente centrado nas leis da evolução
universal.
Na
História a experiência dela surgida ao longo dos séculos vai-nos permitir no
início do Século XXI, pensar e admitir uma nova perspetiva social sobre a
viabilidade de um novo movimento cívico – o Movimento Cívico Português
para a Cooperação – MCPC, fundamentado na História de Portugal e na
cultura filosófico/espiritualista do povo português. Tal iniciativa poderia ser
comparada a uma tentativa de restaurar a histórica Ordem de Cristo,
como uma grande irmandade nacional embora sofrendo importantes alterações e
obedecendo a orientações de ordem cívica, democrática, espiritualista e
científica básicas e adequadas ao novo estatuto de cidadania social.
A Doutrina da Cidadania Social e a
Fraternidade Maçónica:
Para
podermos responder a esta importante questão, teremos de recuar no tempo cerca
de 1325 anos antes de Cristo, no Antigo Egipto e durante o reinado do Faraó
Akhenaton, o fundador da primeira religião monoteísta, que veio a dar
origem ao Judaísmo; Cristianismo e Islamismo.
No
grande Templo de Aton em Khut-Aton – Egipto, o Sumo- Sacerdote Moisés (o Moisés
bíblico) oficiava os ritos que iniciavam os neófitos nos Mistérios do deus
Aton. Esses ritos eram semelhantes aos que foram adotados pelos antigos maçons
operativos que se foram modificando ao longo dos séculos, mas ainda hoje na
ordem maçónica conservam-se muitos atos ritualísticos que foram inspirados
naqueles antigos rituais egípcios, especialmente no que diz respeito à
iniciação e aos ensinamentos que são guardados nos símbolos e nas alegorias adotadas
pela Maçonaria Especulativa.
Efetivamente muitas das coisas que nos são
ensinadas nas nossas Lojas via cultural judaica têm a sua raiz nessas antigas
tradições que o povo do Nilo legou à Arte
Real. No ano 1292 antes de Cristo, o Faraó Horemheb
através de decreto tornou os filhos de Israel, escravos, mandando-os trabalhar
nas pedreiras, olarias e construções no país, fabricando tijolos, desbastando e
polindo pedras para então erguerem os grandes templos e edifícios, cujas ruínas
ainda hoje subsistem e podem ser vistas no país do grande Nilo. É portanto
absolutamente admissível que os filhos de Israel se tenham tornado os legítimos
representantes da Arte Real ou seja da Maçonaria Universal!
O
conceito de fraternidade começa-se a desenvolver a partir do reinado do Faraó
Akhenaton, é pois a partir deste Faraó egípcio que se começa a
vislumbrar o sentido da fraternidade, nomeadamente no seio das confrarias de
pedreiros e artífices que sustinham e desenvolviam todo o tipo de construções
que então existiam na sociedade egípcia.
Akhenaton, é o primeiro a fundar e a desenvolver o conceito do
deus único, representado pelo disco solar através de uma nova religião onde a
dignidade humana começava a dar os seus primeiros passos e com ela o florescer dos
princípios da igualdade humana, da solidariedade e sobretudo o cultivo da
espiritualidade.
As
diferentes correntes filosóficas então geradas a partir da religião monoteísta
de Akhenaton, nomeadamente as três religiões já citadas sempre
condenaram e combateram os maus sentimentos dos seres humanos, ameaçando-os
através dos tempos com a condenação das suas almas com as penas do Inferno e
outras condenações terríveis. O medo tem sido a melhor instrumento das
religiões para controlarem as imensas massas dos seus seguidores e fiéis.
A
falta de espiritualidade, a ignorância e a imposição do império do medo foram
sempre o principal meio com que as classes sociais dominantes utilizaram para
melhor dominarem e controlarem as multidões animalizadas, ignaras e inconscientes,
originando nos seres humanos mais evoluídos grandes sofrimentos e aqui
destaca-se a ação desenvolvida pelos iniciados que portadores de
uma maior consciência de si mesmos e do mundo cruel envolvente e através do seu
trabalho manual, intelectual e artístico, procuraram na base da união protetora
dos princípios da fraternidade, solidariedade, gerados por uma espiritualidade
mais avançada deram origem às confrarias de trabalhadores, tais como as
organizações de construtores de catedrais que ocorreram na Idade Média.
