SAMPAIO BRUNO E O PORTUGAL DE
HOJE
No meu livro “Ensaio Sobre a Doutrina do Quinto
Império – Uma Nova Perspetiva Social” faço uma clara referência à necessidade
de ser feito um estudo aprofundado sobre o pensamento filosófico daquele que
foi Sampaio Bruno, notável pensador e escritor nascido na cidade do Porto no
dia 30 de Novembro de 1857. Sampaio Bruno foi sem dúvida o mais importante
pensador luso multifacetado. A sua obra não se limitou ao campo da filosofia,
da literatura ou da história, tendo dominado todas essas importantes áreas do
pensamento humano, mas com a particularidade em não se ter prendido em nenhuma!
A sua meditação constituiu sempre uma tentativa libertária de saber místico,
alicerçado em fontes gnósticas e da Cabala especulativa. Por outro lado, a obra
do eminente pensador reflete um momento histórico particularmente rico da
história portuguesa o da propaganda republicana e da instauração da República
que Sampaio Bruno saudou entusiasticamente no início, tendo-se vindo a
desiludir posteriormente face a diversas ocorrências verificadas nas novas
instituições que vieram a substituir a gasta monarquia lusa!
Perante um absolutismo monárquico.
Este ilustre português cresceu num meio dominado pelas
ideias liberais. A cidade do Porto sempre se singularizou pela sua forte
empatia com os ideais liberais e daí a razão da malograda“ Revolta Republicana
de 31 Janeiro de 1891”onde esteve presente Sampaio Bruno quando na defesa
enérgica dos seus ideais liberais perante uma monarquia velha e ultrapassada e se
viesse a viver agora no Século XXI e perante um Portugal e uma Europa
neoliberal não teríamos quaisquer dúvidas que perante um neoliberalismo atual,
frio, cruel e explorador Sampaio Bruno compreenderia de imediato que o seu
liberalismo totalmente virado para o bem do ser humano, agora, no Século XXI
esse mesmo liberalismo transformou-se em algo inumano e apenas virado para a
obtenção do lucro fácil, imediato e desumano não viria a hesitar na defesa de
uma doutrina política contrária que efetivamente defendesse o ser humano! Uma
nova questão nos será posta! Que doutrina política seria essa? Sampaio Bruno
nos diz que nos momentos de crise nacional as elites culpam o povo, mas as culpadas
são elas por não terem inculcado ao povo, num processo pedagógico que hoje chamaríamos
de “educação para a cidadania”. Sampaio Bruno igualmente escreveu:- “ Portugal
sofre de um excesso de governo por persistir um tipo de centralismo de governo
que de forma centrípeta suga a vida social e a atividade política da nação e entrega
o poder não aos mais aptos, mas aos mais inescrupulosos e oportunistas”.
A Metafísica não está ultrapassada pela Ciência.
Numa outra
perspetiva Sampaio Bruno afirmou que a metafísica não estava ultrapassada pela
ciência e a metafísica por si defendida devia de ser moderna mantendo um
diálogo constante com a ciência e daí poder ser gerada uma nova doutrina ou um
novo paradigma científico/espiritualista tornando-se numa nova ideologia
totalmente soberana e independente de todas as correntes ortodoxas! Sampaio
Bruno na verdade veio a converter-se ao evolucionismo espiritualista de
inspiração gnóstica e cabalística, facto que veio posteriormente a exercer
influência no pensamento esotérico de Fernando Pessoa. O pensamento bruniano
seguia “Ipso facto” as diferentes correntes compreendidas pelo positivismo de
Auguste Comte; o evolucionismo de Herbert Spencer e o economismo de Karl Marx.
Sampaio Bruno não refuta o positivismo, corrige a lei dos três estados aceitando
a classificação das ciências; não refuta nem aplaude o marxismo, apresenta-o
simplesmente, não deixando porém, de o analisar e de o aplicar no modo,
exclusivamente economicista. O esquema traçado na respetiva obra, o “encoberto”
é para Sampaio Bruno o “reino de Deus” por fim revelado na república dos
homens, o que por vicissitude histórica a ideia do “encoberto” assumiu-se entre
nós, portugueses, incorporada no anúncio do regresso do rei D. Sebastião que
viria a estender pelo mundo o Reino já fundado por Cristo tal como pensou o
nosso Padre António Vieira – a ideia do Quinto Império igualmente defendida por
Fernando Pessoa e Agostinho da Silva!
