Não Vamos Converter o Cidadão Comum
Num Monge Cavaleiro
Os
conceitos de cooperativismo
e de cooperação são efetivamente distintos, mas na realidade
complementam-se distribuindo-se noutros novos conceitos ligados ao humanismo;
universalismo; evolucionismo; municipalismo e ecologismo; democracia
representativa e participativa e nesta
nova perspetiva os conceitos de universalismo; humanismo e evolucionismo
estão por sua vez relacionados com concepções associadas ao espiritualismo e
espiritualidade humanas, tendo como bases a defesa do princípio da Evolução
fundamentada na reencarnação ou nas vidas sucessivas, onde e nos planos
racional e científico fica provado de que a Morte Não Interrompe a Vida e a
Vida Existe Fora da Matéria!
A Doutrina da Cidadania Social vai-se inspirar efetivamente em todos aqueles esquemas
ideológicos que a própria Filosofia ao longo da História da Humanidade tem
vindo a desenvolver. Aqui e objetivamente teremos de juntar àqueles diferentes
conceitos um fator de ordem básica que é precisamente a Ciência representada por todos os seus
ramos científico e técnicos e à Ciência deverá ser junta a própria História
particularizando ou generalizando os diferentes e imensos eventos ocorridos ao
longo da vivência humana neste planeta, devendo ser os mesmos estudados e
comparados e daí extraírem-se as devidas ilações para utilização e benefício da
Humanidade!
A
forma institucional da Doutrina da Cidadania Social irá sempre ao encontro de propostas
vindas tanto das esquerdas como das direitas do leque alargado do espetro
político que visam fundamentalmente o bem-estar e o desenvolvimento de uma dada comunidade regional, nacional ou
internacional. Na sua componente ideológica e a par das diferentes
propostas apresentadas aquela igualmente defenderá sempre a implementação e
desenvolvimento de todas as iniciativas e empreendimentos que visam a prática
de uma doutrina
cooperativista e cooperante ou seja: o cidadão poder exercer democraticamente a
sua Acão de cidadania social e onde o Voluntariado assume uma posição de
relevância social!
Fundamentados
nestes mesmos princípios orientadores da Doutrina da Cidadania Social, teremos
toda a vantagem em corporizar a sua natureza e estrutura num “Movimento Cívico”,
no qual se poderão associar pessoas verdadeiramente interessadas em “cooperar” para a criação de uma nova
ordem económica e social que possa vir a ser a pedra basilar de uma sociedade
verdadeiramente espiritualista, solidária e empenhada no desenvolvimento de
novos valores para o progresso material e espiritual da Humanidade!
Objetivamente
a Doutrina da Cidadania Social materializada no MCPC - terá como colunas
mestras o estudo inspirador e norteador do Racionalismo Cristão; o estudo e
prática dos princípios contidos no Zoismo – Educação Científica da Vontade e
finalmente o estudo e aprofundamento da doutrina cooperativista que António Sérgio tão
ativamente defendeu!
Outras
disciplinas, tais como: o municipalismo; a ecologia; a democracia representativa e participativa,
nomeadamente esta última deverão ser objeto de um estudo, aprofundamento e
desenvolvimento importantes, pois, obviamente como uma das componentes
ideológicas principais do M.C.P.C. será implementação da “democracia participativa”!
Certamente
que agora no Século XXI, não vamos converter cada cidadão nacional num monge cavaleiro,
sujeito a duras regras de conduta moral e material, mas esse mesmo novo cidadão
terá que assumir uma nova postura perante a nova sociedade que se avizinha e
essa mesma nova postura terá de passar por uma autodisciplina moral e material; pela defesa dos
verdadeiros valores assentes na espiritualidade humana; por uma conduta sóbria quando
relacionada com consumismos desregrados; pelo desenvolvimento de um sentido de
solidariedade mais forte e sincero; no desenvolvimento do espírito de
empreendedorismo e abdicação das riquezas e luxos fáceis que o capitalismo
desumano de uma maneira tão insensível e frenética tem vindo a provocar
na Humanidade!
Eis,
pois de uma forma simples o novo modelo do cidadão do Quinto Império que embora
não assuma a figura do monge cavaleiro que caracterizou a Ordem de Cristo,
nos Séculos XIV; XV e XVI, mas sempre assumindo um espírito de missão, podendo ser
considerado um Cavaleiro
Defensor do Quinto Império, sempre virado para a prática do bem comum e
para o progresso da Humanidade no seu sentido mais lato!
Jacinto Alves, escritor ensaísta
Sem comentários:
Enviar um comentário