A
Terra, no contexto geral dos diferentes mundos que rolam o espaço infinito
sideral é um dos muitos mundos físicos classificados como uma escola onde as
primeiras classes de espíritos ou almas humanas, partículas da Inteligência Universal
– Grande Arquiteto do Universo iniciam a sua aprendizagem,
difícil, dura, inconsciente e lenta, apenas dependente numa fase primária da
sua capacidade instintiva e animalesca!
Queremos
nós dizer com isto de que todos nós maçons em particular e a Maçonaria
Universal em geral, compete uma missão, uma grande responsabilidade em
contribuir para que a Humanidade venha a ter um destino para o qual o Grande Arquiteto
do Universo nos incumbiu ou seja: contribuirmos de forma desejável para
a evolução material e espiritual dos povos deste pequeno planeta que se chama
Terra! É essa a responsabilidade e o fim da Maçonaria Universal!
Para
que surgisse o primeiro homo sapiens decorreu mais de um milhão de anos de luta
extrema pela sua sobrevivência e continuidade como ser vivo e atuante. Milhares
e milhares de reencarnações em corpo físico foram necessárias para que o Homem
atingisse a capacidade de dispor de livre-arbítrio, conquista máxima que nós
seres humanos alcançámos como avançada expressão de evolução material,
intelectual e espiritual e nós maçons podemos ser considerados uma digna
expressão desse mesmo resultado final!
A
influência exercida pelo Faraó Akhenaton foi tão grande que se veio a estender aos
Essénios e aos Cristãos primitivos e finalmente aos Templários que na realidade
foram o ramo administrativo e militar de uma Ordem Secreta que por detrás dos
Cavaleiros do Templo agiam sob nomes diferentes, mas mais frequentemente sob a
sigla do Ministério
do Sinai, os filhos da Luz, tal como nós, maçons, os filhos da Viúva, também nos
consideramos os Filhos da Luz!
Na
verdade a realidade de Deus ou do Grande Arquiteto do Universo e a realidade do
Universo pertencem a uma mesma questão e se na Arte Real está estabelecido um Código de Conduta que sintetiza a vida e as
atividades de um homem livre e de bons costumes que de uma forma perfeitamente
harmoniosa e com um perfeito enquadramento na mecânica das leis naturais,
perguntamos: que nos falta a nós maçons para sermos justos e perfeitos em tudo
quanto se refira, nomeadamente no tocante à Fraternidade Maçónica?
Finalmente
e para um maior desenvolvimento da nossa intervenção e para dar resposta ao que
inicialmente apresentámos sobre a Fraternidade Maçónica, diremos que
relativamente ao Código de Conduta a que todos os maçons estão sujeitos e uma vez
que como iniciados que somos temos o compromisso para com a Humanidade em
ajudá-la no seu desenvolvimento moral e material!
As regras a seguir estão aí e todos os dias as
temos de cumprir tendo uma boa prática moral no sentido de trabalharmos a “pedra bruta”
que são precisamente as nossas fraqueza e defeitos, estudando e raciocinando
sobre as questões sérias da vida e sobre a origem da nossa própria existência e
a razão por que cá estamos?!
A Maçonaria é uma Escola de Virtudes, onde aprendemos a
conhecermo-nos a nós próprios seguindo a divisa do grande filósofo Sócrates - “
Conhece-te a
ti mesmo”.
Na verdade devemos tentar compreender o
significado simbólico da Circulatura do Quadrado ao invés da Quadratura do Círculo, sendo este precisamente o domínio da matéria
sobre o espírito quando a primeira premissa é o domínio do espírito sobre a matéria e
só assim seremos discípulos e dignos seguidores do Grande Arquiteto do Universo, criador da Vida
e dos mundos que rolam no espaço infinito!
A
resposta final para a questão que apresentámos no início da nossa conversa,
diremos que quando o Aprendiz está pronto o Mestre aparece!
Assim
todos nós maçons somos aprendizes e como aprendizes teremos de seguir com total
rigor e sinceridade o Código de Conduta já referido por nós e que está contido nos manuais dos
nossos graus!