O Paradigma científico/espiritualista.
O paradigma idealista científico/espiritualista
pensado por Sampaio Bruno foi uma manifestação única no pensamento filosófico
português! E daí e agora no Século XXI esse mesmo pensamento ideológico poder
ter diferentes projeções, desdobramentos ou consequências para a formação de
uma dada ideologia portadora de princípios fundamentais para a criação de um
novo pensamento sobre a realidade do Homem e do Universo! Tal como num passado
histórico já distante se pensou na existência de um deus único e que está
traduzido no monoteísmo – Cristianismo; Islão e Judaísmo, agora e no presente
também igualmente o conhecimento humano pode levar as novas sociedades a
estabelecerem uma nova, diferente e mais avançada plataforma de intervivência. Por
outras palavras: - poderíamos admitir poder ser criada uma nova ideologia que
viesse ao encontro da realidade material e espiritual da existência humana
materializada numa única doutrina que seria efetivamente o binómio ciência/espiritualidade
e que poderia vir a transformar-se num novo espiritualismo que seria na sua
essência profundo, vasto e eclético ou seja: - o surgimento de uma nova
religião que seria única e universal! Muito provavelmente poderia ter sido o
pensamento bruniano o qual iria contribuir e convergir na formação do conceito
do “Quinto” Império” tão importante na cultura filosófica portuguesa!
Sampaio Bruno e o Liberalismo.
Sampaio Bruno através do seu pensamento quando se
proponha definir um novo conceito ideológico compreendido pelo paradigma
científico/espiritualista pretendia que a condução político/partidária em
Portugal viesse a assumir novas formas de atuação, onde e em consonância com as
condições estruturais e conjunturais de Portugal na sua época face a uma monarquia
que fora absolutista e que apesar de passar a constitucionalista não deixou de
ser retrógrada e inimiga do progresso social e económico, o que perante o olhar
penetrante e profundo de Sampaio Bruno o Liberalismo assumia-se como a mais
forte expressão da liberdade cívica do cidadão comum e daí o ter-se batido de
forma enérgica e esforçada contra uma monarquia completamente ultrapassada!
Sampaio Bruno e o Portugal de hoje.
O título desta minha intervenção que é precisamente
“Sampaio Bruno e o Portugal de hoje” é tentar fazer uma ligação e
consequentemente um desdobramento do pensamento bruniano à realidade atual de
Portugal, situando as realidades sociais, económicas e políticas dos
portugueses e adaptando-as a esse mesmo pensamento de bruniano. Essas mesmas
realidades passam principalmente pela conceituação do sindicalismo; do
cooperativismo; do municipalismo; pela ecologia e finalmente pela democracia
direta ou participativa como sendo os necessários pilares para a formação de um
novo tipo de sociedade onde o elemento humano será sempre o eixo e a razão de
ser principais para a existência e desenvolvimento de uma nova comunidade
humana.
Esta minha intervenção é especialmente dedicada a
todos os jovens portugueses, raparigas e rapazes que amam a sua Pátria –
Portugal e que verdadeiramente estão preocupados com o futuro do seu país,
pois, naturalmente deles está inteiramente dependente a Pátria Portuguesa! Uma
falsa globalização tem vindo a ser instalada a nível planetário por vontade e
orientação expressas das elites económicas dominantes e que na verdade são uma
muito reduzida expressão da própria Humanidade. Eis, pois, uma boa razão para
que o cidadão comum – o trabalhador, comece a conquistar uma nova postura quanto
à sua importante missão no seio da comunidade em que se encontra inserido.
Nós, Cidadãos Comuns.
Nós, cidadãos
comuns ao longo de muitos séculos temos vindo a ser manipulados por outros
indivíduos humanos que apesar da sua reduzida expressão em número, mas
detentores e donos dos principais meios de produção representados pelo poder do
“deus dinheiro” ou seja: pelo Capital vê-se finalmente o seu império a
reduzir-se e a limitar-se, mas ainda no Século XXI com suficiente poder para
gerar conflitos armados, miséria e morte em países visados pela sua avidez
desmensurada na captação de riquezas e poder pessoais, de famílias, etnias e de
grupos! Somos de plena opinião de que sempre existiu um governo mundial
invisível que deu origem à 1ª. e 2ª. Guerras Mundiais e que vão dar origem à
terceira guerra o fenómeno do jihadismo e do conflito ucraniano são
efetivamente as primeiras sementes que já estão germinando e que irão dar
origem a um novo conflito armado a nível planetário.
