quinta-feira, 30 de setembro de 2010

S. João da Madeira, a Cidade do Quinto Império (2)

NEVOEIRO

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
define com perfil e ser
este fulgor baço da terra
que é Portugal a entristecer -
brilho sem luz e sem arder,
como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ância distante perto chora ?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro . . .

É a Hora !

Mensagem/Fernando Pessoa

De facto o meu anterior artigo publicado no semanário o Regional, de 30 de Outubro do ano em curso, concluo que este carece efectivamente de um maior desenvolvimento, face à gravidade da situação política, económica e social que Portugal e os Portugueses se debatem ! Diremos: é por culpa dos políticos oportunistas e gananciosos que actualmente temos ? Em grande parte a resposta é NÃO! E vejamos porquê:
No século I ou II a.C. alguém fez um comentário mui judicioso sobre um estranho povo que vivia na parte mais ocidental da Ibéria e que esse mesmo e estranho povo " não se governava nem se deixava governar ". Esta famosa frase, pensa-se que é da autoria de um general, possivelmente Caio Júlio César que viria a ser o imperador de Roma !

Tudo indica que o povo português em pleno século XXI, continua a manter as mesmas características dos seus antepassados, os Lusitanos !

Quando afirmámos que S. João da Madeira era a Cidade do Quinto Império, não o fizemos de forma superficial e ocasional, mas sim porque S. João da Madeira, pela sua história, características e fundamentalmente pela idiossincrasia dos seus habitantes, cujas causas da sua maneira de ser e de agir poderão estar eventualmente ligadas à atmosfera, ao ar que respiram; ao posicionamento geomagnético em que está situada a cidade de S. João da Madeira, lhes conferem umas características muito próprias ! S. João da Madeira conforme já afirmámos é uma das cidades do país que tem vindo a manter um bom nível em termos de qualidade de vida (um dos melhores do país, conforme estudo efectuado pelo jornal Sol). Convém destacar que se trata duma área urbana com um importante índice relativamente a juventude, mas o que de facto convém realçar é o seu tecido empresarial, o qual em relação aos últimos cinquenta anos e que marcam historicamente o progresso material da cidade sanjoanense. Empresas como a CEI; a CEPSA; BULHOSAS; ZARCO; MOLAFLEX; CIPADE;  VIARCO e outras dezenas de notáveis empresas que  honram S. João da Madeira. Empresas que pela sua capacidade empreendedora e criativa as distinguem de entre as mais activas e importantes empresas portuguesas !
-
Face à nova conjuntura económica, política e social que estamos vivendo, torna-se necessário realçar alguns aspectos daquela conjuntura relativamente ao posicionamento dos diferentes partidos políticos com assento na Assembleia da República. Todos, sem excepção e de forma enfática apontam sistematicamente críticas corrosivas, negativas e dramáticas sobre o futuro dos Portugueses. De uma maneira geral, todos eles são mentirosos e hipócritas ! Exemplificando: o Bloco de Esquerda é efectivamente um partido de ideologia de extrema esquerda e defensora das sociedades igualitárias e adversário absoluto contra a livre iniciativa e consequentemente contra a economia de mercado; o Partido Comunista efectivamente não esconde nada, pois pelo seu próprio nome apesar do estrondoso fracasso da União Soviética e da transformação ideológica do comunismo chinês e agora agravado com o fenómeno político que está a ser desencadeado em Cuba ! A situação da Coreia do Norte é demasiado bizarra e estranha para ser classificada ! Mas voltando aos partidos políticos portugueses, estes são incapazes de avançarem com soluções uma vez que não querem abdicar das complexas ideologias que defendem, as quais, naturalmente pela via revolucionária querem levantar um tipo de sociedade que a maioria dos seres humanos, nomeadamente das classes dominantes não querem ! As experiências das nacionalizações após 25 de Abril de 1974, em Portugal  são um péssimo exemplo, salvo honrosas excepções - o caso específico da Banca e que levaram à falência milhares de boas empresas devido ao desvario, ganância e oportunismo que determinados grupos de trabalhadores  arrastaram essas mesmas empresas para a autodestruição !

Defendemos que a Cidade de S. João da Madeira, reúne condições muito interessantes para que possamos todos nós, sanjoanenses, juntos e solidários criarmos condições efectivas para que nos possamos defender das ondas de subversão e decadência sociais e económicas que aí vêm, vivendo-se após a revolução dos cravos sistematicamente no consumismo e despesismos desenfreados indo além das suas próprias capacidades.
-
O nosso actual Presidente da Câmara Municipal, tem presentemente uma grande e grave responsabilidade, sendo, pois, ele o nosso representante autárquico, é ele que compete procurar reunir e  coordenar as forças vivas do Município numa frente única onde empresários e trabalhadores, associações com ou sem fins lucrativos procurem fazer frente à onda avassaladora da recessão, desânimo e sofrimento que aí vem ao criar-se um dispositivo de defesa, muralhando e reforçando as defesas da Cidade ! Como prova da sua viabilidade temos o exemplo magnífico do GRUPO PATRIÓTICO SANJOANENSE, liderado pelo ilustre Padre Serafim Leite que lutaram pela emancipação política e administrativa, conseguindo elevar S. João da Madeira à condição de Concelho ( Decreto nº.12.456 de 11 de Outubro de 1926).
-
Existem fórmulas próprias que nos irão permitir a nossa defesa contra as adversidades que se avizinham. Para alcançar  uma FÓRMULA desejável  sugerimos uma reunião ou assembleia magna onde as forças vivas da Cidade se possam vir a pronunciar, pois as soluções irão naturalmente surgir ! Senhor Presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira, compete a si dar " o pontapé de saída " !

Sem comentários:

Enviar um comentário