O sucesso da nossa aprendizagem está nos três Graus da
Maçonaria Simbólica que finalmente e na base do estudo da Simbologia compreenderemos a mensagem contida na “palavra perdida”
deixada pelo Mestre
Hiram e iremos compreender finalmente o verdadeiro sentido de ser
fraterno.
Há uma forma de
pensamento que nos conduz efetivamente à evidência das realidades da VIDA
existentes neste mundo material que se chama planeta Terra! Estamos de facto
subordinados às leis da Natura
e por essa razão a Ciência tem uma ação determinante na nossa forma de viver! É
conhecendo o mecanismo
das leis naturais que nós vamos compreender; respeitar e agir em completa
harmonia com a vida do espírito e com as realidades do Universo!
Há uma Ciência
consubstanciada na educação científica da vontade que nasceu em 1910, na Europa em
que os respetivos fundadores se foram inspirar nos ensinamentos que a Sabedoria do
Antigo Egipto lhes transmitiu quando souberam traduzir os hieróglifos
descobertos por si! Essa mesma Ciência nada tem a ver com qualquer tipo de religião
ou misticismo, pairando muito acima das
coisas comuns do mundo e essa mesma ciência está contida na “Palavra Perdida”!
A Espiritualidade é um atributo próprio do espírito humano, pois a
religião sendo uma criação gerada pela imaginação do Homem, enquanto a Espiritualidade faz
parte do próprio desenvolvimento intelectual, emocional e espiritual que
caracterizam o crescimento natural do ser humano.
O Povo Português com todos os seus defeitos e atrasos,
comparativamente com outros povos dispõe de uma certa " Singularidade" que o
distingue e que o tem levado a situações inéditas através da História da
Humanidade! É a
"Singularidade" que nos distingue! A história mítica ligada ao
"
Encoberto", o Rei D. Sebastião, o Desejado na realidade não é um "mito",
mas sim algo determinante na vida e história dos Portugueses! O "Encoberto" existe e ele está
"adormecido"
no inconsciente coletivo dos Portugueses. Fernando Pessoa, referia-se no seu Poema Mensagem – ".
Falta cumprir-se, Portugal." O "
Encoberto" não será necessariamente uma pessoa, mas sim algo
consistente e objetivo, tal como o " Santo Graal" não é a
taça por onde Jesus,
o Cristo bebeu o seu último vinho, mas sim algo relacionado com a Espiritualidade,
sentimentos elevados e nobres onde paira ainda um "olhar"
muito específico sobre um Conhecimento Universal e Único!
O " Encoberto
" poderá ser uma doutrina espiritualista que explica e nos leva ao
conhecimento dos grandes enigmas da VIDA e nos diz finalmente – DONDE VIMOS? QUEM SOMOS?
PORQUE EXISTIMOS? E QUAL O NOSSO DESTINO FINAL?
Será que o Povo Português
tem uma resposta para o futuro da Humanidade quando na verdade está na posse do
conhecimento íntimo da “ PALAVRA PERDIDA” e é precisamente a “Palavra Perdida que após a
morte do Mestre Hiram, o seu conhecimento superior aparentemente morreu com
ele, mas a história e a tradição maçónicas, felizmente provaram o contrário, a
“palavra perdida” foi salvaguarda no conhecimento encerrado no primeiro Alto
Grau, o Grau inefável – o 4º. Grau, o Grau de Mestre Secreto! Poderíamos
acrescentar uma outra designação – o Grau de Mestre do Silêncio, pois que a sua
divisa é: - Ver Ouvir e Calar!
No meu primeiro romance – “Operação: Quinto
Império”, há uma parte da narrativa, no seu capítulo IV, O Acelerador de
Partículas Bíblico e após a morte do Mestre Hiram Abif, o construtor do Templo
de Salomão, o próprio rei Salomão, começou por introduzir importantes
alterações na Confraria criada por Hiram Abif, tendo introduzido mudanças a
partir do 4º. Grau – Mestre Secreto e até ao 14º. Grau- Grande Eleito Perfeito
e Sublime Maçom, conferindo à Confraria novos horizontes em termos de
aprendizagem e aprofundamento dos Altos Mistérios Egípcios que, naturalmente se
estenderam até aos nossos dias. Nesta nova fase da vida da Confraria, o rei
Salomão começou por desenvolver um novo conceito de conhecimentos iniciáticos
mais avançados, marcando bem a nova fronteira entre simbologia operativa
maçónica e a nova fronteira denominada pelos maçons do nosso tempo de
“especulativa” – respeitando, com absoluto rigor, a escola iniciática dos três
primeiros graus fundada e deixada pelo Mestre Hiram, - situação que se mantém e
é seguida tradicionalmente até aos nossos dias.