O Sindicalismo português é a via natural para o
desenvolvimento do Cooperativismo.
Teremos de reconhecer de que o sindicalismo português
no presente tem urgente necessidade em imprimir uma nova dinâmica face ao
desenvolvimento social, político e económico dos tempos atuais e essa mesma
dinâmica passa pela aplicação prática da doutrina cooperativista! Podemos
afirmar que na realidade o verdadeiro motor da economia fundamenta-se no
trabalho e ação do trabalhador que tem nas suas mãos o verdadeiro poder
económico face à sua força de trabalho, ao seu conhecimento e experiência e daí
a razão da necessidade imperiosa da sua reorganização emancipadora pela via do
cooperativismo e que já liberto da “ganância do lucro” poderá o trabalhador vir
a construir novas condições de vida, de progresso e de estabilidade e onde a
economia social virá a ser uma sólida realidade! Assim, o movimento
sindicalista português deverá chamar a si uma inovadora estratégia criando as
necessárias condições para uma mais completa formação pedagógica, técnica e
tecnológica dando ao povo trabalhador a possibilidade de formar as suas
próprias empresas cooperativas e daí conseguir-se a desejada independência,
libertando-o definitivamente da exploração do capitalismo retrógrado e
ganancioso! Eis, pois uma razão fundamental que justificará plenamente uma
reformulação da própria Constituição da República Portuguesa introduzindo um
novo regime político onde o sector privado deverá ver reduzida a sua importância
e incrementados os sectores cooperativo e público, reforçando-os como os
modelos mais adequados e a seguir em favor de um verdadeiro e natural progresso
e bem-estar sociais do Povo Português.
O Clube Secreto dos Poderosos.
Cristina Martín Jiménez, jornalista e escritora
espanhola é a autora do livro “Clube Secreto dos Poderosos, publicado em 2014,
destaca que de entre os três objetivos a que se propõem os “Senhores do Poder”
foi a criação de uma nova e única religião para todo o planeta defendendo o
pensamento de que não podendo ser destruída a fé das pessoas que fosse criada
uma nova religião, uma religião desenhada e controlada pelos “Senhores do
Mundo”, mostrando estarem inspirados na religião única criada por Hitler no seu
Estado nazi!
O Pensamento para a criação de uma religião única.
O pensamento para a criação de uma religião única é já
muito antiga e dista dos tempos bíblicos e que já no Século XVII, em Portugal o
Padre António Vieira na sua obra “História do Futuro” ali defendia a criação do
“Quinto Império” onde um diferente conceito começa a ser definido sendo
Portugal a nação incumbida para fundar no planeta Terra uma nova doutrina
espiritualista que iria unificar todas as nações, raças e povos. Simplesmente
este novo conceito em relação ao estabelecido pelos “Senhores do Poder” agora
no Século XXI e pela doutrina nazi no Século XX é de sinal contrário aos fins
negros e nefastos destes!
A Nova Doutrina denominada Quinto Império.
A nova doutrina denominada “Quinto Império” assenta em
quatro importantes pilares – a Espiritualidade; a Sobriedade; a Solidariedade e
a Cooperação! Dentro destes importantes princípios morais e espirituais deve
ser assente uma nova ideologia económica autossustentada que idealmente deveria
ser prosseguida por todos os países em vias de desenvolvimento e outros ditos
avançados tecnicamente que no plano social mantêm igualmente importantes
“bolsas de miséria”! Torna-se premente chamar a atenção do cidadão comum de que
ele é principalmente a célula que constitui a base da humanidade e assim como a
família é outra importante célula que dá autossustentação à vida humana na
Terra! Temos de reconhecer de que na atualidade e face aos conhecimentos
científicos e técnicos conquistados pelos seres humanos é tempo de começarmos a
reconhecer que na fase atual e evolutiva da Humanidade o Capitalismo está sendo
ultrapassado! Novos ideais; novos conhecimentos, novos conceitos existem na
vida universal onde todos nós estamos naturalmente inseridos! E aqui um novo
conceito político surge que apesar de ser novo na nossa atualidade é já velho
em relação a outras gerações humanas de um passado histórico e aqui estamo-nos
referindo às ordens militares de cavalaria que existiram ao longo da Idade
Média, estamo-nos referindo principalmente a Portugal quando recordamos o forte
braço lusitano da Ordem do Templo e da nossa prestigiosa Ordem de Cristo! São
estas duas importantes e nobres Ordens exemplos vivos de valor espiritual e
patriótico que animaram os nossos ilustres antepassados, os quais por si
próprios representam uma enorme fonte de estímulo para todos os jovens
portugueses e daí a necessidade urgente de ser criado um novo modelo
institucional de partido político em terras portuguesas! E aqui podemos inferir
da necessidade de ser de novo restabelecido o serviço militar obrigatório para
todos os jovens que sendo aquele
uma escola de formação de futuros
homens e mulheres com carácter e elevada moral, preparando-os para o enfrentamento
de novas e imprevistas situações de guerra ou defesa dos nossos valores
culturais, históricos, língua e bens materiais contidos no nosso espaço
geográfico (mar, ar e terra) da nação portuguesa e que tudo indica que já estão
eclodindo novos e tormentosos conflitos!
