sexta-feira, 25 de julho de 2014


                                   É Chegada a Hora!

 

Na verdade torna-se difícil definir o pensamento de Fernando Pessoa, quando no seu poema “Mensagem” se refere ser “chegada a hora”, muito possivelmente estava visualizando o futuro de Portugal, incitando os Portugueses a reagirem perante circunstancialismos que de uma forma penosa e humilhante estão surgindo sob o olhar surpreso do cidadão português comum, o qual no seu olhar sobre a atualidade apercebe-se do comportamento das chamadas elites portuguesas formadas por grandes homens de negócios desonestos e pelos políticos vendilhões da Pátria e  alguns e importantes responsáveis dirigentes têm vindo a argumentar que o povo português tem vivido acima dos seus recursos, o que na verdade é uma monstruosa falácia, fruto de mentes moralmente doentes, eivadas de vícios e intencionalidade. A data do dia 25 de Julho de 2014, em que o histórico e último banqueiro português foi presente num dos Tribunais de Lisboa para prestar declarações sobre o colapso financeiro dum dos mais importantes e poderosos grupos económicos e financeiros portugueses, saindo desse mesmo Tribunal na condição de arguido e sujeito a humilhantes sanções é um comprovativo sólido sobre a falsidade da tal falácia acima denunciada e Igualmente a data de 25 de Julho de 2014 está associada a uma outra data – 23 de Julho de 2014, que na cidade de Díli em Timor Leste, onde foi realizada a X Conferência de Chefes de Estado da CPLP, que por via consensual admitiu como membro de pleno direito a Guiné Equatorial, país dirigido por uma ditadura cruel e odiosa! Na cidade de Díli as mais altas figuras representativas do Estado Português constituídas pelo Presidente da República e o Primeiro-ministro perante os Portugueses e o mundo foram humilhados e  Portugal viu naquela cerimónia histórica o derrube humilhante da sua dignidade e prestígio como nação velha de nove séculos e a primeira nação europeia a descobrir e dando ao mundo novos mundos, orgulhosa potência militar e económica nos Séculos XV e XVI, chegando a dividir o planeta em duas partes distintas e numa delas dominando. Também o Ano de 1139, data da fundação de Portugal, guiada e sustentada pelo nosso primeiro Rei, D. Afonso Henriques, é na verdade um ano que se contrapõe àquelas datas já anunciadas por nós, a data de 1139, início da nossa existência e expansão histórica e gloriosa como nação enquanto as outras duas datas representam a decadência de Portugal e dos Portugueses. A questão que agora se põe é a seguinte: E AGORA O QUE VAMOS FAZER?  Ao povo português é chegada a altura de “abrir os olhos” e aperceber-se qual a razão ou razões da decadência do seu país.

As origens já são finalmente conhecidas por nós e essas mesmas origens estão localizadas nas chamadas “elites portuguesas” formadas por dirigentes, responsáveis situados nos diferentes sectores das atividades portuguesas, nomeadamente político, económico e financeiro. Sabemos quem são os responsáveis diretos pelo colapso português. A democracia não existe só para que os oportunistas, exploradores, traficantes, especuladores e saqueadores da riqueza social possam atuar abusivamente de forma impune, mas sim, a Democracia foi feita para que haja liberdade responsável com a qual o cidadão comum possa evoluir material, intelectual e espiritualmente contribuindo para o seu progresso pessoal e para o desenvolvimento correto da própria comunidade em que se encontra inserido. Não vamos fazer uma revolução em termos de violência com derramamento de sangue e eliminação pura e simples dos respetivos causadores do colapso português. Em termos históricos será essa a natural tendência, mas estamos no Século XXI e o povo português, povo velho de 900 anos atingiu já uma desejável maturidade moral espiritual, nós cidadãos comuns temos de procurar uma nova solução fundamentada em genuínos princípios democráticos que só num ato eleitoral nacional poderá ser conseguido e alcançando-se uma maioria esmagadora democrática vamos alterar a nossa Lei Constitucional, onde os abusadores, exploradores e prevaricadores não terão lugar! Assim, teremos de introduzir um novo regime político fundamentado na Solidariedade; Cooperação; Sobriedade e Espiritualidade que o setor cooperativo e social contido na atual Constituição da República Portuguesa cujos princípios gerais estão corporizados numa nova ideologia apresentada no meu segundo livro – “Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social” publicado em 2013 pela Chiado Editora que detém e confere ao setor cooperativo e social uma importância mais ampla e objetiva, passando a ser predominante nas atividades gerais dos Portugueses, tornando Portugal num verdadeiro Estado Cooperativo e Social e na base desse novo regime político, económico e moral poderemos igualmente apoiar outros povos dispersos pelo mundo que estão ligados a Portugal pela História e pelos laços de sangue e então sim! A LUSOFONIA será verdadeiramente uma realidade influenciadora, benéfica e global no mundo!

 

                                                                                                                                    Jacinto Alves

 

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