Seguindo a nova metodologia introduzida por
Salomão quanto ao funcionamento da Confraria após a morte de Hiram Abif,
diríamos que aquele método, em teoria, segue três vertentes distintas, mas
interligadas em termos evolutivos, a ver:
1ª. A fase simbólica operativa, intimamente ligada à arquitetura sagrada e, consequentemente a Deus,
Grande Arquiteto do Universo e compreendida pelos instrumentos de trabalho e
ligação simbólica às virtudes humanas – realidade que se projetou até às
construções dos grandes monumentos da Idade Média, Via Templária. Essa mesma
fase simbólica e operativa seria fundamentalmente mística, realidade que ainda
hoje se mantém pela via tradicional e ritualística nos nossos manuais maçónicos;
2ª. A fase científica e especulativa, em que o fator racionalista é a peça determinante
no desenvolvimento do raciocínio analítico, por exemplo: -o matemático,
astrónomo e filósofo Giordano Bruno, com a sua teoria de que a Terra é que
girava à volta do Sol foi levado pela Inquisição a morrer queimado na fogueira
por defender uma verdade que hoje, aos nossos olhos, é uma realidade aceite com
normalidade;
3ª. E finalmente a fase espiritualista que no tempo de Salomão era apenas o simples
esboço de uma futura semente que num futuro ainda distante se iria desenvolver
numa solução alquímica ideal entre o esotérico e o exotérico, permitindo viver
a vida material a par da vida espiritual com total ausência da religiosidade
sectária e do misticismo entorpecente numa perfeita sintonia com Deus ou com a
Força Criadora que foi conhecer um novo conceito espiritualista ligado ao Mito
do Quinto Império que ao longo da História do Povo Português, foi conhecendo
novos desenvolvimentos.
No 3º. Grau – Mestre, da Maçonaria Simbólica,
com a morte de Hiram Abif, “ a Palavra Perdida” desvanece-se e com ela perde-se
o seu “Segredo” que aparentemente o Mestre Hiram, levou consigo para o túmulo,
contudo, essa mesma “Palavra Perdida” é recuperada por Salomão e transmitida
por iniciação aos Perfeitos e Sublimes Maçons – Irmãos do 14º. Grau, sendo-lhes
permitido conhecer a Verdade contida na “Palavra Perdida” e assim aqueles
mesmos Irmãos descobriram que por si próprios podiam mercê da sua vontade
consciente atrair uma maravilhosa energia espiritual (Luz),tomando consciência
de que cada ser humano poderia ser portador no seu íntimo dessa mesma “Luz” e
que por si próprio e em contacto direto e pessoal poderia estabelecer uma
“Aliança” com Deus, não necessitando de “intermediários”.
Esse
foi o saber recuperado por Salomão em que os Sublimes Maçons, dispersos pelo
mundo levaram a Arte Real, a Palavra do Conhecimento que em tempos vindouros se
viria a chamar de “Divino Espirito Santo”. Os Maçons do 14º. Grau são os
desbravadores embora ainda de forma embrionária, abriram o “caminho” que no
futuro viria a ser trilhado por Jesus, o Cristo!
Sabemos agora que na “Palavra Perdida” estava
contido o nome de Jesus! O Grande Arquiteto do Universo revelava-se sob o nome
de Jesus neste maravilhoso 18º.Grau – Cavaleiro Rosa Cruz, era o segredo mais
interno e central dos ensinamentos dos Mistérios Egípcios, ensinando-nos que
Deus está encarnado em todos os corações humanos que no mais íntimo de cada
homem e mulher há uma centelha divina.