É fascinante observar esse imenso laboratório que é o
planeta Terra!
É fascinante observar esse imenso laboratório que é o
planeta Terra, onde uma infinidade de experiências vai sendo realizada a um
nível simplesmente incrível! E todos esses múltiplos acontecimentos que se vão
desenrolando no dia-a-dia ou a todos os instantes das nossas curtas vidas
físicas! Atualmente na Europa está ocorrendo uma crescente desacreditação dos
partidos políticos e simultaneamente a degradação desses mesmos partidos
políticos e o exemplo flagrante disso situa-se na tremenda queda da antiga
União Soviética e o estrondoso fracasso do Comunismo e se a queda do Comunismo
foi má então a derrocada do Capitalismo será dramática perante uma onda
infernal de fundamentalismo que está afetando uma importante região do planeta
e que se vai infiltrando através de “quintas colunas” em diferentes países do
Ocidente, espalhando morte e medo. Aqui e na origem de todos estes
acontecimentos terríveis e dramáticos têm a sua real causa na manipulação
realizada por mentes doentes e obcecadas de indivíduos detentores do poder
material fundamentado em enormes recursos financeiros que vão sendo aplicados
em diferentes países e ou regiões do planeta gerando guerras, destruições e
conflitos sociais de toda a ordem apenas com a intenção condenável de dominar e
conquistar novos mercados na obtenção de mais lucros e onde os especuladores
financeiros e as grandes empresas procuram de forma ávida sugar as riquezas das
nações. O cidadão comum coletivamente representa muito mais de dois terços da
população mundial e um número muito restrito de indivíduos a nível mundial
controlam, dominam e exploram em seu exclusivo proveito os recursos e energias
da maioria dos países existentes no mundo. Eis, pois, urgente que os
trabalhadores representados pelos seus Sindicatos se unam numa “frente comum”
juntando a sua experiência e conhecimentos técnicos, criando novas estruturas
sociais e fabris que façam frente à monstruosa máquina do neocapitalismo, defrontando-a
com iguais armas que os recursos materiais e o trabalho e engenho humanos
unidos poderão desenvolver. A Constituição da República Portuguesa contempla
três setores distintos de atividades – o setor privado; o setor público e
finalmente o setor cooperativo e social de propriedade dos meios de produção
(Artigo 80º. (Princípios Fundamentais). É chegada a altura de se repensar a
importância crescente do terceiro setor agora apontado por nós e no qual vemos
a possibilidade de a própria democracia ser reformulada no sentido mais
humanamente social e económico e tendo como base uma mais direta participação
do cidadão comum na vida comunitária quando todos os seus representantes
políticos sejam eleitos pelo voto direto e individual. Assim, cada candidato terá
que defender pessoalmente a sua própria candidatura a qualquer lugar político
junto da comunidade em que se encontrar inserido e só assim será possível a
realização plena da democracia participativa.
A nova figura institucional do Partido Político Iniciático.