Assim,
compete a cada Cavaleiro Rosa-Cruz meditar e difundir a Luz do Conhecimento
Espiritual, o Grau 18º. Instrui a fazer diariamente certos esforços no sentido
de aprender a converte-se numa antena viva captando de Deus a força e a vontade
em tornar-se num instrumento superior ao serviço do Grande Arquiteto do
Universo!
Teremos
agora de voltar ao 4º.Grau – Mestre Secreto, pois será a partir deste Primeiro
Alto Grau que vai ser possível fazermos a ligação à 3ª. Vertente da
metodologia introduzida na Confraria por Salomão, após a morte de Hiram Abif,
tratando-se da vertente espiritualista que comporta já uma perspetiva do
regresso da Maçonaria Universalista a uma nova fase operativa e cujo
enquadramento e desenvolvimento deveria ser iniciado agora no Século XXI, sendo
precisamente esta nossa Introdução a Um Estudo Comparado da Doutrina
da Cidadania Social com os Altos Graus do REAA, que pretende dar
incremento a uma nova Maçonaria Operativa para o Século XXI tão
necessária e adequada no nosso tempo para a prática da “ Arte Real”!
O 4º. Grau – Mestre Secreto. Este Alto Grau
tem como um dos seus símbolos principais a “Chave”. A origem deste símbolo é
desconhecida, tendo sido encontrado nas ruinas de civilizações muito antigas e
o seu significado sempre foi o do “Sigilo” e do “Segredo”, mas também o de
“Abertura”. Na linguagem bíblica simbolizava “Abertura”, mas igualmente
prudência, porque o “Sigilo” deve ser guardado e tem um significado esotérico
ligado à “Arca da Aliança” que devia de estar sempre fechada! Um outro símbolo igualmente
importante é a letra “Z”, que tem a sua origem no hebraico “ziz”, que significa
esplendor! É sabido que cada Grau dentro do Rito Escocês Antigo Aceito,
representa a soma dos Graus precedentes que adquirem significado mais esotérico
e profundo.
Nas
nossas diferentes intervenções temos vindo a defender a implementação de uma
Maçonaria Operativa em que nunca abdicando do conhecimento tradicional e
ritualístico acumulado ao longo dos séculos pela Arte Real. O estudo e
compreensão do que seja a simbologia, nomeadamente aquela que está
materializada e associada aos instrumentos de trabalho, tais como: o compasso;
o esquadro, o fio-de-prumo; a régua e tantos outros instrumentos que o ser
humano utiliza no seu dia de trabalho!
Esses mesmos instrumentos de trabalho e aqui já
citados e outros estão intimamente associados às capacidades e atributos do
espírito humano! Agora, que estamos no Século XXI, além de utilizarmos as
componentes tradicionais e ritualísticas, temos igualmente necessidade de
utilizar a nossa intuição aliada a uma forma de pensamento racional e
científico que nos leve a descodificar todas as mensagens simbólicas e místicas
que a Arte Real pretende transmitir-nos, contudo e para uma melhor compreensão
do nosso pensamento, teremos de regredir na história iniciática, ao tempo em
que vivia o grande sábio Hermes Trismegisto, cerca de
4000 anos a.C. cuja doutrina defendida por si e que veio a designar-se por
Hermetismo, o qual por sua vez e por intermédio da Fraternidade dos Irmãos Iluminados da Rosa-Cruz, foi dada
origem ao nascimento de diversos ritos da Franco-Maçonaria.
Será um regresso à Maçonaria Operativa, desta
vez já não iremos construir catedrais como na Idade Média, mas sim utilizando a
ação do pensamento, educando-o de forma científica e aplicando-o em ações de
natureza espiritualista ou seja a restauração de uma Maçonaria Coeva, que num
passado vindo do Antigo Egipto, em que Hermes, o três Vezes Grande, foi um dos seus
iniciadores encontrava-se vinculada a Entidades Espirituais Superiores, que
desde os Inícios dos Tempos assistiram no pretérito e assistem no presente à
evolução material e espiritual da Humanidade e daí por vezes e ao longo da
História da Humanidade estabelecer contactos de forma mais ou menos estável e
continuada. A nova Maçonaria Operativa pretende, agora, restabelecer esse mesmo
contacto, pretendendo distinguir-se de alguns dos ramos da maçonaria que agora
no Século XXI vivem na base da materialidade, onde alguns dos Ritos de origem escocesa poderão ser uma
exceção!
O conhecimento oculto que nos vai permitir ter
essa capacidade em poder restabelecer o contacto precioso e importante com
essas mesmas Entidades Espirituais está na aplicação do Pensamento que sem
dúvida é a Força mais poderosa que existe no Universo e nós seres humanos somos
portadores dessa mesma Força!
O
estudo do Zoismo dá-nos a técnica dessa mesmo conhecimento! E à medida que o
estudante for progredindo nos seus estudos irá conquistando para si uma maior
autonomia individual e liberdade de pensamento. Na nova Maçonaria Operativa e
em paralelo com as componentes tradicional e ritualística maçónicas estará
aliada uma nova ciência denominada Zoismo – Educação Científica da Vontade que
tem como seu símbolo precisamente a Letra “Z”, que significa silêncio e portanto
os seus praticantes serão chamados de Mestres do Silêncio! Consequentemente o
1º Grau Zoista, corresponde ao 4º. Grau – Mestre Secreto, Alto Primeiro Grau da
Loja de Perfeição que vai do 4º. Grau ao 14º. Grau do Rito Escocês Antigo
Aceito.
Naturalmente que o estudo e prática do Zoismo
terá de ser sempre realizado em Lojas de Investigação, Lojas só formadas por
Mestres.
O Zoismo, segundo a metodologia oriental de há
milénios, tendo sido adotado no início do Século XX na América e na Europa,
dividiu-se em cinco grandes partes podendo ser estudado em pouco mais de três
meses ou em cerca de três anos. A primeira parte – iniciação, ensina-nos o
autodomínio pela Educação Científica da Vontade e a disciplina do pensamento, o
equivalente ao “desbastar da pedra bruta” que corresponde aos dois primeiros
graus simbólicos do REAA; a segunda parte – Império Mental, habitua-nos a
confiar em nós próprios ao executarmos exercícios práticos de domínio e de
imposições ao meio; a terceira – Zoismo Elementar, adestra-nos praticamente no
robustecimento diário das faculdades nobres do ser; sendo a quarta – o Zoismo
Superior, põe-nos em contacto com os maiores problemas da vida, ensinando-nos a
atuar na existência no sentido do Bem e do Belo e proporcionando-nos exercícios
práticos admiráveis de imposições e de exteriorizações do pensamento. Quanto à
última e quinta parte – Estudos Complementares, onde nem todos poderão chegar!
O estudante Zoista terá que provar que é uma pessoa honesta, séria e digna,
pois ao atingir a 5ª. Fase da Ciência do Zoismo, porque esta fase é apenas
destinada aos que “podem esmagar, mas não esmagam”, porque ignoram a inveja,
desprezam o ódio e detestam a vingança!
Qual a finalidade prática que se pretende
obter com o estudo do Zoismo? O estudante pretenderá alcançar uma maior
capacidade de clarividência através do desenvolvimento do autodomínio pessoal;
da autoanálise; da capacidade de concentração mental; e maior capacidade de exteriorização
do pensamento consciente e direcional; maior capacidade de observação e
finalmente a obtenção de uma maior capacidade de memorização!
Uma vez chegados até aqui, dispomos finalmente
dos elementos necessários que vão permitir a criação de uma ideologia a que
achámos por bem chamar – Doutrina da Cidadania Social, que tem como suportes
quatro pilares que são: a Sobriedade; a Solidariedade; a Cooperação e a
Espiritualidade.
O tema central do meu segundo livro –“Ensaio Sobre a Doutrina
do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social” uma vez que se trata de um
ensaio sobre uma nova ideologia doutrinária de inspiração lusófona e
fundamentada em quatro vertentes que passamos a enumerar: a vertente espiritualista;
a vertente política; a vertente social e a vertente económica.
Infelizmente e observando-se o atual estado das sociedades,
tanto no Ocidente como no Oriente, observa-se a lastimável situação dessas
mesmas sociedades, imperando em algumas, governos totalitários; noutras e salvo
honrosas exceções, vigora uma falsa democracia dominada e dirigida por uma
ideologia neoliberal, onde o fator social vai sendo sistematicamente destruído
e onde o trabalhador vê cada vez mais reduzidos os seus direitos em favor dos
especuladores financeiros, dos empresários gananciosos e exploradores ou ainda
a ação perniciosa e tentacular das multinacionais que têm vindo a sugar a
riqueza das nações.