Nada de novo foi inventado e o ser humano de forma
sábia e consciente compreende e segue de forma racional e progressiva as lições
e os exemplos extraordinários que a Natureza através das suas leis tem vindo a
imprimir desde a formação do planeta e dessa mesma ação surgiu a manifestação
multidiferenciada da vida orgânica e inorgânica na Terra. No caso específico do
ser humano ao nascer neste mundo físico vai naturalmente ser submetido a uma
iniciação adequada à sua formação e desenvolvimento estando este último sujeito
a quatro fases vivenciais que compreendem em sentido evolutivo a infância; a
juventude; a maturidade e finalmente a velhice, o que surpreendentemente
poderemos comparar na respetiva ordem natural à Primavera; ao Verão; ao Outono
e ao Inverno! Todas as fases da iniciação por que passam os seres humanos
compreendem sempre a sua formação física e o seu desenvolvimento que vai
contemplar diferentes campos evolutivos, tais como: o somático, o psíquico e o
espiritual. Na realidade e no que se refere à nova figura institucional do
futuro Partido Político igualmente poderemos considerar que o respetivo
militante irá ter uma iniciação em conformidade com a natureza e estruturas
ideológicas do referido Partido, passando por uma fase de formação cívica;
política e de militância. Conforme afirmámos inicialmente e no campo
cívico/moral o iniciado militante deve assimilar e praticar os quatro
princípios básicos já referido que são exatamente – a Sobriedade; a
Solidariedade; a Cooperação e finalmente a Espiritualidade, sendo este último
princípio correspondente ao Inverno da vida do ser humano – estação onde aquele
atinge a plenitude do seu desenvolvimento intelectual e espiritual. Eis, pois
uma boa conclusão ao seguirmos o exemplo da Mãe Natureza, aplicando a mesma
orientação seguida por aquela num novo modelo ou figura institucional de um
dado partido político, indo buscar a história; a cultura do respetivo país,
inspirando-se no caso de Portugal nas suas históricas e nobres Ordens
Religiosas Militares, restaurando mesmo o espírito da Ordem de Cristo e
insuflando-o nas mentes jovens portuguesas, desenvolvendo o amor-pátrio e
mobilizando-as numa causa superior da Nação como objetivo máximo e conducente
ao desenvolvimento material e espiritual de Portugal e nessas mesmas bases
desenvolver então um projeto de Lusofonia integralmente virado para a
cooperação e solidariedade com todos os países que falam a língua portuguesa e
daí dando razão ao grande poeta Fernando Pessoa que afirmava que “ A minha
Pátria é a Língua Portuguesa!” De facto, nós Portugueses dispomos de material
riquíssimo que nos poderá permitir desenvolver uma nova perspetiva de vida,
partindo de novas premissas completamente soltas, livres de cansadas ideologias
ortodoxas, onde poderemos optar por uma nova economia de autossustentação em
que a importância do “lucro” passa a um plano inferior substituído por novos
ideais de vivência e desenvolvimento sociais onde princípios como a
Solidariedade; a Sobriedade; a Cooperação e a Espiritualidade serão os pilares
fundamentais de uma nova ordem social, política e económica que fundamentada no
conhecimento científico iremos alargar a nossa compreensão do Universo na
importante busca de conhecê-lo e sobretudo de nos conhecermos a nós próprios
como entidade vivas, inteligentes e formadas por corpo e espírito, buscando,
assim conhecer finalmente a verdadeira razão da nossa origem e o porquê da
nossa existência no contexto universal!
O Projeto dos Descobrimentos Portugueses.
Ao voltarmos à História de Portugal veremos que a
esfera armilar, empresa que D. Manuel I recebeu de D. João II, é um símbolo por
excelência da ciência com raízes herméticas que possibilitou a realização do
Projeto dos Descobrimentos Portugueses que Fernando Pessoa concluía nos seus
estudos a importância da ciência nos Descobrimentos Portugueses a par da
Mística do Culto do Espírito Santo, tendo sido estas duas vertentes
harmonizadas, ciência e mística tiveram origem templária comum e estavam de
acordo com a ciência global postulada pelos grandes filósofos teosóficos do
Renascimento, como por exemplo Giordano Bruno que iria exercer uma importante
influência no pensamento de Sampaio Bruno tendo este encontrado as fontes da
espiritualidade e de um método científico que sendo aplicados ao estudo da
mente e do mundo esotérico estaria de acordo com o novo paradigma
científico/espiritualista. Em o “Ensaio da Doutrina do Quinto Império – Uma
Nova Perspetiva Social” ali pretendemos abordar de forma racional e científica
a realidade representada pelo binómio corpo/espírito que constitui a realidade
da existência do ser humano e a sua inserção no contexto universal!
Jacinto Alves, escritor e ensaísta, autor dos livros:
- “Operação: Quinto Império – 2010 – Editora Ecopy; “Ensaio Sobre a Doutrina do
Quinto Império – Uma Nova Perspetiva Social – 2013 – Chiado Editora. Em
preparação o romance iniciático intitulado: - “Os Arquitetos do Universo –
História do Homem Futuro.
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