Neste meu segundo livro, pretendo apresentar uma nova
ideologia doutrinária, onde é admitido de que efetivamente as gerações mais
idosas vão ter uma importância decisiva na formação das novas sociedades do
futuro sempre em função da sua espiritualidade, sensibilidade e experiência de
vida. Dentro da mesma orientação são traçadas novas dinâmicas na consolidação
das defesas das classes trabalhadoras, dotando as suas organizações sindicais
com novos instrumentos de combate contra as investidas do neoliberalismo do
Século XXI.
No meu livro e na sua vertente espiritualista esta
fundamenta-se na tentativa de encontrar o ponto equidistante, diremos
geométrico que irá definir o posicionamento entre o fundamentalismo religioso e
o racionalismo materialista procurando-se encontrar uma doutrina
verdadeiramente humanista, universalista de base racional e científica
demonstrando de que a Morte não interrompe a Vida e a Vida existe fora da
Matéria.
Naturalmente que na vertente política e na ideologia
doutrinária desenvolvida no meu livro a democracia representativa perde parte
da sua importância a favor da democracia participativa, onde o cidadão comum
irá assumir maiores responsabilidades cívicas.
Finalmente quando nos referimos à vertente sócio/económica,
procuramos desenvolver uma inovadora ideologia que neutralize por completo a
ação nociva do “lucro” estando aquela corporizada numa nova organização laboral
onde
o trabalho e os rendimentos sejam repartidos de modo a poder-se generalizar um
verdadeiro rendimento mínimo de cidadania socialmente equitativo e extensivo a
qualquer cidadão!
Na verdade, o livro –
“Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social”,
pretende abrir caminho para uma desejável solução para a atual crise
portuguesa, abrindo novas condições para que muitos milhares de portuguesas e
portugueses, nomeadamente os desempregados de longa duração venham a ter uma
nova perspetiva para um futuro feliz e progressista!
Naturalmente
que temos vindo a pensar sobre a melhor forma de analisarmos a sociedade atual,
nomeadamente no que nos diz respeito e que está circunscrita à civilização
ocidental!
Os
conceitos de cooperativismo
e de cooperação, são efetivamente distintos, mas na realidade
complementam-se distribuindo-se noutros novos conceitos ligados ao humanismo;
universalismo; evolucionismo; municipalismo e ecologismo; democracia
representativa e participativa e nesta
nova perspetiva os conceitos de universalismo; humanismo e evolucionismo
estão por sua vez relacionados com concepções associadas ao espiritualismo e
espiritualidade humanas, tendo como bases a defesa do princípio da Evolução
fundamentada na reencarnação ou nas vidas sucessivas, onde e nos planos racional
e científico fica provado de que a Morte Não Interrompe a Vida e a Vida Existe
Fora da Matéria!
A Doutrina da Cidadania Social, vai-se inspirar efetivamente em todos aqueles esquemas
ideológicos que a própria Filosofia ao longo da História da Humanidade tem vindo
a desenvolver. Aqui e objetivamente teremos de juntar àqueles diferentes
conceitos um fator de ordem básica que é precisamente a Ciência representada por todos os seus
ramos científico e técnicos e à Ciência deverá ser junta a própria História
particularizando ou generalizando os diferentes e imensos eventos ocorridos ao
longo da vivência humana neste planeta, devendo ser os mesmos estudados e
comparados e daí extraírem-se as devidas ilações para utilização e benefício da
Humanidade!
A
forma institucional da Doutrina da Cidadania Social, irá sempre ao encontro de propostas
vindas tanto das esquerdas como das direitas do leque alargado do espetro
político que visam fundamentalmente o bem-estar e o desenvolvimento de uma dada comunidade regional, nacional ou
internacional. Na sua componente ideológica e a par das diferentes
propostas apresentadas aquela igualmente defenderá sempre a implementação e
desenvolvimento de todas as iniciativas e empreendimentos que visam a prática
de uma doutrina
cooperativista e cooperante ou seja: o cidadão poder exercer democraticamente a
sua Acão de cidadania social e onde o Voluntariado assume uma posição de
relevância social!
Fundamentados
nestes mesmos princípios orientadores da Doutrina da Cidadania Social, teremos
toda a vantagem em corporizar a sua natureza e estrutura num “Movimento Cívico”,
no qual se poderão associar pessoas verdadeiramente interessadas em “cooperar” para a criação de uma nova
ordem económica e social que possa vir a ser a pedra basilar de uma sociedade
verdadeiramente espiritualista, solidária e empenhada no desenvolvimento de
novos valores para o progresso material e espiritual da Humanidade!
Objetivamente
a Doutrina da Cidadania Social materializada no MCPC - terá como colunas
mestras o estudo inspirador e norteador do Racionalismo Cristão; o estudo e
prática dos princípios contidos no Zoismo – Educação Científica da Vontade e
finalmente o estudo e aprofundamento da doutrina cooperativista que António Sérgio, tão
ativamente defendeu! Outras disciplinas, tais como: o municipalismo;
a ecologia;
as democracias
representativa e participativa, nomeadamente
esta última deverá ser objeto de um estudo, aprofundamento e desenvolvimento
importantes, pois, obviamente como uma das componentes ideológicas principais
do M.C.P.C.
será implementação da “democracia participativa”!
Certamente
que agora no Século XXI, não vamos converter cada cidadão nacional num monge cavaleiro,
sujeito a duras regras de conduta moral e material, mas esse mesmo novo cidadão
terá que assumir uma nova postura perante a nova sociedade que se avizinha e
essa mesma nova postura terá de passar por uma autodisciplina moral e material; pela defesa dos
verdadeiros valores assentes na espiritualidade humana; por uma conduta sóbria quando
relacionada com consumismos desregrados; pelo desenvolvimento de um sentido de
solidariedade mais forte e sincero; no desenvolvimento do espírito de
empreendedorismo e abdicação das riquezas e luxos fáceis que o capitalismo
desumano de uma maneira tão insensível e frenética tem vindo a provocar
na Humanidade!
Eis,
pois de uma forma simples o novo modelo do cidadão do Quinto Império que embora
não assuma a figura do monge cavaleiro que caracterizou a Ordem de Cristo,
nos Séculos XIV; XV e XVI, mas sempre assumindo um espírito de missão, podendo ser
considerado um Cavaleiro
Defensor do Quinto Império, sempre virado para a prática do bem comum e
para o progresso da Humanidade no seu sentido mais lato!
Assim o futuro militante do M.C.P.C. Terá
de se submeter a uma prévia preparação e formação para que possa vir a ser de
facto um novo cidadão da nova ordem económica e social que está prestes a despontar!
Feita
esta a minha Introdução a um Estudo
Comparado da Doutrina da Cidadania
Social com os Altos Graus Maçónicos do REAA,
pretendendo retirar algumas ilações interessantes, as quais em termos práticos
poderão ser aplicadas numa inédita experiência maçónica que poderia passar pela
Loja Maçónica Raízes do REAA, ex-Loja Mestre Hiram da GLNP a
Oriente da Cidade do Porto, a qual é
efetivamente o “embrião” de algo, maçonicamente inovador, uma vez que encerra
em si um conhecimento e experiência maçónicas que vão desde o 1º Grau de
Aprendiz até ao Grau 33º - Soberano
Grande Inspetor Geral do REAA, podendo vir a ser uma Loja Investigação, formada
só por Mestres Maçons, os quais, além de desenvolverem diferentes estudos nas
áreas tradicionais e ritualísticas maçónicas, poderão igualmente vir a
implementarem estudos e investigações relativamente ao Zoismo – Educação
Científica da Vontade, que será sempre um meio complementar ao estudo
específico e geral na formação cultural e espiritual do Mestre Maçom. E
conforme já foi afirmado por nós, a Loja Raízes, representa “algo de novo” no
universo maçónico português, ficando portanto, em aberto para discussão,
análise e finalização esta nossa proposta de trabalho.
Neste
nosso estudo, procurámos uma solução e essa mesma solução passa pela prática de
uma nova Maçonaria Operativa, naturalmente uma realidade inédita, visto
representar “algo de novo” na reconstrução do Templo de Salomão.
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